31 de julho de 2011

ESMALTES

Novidades fazem mulheres pirar a cabeça

Quando não acham os esmaltes em Cuiabá mulheres apelam para parentes e Internet


Viviane Petroli
Blog Fala Sério Mix. Fotos: Viviane Petroli


Craquelado, flocado, marmorizado, fosco, cintilante, cremoso, com glitter, 3D, enfim, hoje, o universo das unhas femininas conta com uma vasta opção de texturas de esmaltes, bem como tonalidades, além é claro de inúmeras marcas. Até as alérgicas ao produto já estão ganhando seu espaço e até mesmo com preços baixíssimos. Esmaltes podem ser encontrados em lojas especializadas em cosméticos, farmácias e supermercados a partir de R$ 1,50 até R$ 5,60, como Ludurana, Colorama, Impala, Risqué, Angel, entre outras.

As vendas de esmalte em Cuiabá no primeiro semestre de 2011 registraram um acréscimo de 15%, segundo a vendedora da Solução Cosmético, Gisla
ine Maria Corrêa. Ela comenta que tudo o que sai de novidade na Internet é procurado pelas mulheres. “Às vezes elas até ficam chateadas por não acharem. Algumas chegam até brigar conosco”.

Conforme Maiby Paula Messias de Sousa, também vendedora da Solução Cosmético, nem sempre a loja consegue adquirir os novos lançamentos logo que estes saem no mercado. “As grandes empresas e centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, compram antes e em grande escala, o que faz com que as cidades mais afastadas das fábricas tenham dificuldade em adquirir os esmaltes. Por isso demora a chegar. Quando vamos fazer os pedidos a fábrica não tem para atender a demanda”, explica.

A estudante Virginia Cristina sabe muito bem o que
passa para conseguir as últimas tendências em esmaltes, principalmente aqueles que não possuem toluene, formaldeide e dibutyl phthalate que podem causar alergia. “Sou alérgica a muitas coisas, inclusive esmalte, tanto que pintar as unhas para mim significava só cortar, lixar e tirar a cutícula. Através da minha tia e da minha prima, que são viciadas em esmalte, conheci alguns sites ligada às novas tendências e fiquei sabendo que não precisaria pagar R$ 21 por um vidrinho de esmalte hipoalergênico, porque a Colorama e a Ludurana não possuíam tais componentes que me davam alergia. Hoje, minha dificuldade em ter as unhas sempre com uma novidade é achar o esmalte. Colorama encontro com mais facilidade. Já a Ludurana acho em uma única loja e ainda tenho de ir várias vezes para ver se chegou e quando vejo já compro diversas cores de uma vez”.

A auxiliar administrativa Catarina Calil comenta que também possui dificuldades em achar as novas tendências em Cuiabá. Ela revela que chegou a pedir para sua prima em São Paulo (SP) comprar os esmaltes. “Era raro ver um verdinho ou lilás na manicure. Sempre as mesmas cores. Sempre pedia as novidades e a manicure dizia que não achava ou que as clientes preferiam mesmo os básicos. Cansei tanto que fui de atrás dos esmaltes que queria e voltei lá e mostrei para o pessoal do salão que podia achar mesmo aqui em Cuiabá os últimos lançamentos. Hoje levo os meus esmaltes quando vou à manicure. Os que peço à minha prima são marcas que aqui não estão à venda ainda”.

Segundo a manicur
e de Catarina, Célia Soares, realmente são poucas as mulheres que pedem esmaltes da última moda no salão em que trabalha inclusive as clientes ao qual atende em suas casas quando está de folga. “As novidades quem pede mesmo são as mais novas, estudantes. É muito difícil ver uma mulher com mais de 30 anos querendo um esmalte verde ou 3D, por exemplo, e geralmente é este público que atendo, mas como hoje já podemos encontrar em Cuiabá tais tendências sempre que acho algo diferente compro”, comenta. Célia revela que muitas vezes até ela não resiste e acaba testando os esmaltes.
Segundo a manicure Célia Soares, as mais novas é quem pedem as últimas novidades. "Às vezes nem eu resisto e uso", diz a manicure.

Ao contrário de Catarina, Alessandra Magalhães não só correu atrás das novas tendências como deixou de ir à manicure e passou a fazer as próprias unhas em casa. “Percebi que o que gastava no mês em manicure podia comprar todos os esmaltes, bem como o alicate de unha, tesoura, lixa, removedor de esmalte, algodão e até o creme para amolecer a cutícula. Hoje, faço minhas unhas em casa e até mesmo mais rápido. Sem contar que encontrei adesivos decorativos para unhas que nas manicures não achamos e quando achamos temos de pagar R$ 1 por unha para um adesivo minúsculo de uma flor, por exemplo, e a cartela com 30 adesivos pago em média R$ 2,50”, comenta Alessandra revelando que chegava a pagar R$ 18 por semana.





Alessandra Magalhães cançada de ver que a manicure não tinha os últimos lançamentos passou a buscá-los e fazer em casa mesmo, ao ver que com o que gastava podia comprar quantos esmaltes queria





Internet

Não há como negar que a Internet hoje é a grande incentivadora do furor causado pelos esmaltes. Prova disso são os sites e blogs especializados no assunto que a cada dia trazem inúmeras novidades, entre elas dicas de como ter aquela unha perfeita, cuidados e tutoriais de como decorá-las.

Em 2008, através do Twitter a jornalista catarinense Letícia Cardoso, 25 anos, chamou várias amigas e resolveu fazer um blog somente sobre esmaltes. O primeiro post de Letícia e suas amigas esmaltológas Ira (jornalista) 29 anos, Keks (designer de interiores) 30 anos, Bia (designer e cantora) 32 anos e Camies (bacharel em hotelaria) de 25 anos, foi feito em 06 de novembro de 2008. Nascia aí o Mão Feita, com o slogan “Não tire bife, ok?”.

De acordo com Letícia, tudo o que é novidade em esmaltes e unhas vira post nas mãos delas. "Recebemos releases de diversas marcas e também procuramos em revistas, pela própria Internet tanto em sites nacionais quanto internacionais”, comenta.

Na opinião da idealizadora do Mão Feita, considerado um dos maiores blogs de esmaltes do país, muita coisa mudou nos últimos três anos no que diz respeito a unhas. “Antes as cores diferentes eram os vermelhos, café, rosas de tons diversos também. Era difícil achar um esmalte verde ou azul que fosse realmente bonito ou que não fosse bizarro usá-lo. Hoje em dia temos coberturas, texturas diferentes o que é bem bacana. Sem contar que as mulheres estão arriscando mais, não ficam mais com medo de usar cores que eram consideradas diferentes”, diz Letícia.

Questionada sobre que conselhos o Mão Feita daria para as meninas que não conseguem encontrar determinada marca de esmalte em sua cidade, Letícia aconselha a procura de sites de confiança ou a realização de trocas em sites como o Flickr, entre outros. “Mas antes de fazer troca, é preciso saber o histórico da pessoa para não passar raiva depois. Indicamos o site Pimenta Doce Perfumaria que é super de confiança e tem uma variedade boa”.

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