25 de abril de 2008

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaa mais um fim de semana chegou e cá estou eu passando rápidinho pra atualizar o Fala Sério Mix. Pois é galera essa semana foi corrida, teve feriado na segunda-feira e na próxima semana tem feriado novamente e o pior de rudo na quinta-feira. É pra acabar, viu.

Bom passei mesmo só pra atualizar, dar um alô por aqui e desejar um bom final de semana. Espero que o de vocês seja mais tranqüilo que o meu, pois a correria persiste, porque essa semana que entra tenho a primeira apresentação da minha monografia. Então seja o que Deus quiser e ele há de querer.
Sendo assim fico por aqui. Bjim bjim Xau xau.










SUCESSO

O humor do Banguela

Após o boom do Jacaré Banguela outros blogs humorísticos surgiram, mas nenhum deles possui o diferencial que o JB possui: os vídeos

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Um é jornalista, o outro é publicitário. Um é gaúcho e o outro mato-grossense. Resumindo, eles não tem nada a ver um com o outro, a não ser... o humor do Jacaré Banguela. Rodrigo Fernandes, estudante de Publicidade e Marketing. É de Sinop e veio para Cuiabá fazer faculdade. Frederico Fagundes é de Porto Alegre (RS), mudou com a família para Cuiabá e formou-se no final do ano passado em Jornalismo, na mesma faculdade de seu amigo Rodrigo, que se forma na metade deste ano.


Fred, como é conhecido pelos amigos, tinha um blog quando conheceu Rodrigo e este também decidiu criar um blog e, na dúvida do nome, colocou o primeiro que lhe veio à cabeça ‘Jacaré Banguela’. Pois bem, após criar o JB, como chamam, Rodrigo decidiu convidar Fred para fazer parte daquilo que seria o sucesso de suas carreiras.

Rodrigo conta que o nome Jacaré Banguela era uma expressão que eles e os amigos em Sinop falavam em 2002, quando ainda estudavam em colégio religioso e não podiam falar palavrões e fazer brincadeiras. “Jacaré Banguela era o código referente à sacanagem e à brincadeira”, conta Rodrigo, lembrando que o site surgiu em fevereiro de 2004.

Com postagens diárias, os dois não dividem seus horários para postar no JB, pois como ele é um blog de humor não existe uma pauta a ser seguida como em qualquer site jornalístico ou jornal impresso. “Você está vendo uma matéria on-line e a piada surge em cima daquela matéria, então a gente faz a piada e publica”, explica Rodrigo, que também informa a participação de Fred em um encontro entre blogueiros e empresários para falar sobre o JB, sites e ver o que os empresários acham de anunciar na internet, realizada em São Paulo.

A diferença existente entre o Jacaré Banguela e outros blogs como o Kibe Loco, também muito conhecido no mundo da internet brasileira, não é o humor e sim os vídeos postados pelos meninos, que por sinal são produzidos por eles mesmos. A exemplo destes, pode ser citado o Zorro, que inicialmente era para ser um vídeo para apresentação de um trabalho acadêmico, mas acabou sendo barrado pela direção do curso, caiu no site do Jacaré Banguela e também no You Tube.

Neste vídeo do Zorro, o próprio Rodrigo incorpora o personagem e sai pela Avenida Getúlio Vargas disputando corrida, em seu ‘Alazão’ de vassoura, com carros e motos, além de falar com pessoas na frente da prefeitura de Cuiabá, entre outras maluquices filmadas na própria Faculdade.

Outro vídeo conhecido também é a chegada do Papai Noel em 2006 no Shopping Pantanal, onde tentaram entrevistar o bom velhinho e foram barrados pelos seguranças do local. “O blog assim, como uma pessoa, tem que ter um diferencial, então o nosso diferencial é o nosso conhecimento. Eu tenho experiência com filmagem e edição de vídeo e o Fred com textos engraçados e bem humorados, mas isso não é bem divido, às vezes o Fred faz o vídeo e eu o texto. Então o diferencial do Jacaré Banguela foi isso, produzir conteúdo audiovisual pro blog, já que outros começaram também a fazer textos de humor”.

Vadiagem Malemolente
Quem nunca curtir um minuto de vadiagem numa sexta-feira no serviço, que atire a primeira pedra. Vadiagem Malemolente nada mais é do que uma seção, entre tantas outras, postadas toda sexta-feira com links de fotos, imagens, games, vídeos que podem ser acessados em momentos de intervalos no serviço ou de vadiagem mesmo. “A Vadiagem Malemolente é o ápice. Durante a semana a gente vem colocando as coisas que são interessantes, mas toda sexta-feira tem a Vadiagem Malemolente”.


Humor em blogs
Além de vídeos e dicas de links para matar o dia de serviço, o Jacaré Banguela trás textos, fotos com textos e muito humor. “A gente não pega algo pronto e coloca, a gente pega algo, ‘humoriza’ isso e coloca no site. Durante toda semana alguma outra matéria que um site escreveu, site de jornalismo, fofoca, ou até outros sites de humor a gente pública se for interessante”.


Melhor, pior e mais bizarra postagem
A pior postagem do Jacaré Banguela, Rodrigo não sabe dizer, porque toda semana tem alguma que acham ser engraçada e boa, mas acaba não sendo aceita pelos internautas. Quanto à mais bizarra, para ele, é sempre a filha do Ministro da Cultura, Preta Gil.


“Olha, a melhor sem dúvida, foi o vídeo da Cicarelli, porque foi o primeiro blog brasileiro a publicar o vídeo. E a gente passou de mil acessos diários pra cento e trinta mil acessos no dia da veiculação. Esse foi o maior salto que a gente deu”.

Furos e flagras
Lembra da foto que foi publicada na imprensa, algum tempo atrás, de um vereador de Cuiabá acessando o Orkut, em plena seção na Câmara dos Vereadores? Lembrou? Pois então, esta foto ‘polêmica’ foi publicada com exclusividade pelo Jacaré Banguela e no dia seguinte, o vereador pediu voz na bancada e explicou que estava usando o site para trabalho e não para diversão.
Um furo do Jacaré Banguela, que caiu até em páginas de uma revista nacional e do Programa do Jô na Rede Globo, foi o caso das cadeiras massageadoras da Assembléia Legislativa de Mato Grosso. “A gente que levantou essa lebre e ninguém tinha feito nada em relação a isso”.


Números de acessos
Inicialmente, quando fundado em fevereiro de 2004, o Jacaré Banguela tinha em média 100 acessos diários, em 2006 chegou atingir de 500 a mil acessos diários até o dia da publicação do vídeo da Cicarelli. E hoje possui uma média de 60 mil acessos diários de pessoas de todo o Brasil e do exterior.


Equipe JB e como é mantido
O Jacaré Banguela é um blog que, inicialmente, era mantido com o próprio dinheiro do bolso de Fred e Rodrigo com um custo baixo para se publicar na Internet, mas após empresas começarem a entrar no ramo de anúncios em site e blogs e, principalmente depois do boom em acessos que tiveram quando publicaram o vídeo da Daniela Cicarelli, outras empresas os procuraram para fazer anúncios no Jacaré Banguela.


“A gente começou a receber anúncios pra dentro do site e no começo de 2007 o Fred já havia saído do emprego dele e eu, que também trabalhava, sai por causa do site que tava dando mais dinheiro que os nossos empregos fixos. Como era uma coisa nossa, nós acreditamos que deveríamos nos dedicar 100% a isso”.

Hoje o Jacaré Banguela é composto por três pessoas: Rodrigo, Fred e o webmaster Marcos Aurélio que faz toda parte de gerenciamento de sistemas, além de amigos que colaboram.

Símbolo JB
Quem nunca fez com uma das mãos uma boca de jacaré e com a outra mão apontou para essa boca sozinho ou com os amigos? Este é o símbolo do Jacaré Banguela que segundo Rodrigo, foi inventado antes mesmo do site ser criado e quando este ainda morava em Sinop. Ele conta que, como em sua cidade natal existiam poucos sites de balada, ele e os amigos inventaram, na brincadeira, este símbolo que era feito em dupla ou mais amigos para que todos vissem que eles haviam passado por aquele site.


“Esse símbolo surgiu junto com a expressão em 2002. Tanto que o símbolo do site, quando começou a primeira publicação em 2004, era uma galeria de fotos de pessoas fazendo o símbolo no Canadá. Tinha um amigo meu que foi fazer intercâmbio lá e ele tirou um monte de fotos de colegas fazendo o sinal. Então o primeiro sinal do JB já foi internacional”, conta Rodrigo, que ainda diz que, quando o símbolo caiu na rede, as pessoas começaram a fazer sozinhas também e enviar fotos para eles publicarem de todas as partes do mundo.

Reconhecimento e sucesso
Em quatro anos de existência o Jacaré Banguela caiu na boca dos internautas, não só do Mato Grosso, mas também de todo o Brasil e do exterior.


Com um reconhecimento significativo o JB chega a receber por dia, cerca de 100 e-mails com sugestões, dicas, elogios e até críticas. Rodrigo conta que essa aceitação é maior fora do Estado do que dentro. “A gente começou a fazer sucesso em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Cuiabá tá em décimo na lista dos Estados que mais acessam o Jacaré Banguela. No exterior é grande, não sei dizer a porcentagem, mas eu posso dizer que 70% de todos os países já acessaram o Jacaré Banguela”.

Parcerias e Eventos com famosos
Lembram-se da inauguração do bar da atriz Juliana Paes, no Rio de Janeiro, em 2006? Lembraram? Pois é, eles estiveram lá e de quebra levaram máquina fotografia e filmadora, coisa que nenhum outro site ou blog fez e detalhe: saíram de Cuiabá somente com o ingresso da festa no bolso. “Era uma festa particular fechada da Antártica, teve Juliana Paes e vários artistas e, como a gente sofreu muito na viagem, foram dois dias e meio de ônibus até o Rio de Janeiro e depois para voltar, então a gente levou daqui câmera fotográfica e filmadora. Nós fomos o único blog a levar todo esse aparato pro evento e com isso outras empresas começaram a ver isso e dizer: ‘pô legal! Um blog pode fazer matéria como um programa de TV ou até mais completo por conta do tempo ilimitado’ e essa foi a nossa primeira grande atuação em relação a eventos”.


Com relação a parcerias com outros blogs o Jacaré Banguela, desde a última Copa, criou uma parceria que acabou virando uma amizade com Antonio Tabet, dono do site de humor Kibe Loco. Rodrigo conta que Tabet viu que eles haviam publicado em primeira mão, o vídeo do repórter Tino Marcos caindo, durante uma passagem para a matéria e conseguiu o telefone dele e de Fred para pedir que enviassem esse vídeo para publicar também.

* Confira um dos vídeos feitos pelo Jacaré Banguela:

9° BEC

De São Gabriel/RS para Cuiabá/MT

Em 2008 o 9° Batalhão de Engenharia e Construção completa 91 anos de existência entre o Rio Grande do Sul e Mato Grosso, além de missões no exterior

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

O 9° Batalhão de Engenharia da Construção, mais conhecido como 9° BEC, inicialmente se chamava 3° Batalhão de Engenharia e foi criado em 26 de dezembro de 1917. Em 02 de janeiro de 1918 foi instalado provisoriamente, em São Gabriel (RS) até 1924 quando teve suas instalações transferidas para Cachoeira do Sul (RS).

A autorização para a organização do 3° Batalhão de Engenharia foi concedida pelo então Ministro da Guerra por do aviso ministerial n° 1007, que foi publicado no Boletim do Exército n°139, de 31 de dezembro de 1917.

Quando em 22 de abril de 1922, em meio ao cumprimento do decreto n° 15.235, de 21 de dezembro de 1921, o Batalhão foi reorganizado, divido e incorporado à 3ª Divisão da Infantaria na 3ª Região Militar. Sua divisão ficou em Estado-Maior, Serviço de Saúde, Serviço de Veterinária, Serviço de Intendência, 1ª Companhia de Sapadores Mineiros, 2ª Companhia de Sapadores Mineiros, Companhia de Ponteiros e Companhia de Transmissões.

Em 1934, quando foi transferido de Cachoeira do Sul para Vacaria, o Batalhão novamente passou por uma nova organização, tendo duas Companhias de Sapadores, uma Companhia de Transmissões, uma Companhia Ferroviária e uma Companhia Extranumerária. Nesse ano recebeu a missão para construir o trecho da rodovia que ligava Vacaria a Passo do Socorro (aproximadamente 45 quilômetros).

3° Batalhão de Sapadores
Em 20 de fevereiro de 1935, após publicação do aviso n° 99 no Boletim do Exército n° 10, o 3° Batalhão da Engenharia passou a se chamar 3° Batalhão de Sapadores e recebeu como missão construir a rodovia que ligava as cidades de Vacaria-Lagoa Vermelha- Passo Fundo/RS, o que dava 181 quilômetros de obra que foi iniciada no ano de 1938.


Neste período o Batalhão passou a constituir o Estado-Maior, Companhia Extranumerária, Companhia Montada de Sapadores e 1 ª e 2ª Companhia de Sapadores.

3° Batalhão Rodoviário
Em janeiro de 1939, por ordem do Ministro da Guerra, o Batalhão, novamente muda de nome e passa a se chamar 3º Batalhão Rodoviário. No mês de agosto do mesmo ano sua sede passa a ser em Lagoa Vermelha.


No dia 31 de agosto de 1942, através do Decreto nº 10.558, é declarado Estado de Guerra em todo o território brasileiro e em 29 de julho de 1944 a ponte que passa sobre o rio Santa Rita e o trecho asfaltado na rodovia Vacaria-Lagoa Vermelha é inaugurado.

CER 7
Em junho de 1947, o Batalhão tem seu nome novamente alterado e passa a se chamar Comissão de Rodagem número 7 (CER7), com sede ainda em Lagoa Vermelha. Nesta época tiveram a missão de construir trechos da rodovia que ligava Vacaria a Lagoa Vermelha e a Passo Fundo.


3º Batalhão Rodoviário
No ano de 1950, o CER 7 é desativado e o 3º Batalhão Rodoviário, com sede em Vacaria, é efetivado. Ainda em 1950, com proximidade da finalização das obras Tronco Sul e para atender às obras da BR 285, sua sede passa a ser no município de Carazinho, ainda no Rio Grande do Sul.


De Carazinho para Cuiabá
Em 28 de julho de 1970, o 3º Batalhão Rodoviário passa a se chamar 9º Batalhão de Engenharia da Construção (9º BEC), através do Decreto nº 66.976, após o governo federal sentir necessidade de executar o Plano de Integração Nacional (PIN).


Em 31 de janeiro de 1971, o 9º BEC sai de Carazinho, sua última sede no Rio Grande do Sul e vem para Cuiabá para colocar em prática a missão de construir a BR 163, ou seja, construir 1.114 quilômetros ao norte e para realizar a manutenção da BR 364 no trecho Cuiabá - Barracão Queimado.

Segundo o coronel Fernando Miranda do Carmo, que assumiu o comando do 9º BEC desde 25 de janeiro de 2008, o primeiro coronel do 9º BEC, em Cuiabá, foi o coronel engenheiro José Meireles de 1971 a 1973, que por sinal também foi prefeito de Cuiabá. “A primeira instalação do Batalhão, em Cuiabá, foi onde hoje é o SESC Arsenal e tempos depois veio para a região da Avenida Fernando Correa, onde até hoje se encontra numa área de vinte hectares”. A princípio o batalhão deveria ser construído nas proximidades do Círculo Militar.

A importância do Batalhão para MT
O 9º BEC veio do Rio Grande do Sul para Cuiabá com a finalidade de construir a BR 163 e de lá para cá vem realizando várias obras. “Temos condições para fazer rodovias, ferrovias e aeroportos, além de construir casas, açudes e poços artesianos”, diz o Coronel Miranda.
Ainda de acordo com o Coronel, o 9º BEC, participa da Companhia de Engenharia da Força de Paz no Haiti. “Há dois anos, mais ou menos, estamos enviando oficiais, sargentos, cabos e soldados para esta companhia”.


Atualmente, o 9º BEC é responsável por duas obras em andamento no Pará, sendo uma de pavimentação de 32 quilômetros da BR 230 (Transamazônica) na região de Miritituba e a construção e alargamento de cinco pontes na BR 163. Já em Mato Grosso estão realizando a pavimentação de 50 quilômetros da BR 163, em Guarantã do Norte. “Nestas três operações, no Pará e em Mato Grosso, são mil e cem homens, entre militares e civis, que estão trabalhando, mas nem todos são do 9º BEC, alguns são contratados”.

Maquinário
O 9º BEC para realizar estas operações de pavimentação e construção possui um frota própria de maquinários, mas deverão ser contratados mais equipamentos, viaturas e pessoas por meio de processo licitatório, para a realização de novas obras que estão previstas pelo Governo de Mato Grosso nos próximos meses. “Temos setenta e dois equipamentos e setenta e oito viaturas. São retroescavadeiras, moto niveladoras, trator de esteira, rolo compactador, além de usina de asfalto, usina de britagem e a pavimentadora”.


Segundo o coronel Miranda, o Batalhão ainda coopera em missões subsidiárias como a Campanha da Dengue que em breve estará sendo realizada. “Participamos da Ação Cívico-Social (ACISO), onde o médico dentista do 9º BEC atende a população onde realizamos as operações”.

Alistamento militar
O Alistamento Militar é obrigatório para todos os jovens ao completarem 18 anos e, conforme o Coronel Miranda, cerca de 2% a 3% destes jovens acabam entrando para o quartel. “No exército, de maneira em geral, só entra quem realmente quer servir. Os que entram no 9º BEC acabam saindo com alguma especialização como em funilaria, pintura, operação de máquinas, padaria, mecânica, entre outros cursos que são realizados em parceria entre o quartel e o SENAI ”.


Até o momento da formação os jovens passam por todos os procedimentos para entrar, inclusive avaliação médica. Logo após são encaminhados para um Campo de Instrução do Coxipó do Ouro, localizado a 19 quilômetros de Cuiabá, nas proximidades da Chapada dos Guimarães, onde são realizados os acampamentos, nos quais o soldado aprende o básico do quartel.

“No país todo são realizados estes acampamentos básicos, depois é realizada a qualificação militar onde os soldados são destinados para seus cargos dentro do Batalhão, como pintura, cozinha, motorista, mecânico, construção entre outros”.

Dispensa do Alistamento
O coronel Miranda diz que somente são dispensados do exército aqueles rapazes que possuem problemas cardíacos, algum tipo de alergia, problemas de visão com grau elevado e dificuldades na mobilidade.

TRANSPORTE

Caos continua em Cuiabá

População de Cuiabá ainda sofre com problemas no transporte coletivo, tanto com a falta de ônibus e superlotação quanto com relação ao preço da tarifa

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Cuiabá sempre apresentou problemas com o transporte coletivo, mas de alguns anos para cá esse quadro tem piorado. Segundo o vereador Luiz Poção, relator da CPI do Transporte em Cuiabá, são inúmeras as irregularidades no município com relação ao transporte público, que vão desde o estado da frota à questão da tarifa e das multas e taxas das concessionárias que não são cobradas como deveriam ser.

Cuiabá hoje conta com uma frota de aproximadamente 400 ônibus, além de microônibus, que atendem a população de Cuiabá em 92 linhas. Das três empresas que atuam no município, somente a Pantanal Transportes Urbanos atua com uma frota de 210 ônibus operando em 44 das 92 linhas.

“Em 2005 entregamos ao Ministério Público e ao prefeito Wilson Santos vinte e um fascículos de relatórios que apontavam as irregularidades do transporte coletivo em Cuiabá. Ainda não obtivemos respostas do Ministério Público e de lá para cá o prefeito Wilson Santos disse que ouve modificações e melhorias. Dizem que foram entregue 175 ônibus novos, mas ninguém sabe aonde estão estes ônibus”. Essa constatação, segundo Poção, se justifica pelo fato da população de Cuiabá ainda estar reclamando da superlotação enfrentada nos coletivos diariamente.

Poção afirma que até hoje a CPI do Transportes não viu a Procuradoria do Município cobrar das empresas concessionárias as multas e taxas que deveriam ser cobradas por estas irregularidades e para continuar operando. “Em dezembro de 2008 vence o prazo de concessão em Cuiabá e no edital, o prefeito pode prorrogar por mais cinco anos, caso as empresas não tenham nenhuma irregularidade”. Ainda segundo o vereador, esse não é o caso das empresas que atuam no transporte coletivo da capital.

Tarifa
Conforme Poção, a tarifa do ônibus em Cuiabá está superfaturada. Em 2003 quando a tarifa era para ser R$ 1,05 o reajuste foi para R$ 1,20, em seguida passou para R$ 1,60 quando em março de 2006 sofreu um novo reajuste, passando a ser R$ 1,85 e em 2007 em novo reajuste passou a ser R$ 2,05.

“A prefeitura deveria ter cobrado melhoria no transporte ao invés de colocar a Procuradoria a favor dos empresários. A prefeitura está a favor das concessionárias”, diz Poção, que ainda diz que a população deve ficar de olho no transporte, por que há negociações ocultas nos bastidores de um grande empresário do sistema de transporte coletivo ser prestigiado, independente de o atual prefeito ganhar ou não nas próximas eleições.

Copa 2014
Poção diz que já se passaram três anos desde que entregaram o relatório de 21 fascículos para o Ministério Público e para a prefeitura de Cuiabá e, até o momento, pode-se ver somente o “sepultamento” destes relatórios.

O vereador ainda diz que o que pesa para Cuiabá não participar da Copa de 2014 é a questão do transporte coletivo e que a própria Fifa comprovou este problema, fazendo com que diminuam as chances de Cuiabá sediar algum jogo.“O nosso transporte coletivo é um verdadeiro caos”, diz Poção.

Projetos para o Transporte Coletivo
Entre tantos projetos da Câmara Municipal de Cuiabá para melhoria da cidade, está o projeto de mudança das catracas do ônibus. Conforme Poção este projeto é para passar as catracas um pouco mais para o fundo dos ônibus, pois o passageiro está perdendo tempo de integração dentro do coletivo, pelo fato de as catracas serem próximas ao motorista, fazendo também com que idosos e gestantes não tenham espaço na frente que lhes é reservado.

“Levamos este projeto para o Sindicato dos Motoristas e eles aprovaram esta idéia, já o prefeito me chamou de louco”, conta Poção.

Até o fechamento desta edição a reportagem não obteve respostas por parte da Secretaria Municipal de Transito e Transporte de Cuiabá e não conseguiu entrar em contato com a MTU.

O transporte coletivo em Várzea Grande
O que diferencia o transporte coletivo de Várzea Grande para o de Cuiabá é a questão de que no município, apenas uma única empresa opera, enquanto em Cuiabá são três empresas que fazem as linhas.

De acordo com o secretário da Superintendência de Transporte Urbano, de Várzea Grande, Cel. Luis Nelson da Silva, assim como em Cuiabá e qualquer outro município é realizado um processo licitatório para ver quem obterá a Concessão de Várzea Grande que dura 10 anos, podendo ser prorrogado.

Em Várzea Grande quem possui a Concessão do transporte coletivo é a empresa União Transporte, do empresário Rômulo Botelho, que também possui a Concessão do Transporte Coletivo Intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande.

Hoje a União Transportes opera em Várzea Grande com uma frota de 67 ônibus e a partir do dia 25 de abril passará a operar com 77 ônibus mais 10 reservas. No município nenhum ônibus pode operar com mais de oito anos.

No transporte intermunicipal não é cobrada taxa de uso
Em dezembro de 2006, o governador Blairo Maggi, por meio da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Ager), a Secretária Municipal de Trânsito e Transportes de Cuiabá e a Superintendência de Transporte Urbano de Várzea Grande entregaram à população das duas cidades o novo sistema de transporte intermunicipal, após período de mais de 20 anos sem licitação.

A empresa vencedora da nova licitação foi a União Transportes, que também atua em Várzea Grande, que concorreu com mais três outras empresas de outros Estados, à concessão para operar entre as duas cidades.

De acordo com a assessoria da Ager, a concessão atual é para operar durante 15 anos e neste período a União Transporte estará sob a fiscalização e regulação do Estado ou municípios. A assessoria ainda diz que no transporte coletivo intermunicipal Cuiabá - Várzea Grande não é cobrada taxa alguma para direito de uso para explorar as sete linhas oferecidas.

Neste novo sistema de transporte coletivo intermunicipal Cuiabá – Várzea Grande foram entregues 82 ônibus zero quilômetro, sendo 50% destes com ar condicionado e suspensão a ar e 20% adaptados para pessoas com problemas físicos.

SUS X PARTOS

Gestantes denunciam restrições a cesarianas

Hospitais que atendem pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não realizam mais partos cesarianos, a não ser em caso de urgência

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Durante oito meses de gestação Eveline Batista dos Santos Silva fez todo o seu pré-natal em hospital público e a partir daí mudou para um hospital particular, onde teve seu filho há nove meses.


Eveline conta que não queria fazer parto normal e o SUS não realiza mais estes tipos de partos, a não ser quando há urgência e complicações. Segundo ela, durante seu pré-natal feito em hospital público, passou pelas mãos de diversos estagiários e que os médicos só aparecem na hora do parto.

“Os estagiários atendiam em uma salinha pequena de exames, onde havia um entra e sai a todo o momento. No nono mês, finalmente, havia conseguido a carteirinha de saúde e fui para um hospital particular”, diz Eveline que teve problemas tanto no hospital público quanto no particular.

Eveline que pesava no início da gravidez 50 quilos chegou aos 70 por conta de problemas de inchaço, o qual a médica do hospital particular dizia ser normal, quando não era. “A médica não queria fazer cesariana, queria que eu tivesse meu filho de parto normal. Internou-me de manhã cedo de um sábado e passou o dia dando toques para saber se o bebê estava de cabeça pra baixo, quando foi meia noite de sábado para domingo, comecei a ter eclampsia e a médica decidiu aí fazer a cesariana”. Após o parto Eveline passou a ter que tomar remédio controlado para pressão alta e chegou a ter algumas infecções, enquanto o bebê, que ficou quatro dias na UTI por precaução, nasceu totalmente saudável.

Eveline conta que no mesmo hospital público em que fez seu pré-natal havia uma moça que apresentava problemas nos rins e não podia fazer parto normal, mas acabou, mesmo assim, tendo seu bebê de parto normal. “O SUS é um caso sério. Em hospitais públicos não pode ficar acompanhante com a gente”, diz Eveline que hoje procura evitar a gravidez novamente.

Planejamento familiar e filas de espera
De acordo com Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, mulheres acima de 25 anos e que já tenham tido dois filhos, podem realizar a cirurgia chamada laqueadura para não ter mais filhos, assim como os homens podem se submeter à vasectomia.


Segundo Pedro Ernesto Pulcherio, a pessoa que deseja fazer laqueadura ou a vasectomia, pela rede pública, passa por um processo multiprofissional com ginecologista, urologista, assistente social e psicólogo. “Normalmente estes processos são feitos nas policlínicas e depois desta avaliação é encaminhado para os hospitais para a realização da vasectomia ou da laqueadura”.

Os hospitais que atendem pelo SUS e realizam as operações de vasectomia e laqueadura são: Hospital Geral Universitário (HGU), Hospital Júlio Muller, Hospital Santa Helena e Santa Casa. Já o Pronto Socorro de Cuiabá e o Hospital Bom Jesus realizam somente a laqueadura.

Pedro Ernesto conta que hoje existe uma procura significativa para as operações, o que acaba gerando uma pequena fila de espera nos hospitais que atendem pelo SUS. “Ainda são as mulheres que procuram mais, mas os homens estão começando a procurar por ser mais rápido o tempo de recuperação. Já vi homens procurarem para fazer vasectomia e nem filhos tinham”.


Tempo de recuperação
De acordo com o diretor de regulação de controle e avaliação da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Pedro Ernesto Pulcherio, a vasectomia possui um processo de recuperação mais rápida que a laqueadura. O período de recuperação da vasectomia é de 24 a 48 horas, enquanto que a laqueadura demora um pouco mais por ser um processo cirúrgico, onde a mulher toma anestesia como se fosse em um parto.


Planos de saúde
A partir de abril, segundo Pedro Ernesto, os planos de saúde passam a cobrir cirurgias de laqueadura e vasectomia.


Riscos
Os riscos de se fazer uma laqueadura são os mesmos de qualquer outra cirurgia, como por exemplo uma infecção. Quanto à vasectomia os riscos são menores por ser apenas uma cirurgia milimétrica.


Com relação ao número de pessoas que realizaram estas cirurgias, o médico afirma que o percentual de pessoas que operaram e algum tempo depois tiveram filhos é muito pequeno. “É impossível saber como a natureza consegue driblar algo que fazemos”.

POR ASSINATURA

TV com qualidade digital chega a MT

A partir de abril Cuiabá e Várzea Grande passam a ter TV Digital por assinatura com canais de entretenimento e outros grandes canais como a Globosat

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

A partir da próxima terça-feira, 29, Cuiabá passa a contar com a sede da JetTV, do grupo ACOM Comunicações S.A, que hoje atua em nove capitais e mais de 50 municípios no país, em parceria com a ACOMTV S.A e Ver TV S.A, uma TV por assinatura com qualidade de TV Digital.


Segundo o gerente de mercado da JetTV, em Cuiabá, Rômulo Rampini, a nova tecnologia traz aos clientes uma variedade de canais de entretenimento, notícias e filmes, entre eles a Globosat, que oferece canais como SPORTV, Multishow, GNT, Globo News, Rede Telecine de canal e o Canal Brasil. “Além dos canais Pay Per View e à La Carte e recursos como sinopse na tela da TV”. Ainda de acordo com o gerente, a qualidade de imagem e som são de DVD e a tecnologia é 100% digital.

O usuário da JetTV tem a oportunidade, além de ler a sinopse do programa/filme na tela, de localizar os horários dos programas/filmes e também de agendar para assistir mais tarde, ou seja, programar para ser avisado quando o programa/filme começar. Rômulo conta que a TV por assinatura oferece outras facilidades do sistema digital, “como a transmissão para TVs com formato Wide Screen, canais que oferecem três tipos de áudio”.

O gerente de mercado da JetTV, em Cuiabá, ainda diz que a TV por assinatura ainda oferece a JetCom – Internet Banda Larga que utiliza a tecnologia 100% digital MMDS. “Com ampla área de abrangência, conexão 24 horas, planos especiais para públicos diferenciados seja ele residencial, comercial ou empresarial e equipe de atendimento especializado”.

Pacotes
De acordo com Rômulo, são três tipos de planos para a TV por Assinatura, que podem conter duas opções a mais no pacote e pacotes de Internet Banda Larga. “O cliente pode escolher entre o JET Executivo, JET 1ª Classe ou o JET Platinum , além das opções de Pay-per-view e à La Carte, no caso de TV por assinatura. Também existem os pacotes de Internet Banda Larga que se adaptam à necessidade do cliente”.

Serviço
A Jet TV, em Cuiabá, está localizada na Avenida Mato Grosso, 165 – Centro-Norte ou no telefone (65) 4004-7880.

Quem é a ACOM Comunicações S.A
A ACOM Comunicações S.A. é uma empresa de TV por assinatura criada no Rio de Janeiro, em 1997, que foi a pioneira em prestar serviços digitais sem fio para seus clientes da América Latina e com a tecnologia de última geração MMDS Digital.

Em parceira com a ACOMTV S.A., que utiliza as mesmas tecnologias, a ACOM Comunicações S.A. passou a utilizar a marca JET.

Para operar com todo o porte que opera hoje no Brasil, a ACOM Comunicações S.A. já investiu cerca de R$ 170 milhões para operar TV e Internet em mais de 50 municípios brasileiros.

A ACOM Comunicações S.A., hoje, possui filiações com grandes empresas e associações da rede de comunicação como a AR Telecom, Associação Brasileira de TV por Assinatura, Neo Tec (Associação brasileira de operadoras MMDS), Neo TV (Associação de operadoras de TV por Assinatura), Net Brasil (criada pelas Organizações Globo), SGC Telecom, WCA (Associação Internacional de Comunicação sem fio), Wimax Fórum, além de possuir apoios do Banco do Nordeste e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além de levar entretenimento para seus clientes via TV por Assinatura e Internet Banda Larga, a ACOM Comunicações S.A. também leva os mesmos benefícios para escolas e locais públicos onde há a inclusão digital.

A ACOM Comunicações S.A. ainda apóia alguns projetos nos Estado Brasileiros como Amigos da Escola, Jet Cultural, Projeto Discovery na Escola, Jet na Escola, Feira Brasil, Mostra Brasil (João Pessoa/PB), entre outros.

18 de abril de 2008

Palavrinha Minha



Salve, salve galeraaaaaa tô na área mais uma vez está semana. Aeeeeeeeeee hehehehe Nossa esse mês estou compensando os meses anterior que quase não postei aqui no Fala Sério Mix, mas foram por boas e ruins causas. Boa por conta da monografia que adiantei bem e ruins pelos imprevistos ocorridos da falta de computador. Mas tudo bem, a gente sempre acaba compensando algum dia, né?

Bom espero que estejam gostando dos post que aqui venho colocando e espero que gostem do que irei colocar. Espero em breve estar colocando matérias que não fiz para o jornal Circuito Mato Grosso e sim apenas para o blog. Se Deus quiser e as pessoas que entrei em contato me responderem. hehehehe

Seguinte vou indo nessa. Bom final de semana para todos, um ótimo feriado (que aproveitarei para terminar a monografia. ufa!!!). Semana que vem estou na área de novo.

Bjim Bjim Xau Xau








DIA DO ÍNDIO

Povos indígenas ainda lutam pelos seus direitos

Mesmo depois da aprovação da Constituição de 1988 povos indígenas brasileiros continuam sem ter suas terras demarcadas como era previsto

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Foto: Ednilson Aguiar - Secom Estado MT
Apesar de terem um dia dedicado a eles, 19 de abril e direitos garantidos constitucionalmente, até hoje os povos indígenas brasileiros lutam para que o previsto na legislação seja cumprido de fato.

De acordo com o conselheiro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Gilberto Vieira dos Santos, “a partir da Constituição de 1988, o Estado brasileiro teria até cinco anos para demarcar as terras indígenas, ou seja, até 1993”. Neste meio tempo, mais precisamente 15 anos, muitos indígenas foram assassinados ou morreram por outros motivos, sem ver seus direitos realizados.

“Isso ocorre com os Xavantes, os Kayabis, os Bororos e com outros povos, seus territórios tradicionais estão sendo devastados, com as matas derrubadas para alimentar madeireiras ilegais, ou para dar lugar à pastagem e plantações de soja”.


O conselheiro conta que a principal reivindicação dos povos indígenas continua sendo, tanto em Mato Grosso quanto no restante do país, o direito a terra, mas que também pedem um melhor acesso à saúde de qualidade e educação diferenciada.

Hoje não se sabe ao certo quantos povos indígenas existem no Estado de Mato Grosso, mas segundo dados na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), residem no Estado cerca de 28 mil índios em 38 etnias diferentes, sem contar tribos que ainda não foram identificadas. “A dinâmica das comunidades indígenas, em geral, faz surgir novas aldeias, principalmente à medida que o grupo vai crescendo. Bem se faz distinguir entre aldeias e terra indígena: cada terra pode ter uma, duas, sete, dez aldeias, dependendo do tamanho da área e da população”.

Reivindicações não estão sendo atendidas
Segundo Santos, as reivindicações dos povos indígenas brasileiros não estão sendo atendidas pelos governantes e entidades. O fato pode ser constatado em campanhas e em ações como a do governador Blairo Maggi, que é contrário às demarcações das terras indígenas. “Os governantes negam a existência de indígenas onde, comprovadamente, eles existem, como na região de Colniza, onde há um grupo sem contato com a nossa sociedade. Negam a identidade, dizendo que ‘não são índios’, quando temos uma legislação, inclusive internacional (Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é signatário, e a recente Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, da ONU), que reconhece o auto-reconhecimento entre outros direitos referente à identidade”.


Gilberto conta que há um choque de interesses neste caso das terras, ou seja, “sojeiros” de um lado querendo mais terras para cultivar e desmatar e os povos indígenas do outro querendo suas terras demarcadas.

“As demarcações, depois de uma solicitação do governador Maggi, encaminhada em 2003, ao então Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Barros, ficaram paralisadas no Estado. O argumento foi que as demarcações atrapalham o desenvolvimento”, explica Gilberto.

Lei dos direitos dos povos indígenas
Os direitos dos povos indígenas estão garantidos nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal, Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), entre outros. “Cada Lei ou Decreto vem reforçar a Constituição”, diz Gilberto.


Sobrevivência dos povos
Os povos indígenas de hoje continuam sobrevivendo como antigamente, por meio do cultivo de frutas, da caça e da pesca, mas conforme Santos nem todas as tribos possuem a tradição de fazer roça para cultivar seus alimentos como muitas pessoas pensam e nem caça, pois alguns não comem carne vermelha, assim como a tribo Enawenê-Nawe na região do rio Juruema.


“Infelizmente há muito de desconhecido e fantasioso no que diz respeito às comunidades indígenas. Certamente, não há doações ou subsídios que sejam destinados aos indígenas, como algumas pessoas pensam. O que existem são recursos da União, que são administrados pelo órgão indigenista oficial, a Funai e que são destinados às atividades diversas, seja a proteção da área, seja para acompanhamento dos problemas referentes aos indígenas”.

De acordo com Gilberto algumas famílias indígenas conseguem ainda benefícios do governo federal como o Bolsa Família e aposentadoria, sem contar que existem indígenas que são funcionários da Funai, da Funasa e alguns são professores. “Muitos também vendem artesanatos, o que gera muitas vezes rendas extras ou são a única fonte de entrada de dinheiro”, diz Gilberto.

Projetos do Governo para educação
A população indígena hoje em dia já está conseguindo adquirir seus direitos a uma educação de qualidade, tanto no ensino fundamental, médio e até superior. “Existem as políticas nacionais que cabem ao Estado aplicar. A educação escolar é uma delas, o ensino médio e superior, mais especificamente. Há algumas iniciativas como o terceiro grau, que começou no Governo anterior. Contudo há muitos questionamentos. O que se vê são práticas que na maioria das vezes, desconsidera as comunidades, passando sobre sua decisão soberana”.

O que é o CIMI?
CIMI quer dizer Conselho Indigenista Missionário e, de acordo com o seu Conselheiro em Mato Grosso, Gilberto Vieira dos Santos, “é um organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, portanto, ligada à Igreja Católica”.


Mesmo com essa ligação à Igreja Católica, Gilberto diz que não possuem uma ligação de atuação direta na prática de catequese nas comunidades indígenas onde atuam. Gilberto diz ainda que o CIMI nasceu em Mato Grosso, em 1972.

“Atuamos nas várias dimensões dentro e fora das aldeias, no intuito de assegurar os direitos constitucionais dos povos indígenas, principalmente no que se refere ao seu direito à diferença, a sua cultura, a uma educação escolar diferenciada, como já asseguram as Leis referentes à educação, entre outros”, explica Gilberto.

Gilberto diz também, que o surgimento do CIMI, “articulado por bispos como D. Pedro Casaldáliga, da Prelazia de São Félix do Araguaia e D. Thomaz Baldoíno, de Goiás Velho (GO), entre outros bispos, leigos, leigas e padres, foi devido às violências físicas e culturais, engendradas inclusive pelo Estado autoritário da época, principalmente com as invasões dos territórios indígenas e massacres, como o que ficou conhecido como o ‘massacre do paralelo onze’, que vitimou, em 1966, os Cinta-Larga”.

LITERATURA

Cresce gênero infato-juvenil em MT

Cresce produção literária no Estado de Mato Grosso, principalmente no gênero infanto-juvenil
VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso


Yasmin Nadaf (Foto: Viviane Petroli)
Assim como as artes-visuais, a produção audiovisual e a dança, a literatura mato-grossense vem adquirindo seu espaço nos últimos anos e pegando no gosto das pessoas, principalmente das crianças e adolescentes.

De acordo com a escritora de crítica e história literária, Yasmin Nadaf, a literatura mato-grossense está num bom estágio, tanto em nível de obras quanto da estética. Yasmin, que até o momento lançou cinco livros, afirma que no que diz respeito à qualidade das editoras, Mato Grosso pode ser comparado a grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo.

Livros nas prateleiras das livrarias
A maioria das pessoas quando entram em uma livraria, o fazem em busca de livros best-sellers que estão expostos nas vitrines ou na prateleira principal. Yasmin conta que uma livraria de Cuiabá possui prateleiras próprias para os livros de autores mato-grossenses em sua loja no centro da cidade e em outra localizada em um dos shoppings.

“As livrarias têm aumentando o espaço para nossos escritores. O que falta nelas são os livros aparecerem nas vitrines”.

A escritora Yasmin Nadaf
Formada em Letras com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Literatura, Yasmin Nadaf teve sua primeira publicação em 1986, quando escreveu um ensaio crítico para uma coletânea que o escritor Silva Freire estava escrevendo. Em seguida Yasmin começou a escrever para o Suplemento Literário de Minas Gerais. Recentemente a escritora lançou o livro ‘Machado de Assim em Mato Grosso’, que escreveu para marcar a presença e a influência do escritor no Estado. “Escrevi para que Mato Grosso também pudesse fazer parte do Centenário de Machado de Assis, que é comemorado este ano”, explica Yasmin que pretende publicar sua tese de pós-doutorado, cujo tema foi um jornal chamado ‘Novo Mundo’.

Yasmin que possui um amplo acervo, de mais de 100 obras da imprensa cultural, no final de 2007 conseguiu adquirir uma cópia original do livro ‘Lembranças de Mato Grosso’, da escritora Maria do Carmo Melo Rego, escrito em 1897 que ficou em exposição na Semana da Mulher na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, em seguida na OAB e hoje está em exposição na Univag.

Aldenora de Sá Porto
Aldenora de Sá Porto é uma das escritoras mais conhecidas no Estado, principalmente pelo seu livro ‘Mulheres Esquecidas’, de 1947, que fala sobre as prostitutas da região de Poxoréo.
Segundo Yasmin, com este livro Aldenora foi convidada para participar de um congresso na Rússia e ao voltar passou a ser perseguida pela Ditadura Militar, pois pensavam que ela era comunista. Hoje Aldenora vive em São Paulo.

Novos escritores estão surgindo

Assim como escritores mato-grossenses consagrados, como Ricardo Guilherme Dicke, novos escritores estão surgindo nos últimos anos. A exemplo deste surgimento temos a jornalistas Neusa Baptista que acaba de relançar seu livro infanto-juvenil ‘Cabelo Ruim? A história de três meninas aprendendo a se aceitar’, pela editora Tanta Tinta.

Neusa conta que a idéia de escrever um livro surgiu de seu marido, o também jornalista João Negrão, que sugeriu para ela escrever um livro voltado para as crianças. “A princípio, achei que não daria conta, mas o livro "saiu" fácil, pura inspiração”.

Apesar de ter vários textos já publicados ‘Cabelo Ruim?’ é o primeiro livro que a jornalista escreve. Com o tema voltado para a auto-aceitação perante o racismo, o livro conta a história de três meninas que aprendem a lidar e conviver com seus cabelos crespos “num ambiente totalmente adverso: pais e professores indiferentes à questão, colegas de sala preconceituosos”. Ainda de acordo com a jornalista, apesar de ser uma história pesada é contada de forma leve e divertida.

“A idéia de falar sobre o preconceito contra o cabelo crespo e a auto-aceitação entre as mulheres negras, já me ocorreu há muito tempo, logo após terminar o curso de Comunicação Social, resenhei um projeto de Mestrado sobre o assunto, que cheguei a começar, mas não terminei”. A jornalista afirma que, futuramente, pretende publicar livros voltados para outros públicos.

Neusa Baptista analisa que no Estado de Mato Grosso a produção literária está boa, tanto por parte dos novos quanto dos antigos escritores, mas que sente falta de certa organização por parte de todos. “Eles não estão inseridos neste movimento de organização que está havendo de uns anos pra cá no Teatro, por exemplo”.

Quando perguntada se teve algum incentivo para publicar seu livro, Neusa conta que no ano de 2006, para a primeira edição, teve apoio da Lei Estadual de Fomento à Cultura. Já a partir da segunda edição, contou com o apoio da Editora Tanta Tinta.

Para este livro Neusa teve a ajuda da designer Nara Silver para fazer as ilustrações. “Deixei ela livre para utilizar a técnica que achasse mais interessante, apenas orientei quanto aos desenhos que queria. E ficou lindo! Acho que o desenho, para o público infanto-juvenil, são 50% do livro, eles são o primeiro item que a criança olha. Se são legais, já levam para o texto”, conta Neusa.

Conheça alguns escritores e poetas mato-grossenses:
Ricardo Guilherme Dicke, Carlos Gomes de Carvalho, Pedro Rocha Jucá, Paulo César Prince Ribeiro, Gabriel de Mattos, Manoel de Barros, Dom Aquino Correa, Neusa Baptista, Públio Paes de Barros, Luciene Carvalho, Marta Helena Cocco, Lucinda Persona, Ivens Cuiabano Scaff, Aldenora de Sá Porto, Wander Antunes (quadrinhos), Ricardo Leite (quadrinhos), Benedito Sant’Ana da Silva Freire, Tereza Albues, Otávio Cunha, Marilza Ribeiro, José de Mesquita, Cesário Prado, Maria de Arruda Muller, Dunga Rodrigues, Yasmin Nadaf, Maria do Carmo Melo Rego, Antônio Sodré, Rubens de Mendonça, Paulo Pitaluga Costa Silva, João Carlos Vicente Ferreira, Cristina Campos, Hilda G. Dutra Magalhães, Amália Verdangieri, entre outros autores.

16 de abril de 2008

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaaaaaaaaaaa. Uhullllllllllllll Fala Sério Mix está completando hoje 1 ano de vida aqui no Blogspot. Aeeeeeeeeeeeeeeeeee

Galera valeu por tudo durante estes 12 meses de existência do Fala Sério Mix aqui. Obrigada pelas mais de 11 visitas, pelos comentários e obrigada à todos aqueles que me adicionaram em suas seções de links indicados. Obrigada mesmo.

Bom pra quem não conhece a história do Fala Sério Mix aqui vai: o Fala Sério Mix surgiu uma conversa com duas colegas de faculdade, inicialmente iamos criar um blog com o nome do programa de rádio que faziamos nas aulas de rádio (Infomix), mas durante esta conversa decidimos criar dois blogs, aí então sugeri o nome de Fala Sério Mix que ficaria sob o meu comando e as meninas me enviariam as matérias, artigos ou qualquer coisa que escrevessem para eu postar.

Com o tempo o blog foi ficando parado (inicialmente o Fala Sério Mix encontrava-se no Terra), nenhuma de nós três estava encontrando tempo para atualiza-lo ou escrever algo, então as meninas decidiram sair do blog e decidi dar continuidade, pois estava adorando mexer neste novo ramo do jornalismo.

Algum tempo depois durante uma aula de Webjornalismo fiquei sabendo do Blogspot e o que ele oferecia, decidi então migrar o Fala Sério Mix aqui para o Blogspot e cancelei o do Terra, isso foi em 16 de abril de 2007, portanto há um ano atrás.

Bom já contei um pouquinho da história do Fala Sério Mix, o resto vocês já sabem, né? hehehehe É pra isso que serve o "Palavrinha minha", é uma forma que encontrei de me expressar aqui no blog.

Então, tudo certo? Vou indo nessa porque ainda tenho muito o que fazer. Bjim Bjim Xau Xau

Dream Fashion Tour - Cuiabá

Ao todo, em seis meses, o evento Dream Fashion Tour estará vistando 11 Estados e 12 cidades do Brasil em busca de modelos.

No último sábado (12) a cidade contemplada pelo evento foi Cuiabá com shows da banda regional La Rica e do rapper Marcelo D2, além do humor da dupla de comediantes Nico e Lau. Durante o show de Marcelo D2 foi realizado o desfile de lingerie da marca Forúm, com modelos escolhidas na capital matogrossense.

Mas o evento, que para os organizadores seria um espetáculo, para a população cuiabana não foi bem assim. Os portões que deveriam ser abertos as 19h no Centro de Eventos do Pantanal, como informado na divulgação, foram ser abertos por volta das 20h, horário em que os shows e desfile deveriam ter começado.

Enquanto a elite encontrava-se sentada na área vip, os pagantes para estarem na pista tiveram de permanecer em pé por quase 1h30min esperando o evento começar. Segundo informações apuradas o atraso deu-se pelo fato de os organizadores estarem aguardando a chegada do cantor Marcelo D2 que ainda encontrava-se no hotel.





































































* Desculpem pelo estado das fotos, eu estava um pouco longe do palco e o zoom da minha máquina não é muito bom. Antes que me esqueça fotos do desfile, show do Marcelo D2 e do Nico e Lau não aparecem aqui, pois fui embora do evento antes mesmo deles subirem ao palco. Muita gente foi embora antes de deles subirem ao palco, algumas pessoas pelo que pude apurar foram embora antes do evento começar e durante o show da Banda La Rica (até que os meninos tocam bem, mas o atraso foi de mais). Ah o meu ingresso foi cortesia.









11 de abril de 2008

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaa!!! Voltei de novo e espero conseguir voltar aqui com mais freqüência. Hehehehe

Bom passei rápidinho pra dar um alô e desejar um bom fim de semana. Portanto: Bjim Bjim Xau Xau


SAÚDE

No compasso da dança

A procura por estúdios e academias de dança aumenta em função da busca pelos benefícios à saúde e bem-estar

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Arquivo Pessoal de Clara Azevedo
Existem vários estilos de dança e cada um trás em si benefícios à saúde e bem-estar de seu praticante. Entre os ritmos mais conhecidos estão a salsa, o forró, tango, zouk, flamenco, dança do ventre, balé, jazz e valsa.

A partir de qualquer idade pode-se praticar todos os tipos de dança. De acordo com a professora de dança do ventre, Clara Azevedo, se a pessoa pratica por mais de três anos consecutivos os resultados o acompanharão por toda a vida, ajudando no desempenho de atividades e nos relacionamentos com outras pessoas.

Quando a dança é iniciada ainda na infância, contribui numa melhor coordenação motora, na flexibilidade e na agilidade.

Dança do Ventre
Há seis anos dando aulas de dança do ventre, Clara Azevedo, diz que não existe idade para se começar a aprender a dança. “As turmas infantis têm que ser separadas por causa da didática. A pessoa pode começar com qualquer idade, o tempo de aprendizado é de acordo com a pessoa”.

A Dança do Ventre é específica para mulheres, mas atualmente, também existem homens que praticam. “Tecnicamente é destinada às mulheres, assim como o Cururu é para homens”.

Segundo Clara, a procura por esse estilo aumentou nos últimos anos, principalmente depois da exibição da novela ‘O Clone’, de Gloria Perez, onde a atriz Giovana Antonelli interpretava uma dançarina. “A novela o Clone trouxe bastante repercussão e quando se está na mídia a procura aumenta. As pessoas passam a conhecer mais e a se interessar também”.

Dança do Ventre durante a gravidez
Muitas mulheres se perguntam de podem fazer dança do ventre durante a gravidez por causa dos movimentos exigidos. Conforme Clara Azevedo, a mulher pode sim fazer a dança durante a gravidez, desde que já pratique há certo tempo. “Começar na gravidez não é recomendável, porque é tudo novo no corpo da mulher. Todas as atividades, fora a hidroginástica, que exija esforço do corpo não são recomendáveis”.

De acordo com a professora, estudos comprovam que a prática da dança favorece no momento do parto. “Já tive alunas que dançaram até o sétimo mês de gravidez”.

Benefícios proporcionados pela Dança do Ventre
A Dança do Ventre é uma dança que, além de sensual, mexe com o corpo da mulher, sendo um exercício completo. Ela mexe com a feminilidade, é terapêutica, estimula a autovalorização, mexe com os aspectos emocionais, físicos e psicológicos.

Entre os vários benefícios que a Dança do Ventre proporciona às mulheres podem ser citados:
§ Tonificação e fortalecimento dos músculos do corpo;
§ Alongamento da musculatura, prevenindo assim lesões;
§ Estimulo das funções ovarianas;
§ Diminuição e alívio das cólicas menstruais;
§ Aprimoramento da capacidade respiratória e neuro-motora;
§ Melhoramento na circulação sanguínea;
§ Desenvolvimento da criatividade;
§ Auto-estima e confiança;
§ Combate ao stress e depressão;
§ Melhoramentos nas funções digestivas;
§ Correção da postura;
§ Conforme estudos realizados, uma hora de Dança do Ventre queima 330 calorias, além de prevenir varizes.

Dança de Salão também ajuda no desenvolvimento
Assim como a Dança do Ventre a Dança de Salão também ajuda no desenvolvimento corporal e mental dos que praticam. Os ritmos proporcionados pela Dança de Salão são bem variados e vão desde o Bolero ao Vanerão.

De acordo com o professor de dança Rodinei Barbosa, a dança é uma das mais importantes atividades humanas. Ele diz que a Dança de Salão surgiu entre os anos 1.200 e 1.500 e que era restrita à elite em grandes festas com bailes, onde as coreografias eram complicadas e dançadas em pares, mantendo a expressão corporal em harmonia com a música.

“A arte de dançar é um método que permite ao indivíduo conhecer o inesgotável potencial que o corpo tem de nos nutrir, equilibrar e levar ao caminho da consciência”. Ainda de acordo com Barbosa, hoje em dia, as pessoas têm procurado muito por ritmos como samba de gafieira, salsa, forró e o country.

Segundo o professor, além da ajuda no desenvolvimento corporal e mental, a dança também contribui com uma melhor percepção musical, fazendo com que a pessoa se desenvolva mais ainda na pista, pois ela acaba tendo uma maior consciência dos movimentos. “A dança ajuda as pessoas a esquecerem da correria e do stress diário em uma hora de aula”.

Confira alguns benefícios proporcionados à saúde e ao bem-estar de quem pratica dança de salão:
§ Diminuição do stress;
§ Superação da timidez;
§ Melhoramento da postura;
§ Melhoramento da percepção rítmica e da musicalidade;
§ Fortalecimento das pernas e ombros;
§ Melhoramento da circulação sanguínea;
§ Elimina a ansiedade;
§ Perda de peso;
§ Aprimoramento da coordenação motora;
§ Permite uma melhora na auto-estima e quebra de diversos bloqueios psicológicos.

Metodologia Carlinhos de Jesus
Há seis meses aberta em Cuiabá a Casa de Dança Ana Sabóia tem procurado ensinar aos praticantes da Dança de Salão a Metodologia do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, que vem a ser um estilo de dança livre.

Ana Sabóia que formou-se na Escola de Dança de Carlinhos de Jesus e trabalha com dança há 13 anos, sendo 12 anos destes ao lado do próprio Carlinhos de Jesus, diz que a procura pela dança tem sido boa, principalmente de casais. “A intenção de abrir a Casa de Dança foi de tirar os homens de casa para acompanhar as mulheres”, diz Ana Sabóia que conta ainda que com esse incentivo muitos relacionamentos melhoraram após as aulas.

Os ritmos básicos oferecidos são o Bolero, o Samba de Gafieira, o Forró e o Swing. “Também oferecemos aos nossos alunos cursos de Samba no pé e a partir do dia trinta e um de março dança sertaneja, onde a música é sertaneja e os passos são gauchescos. Nossas aulas são de segunda-feira a sábado e o aluno que quiser aula particular pode estar escolhendo o ritmo e o horário que quer fazer e lhe oferecemos um casal de professores para estar ensinando o casal de alunos”, diz Ana Sabóia.

Com relação à idade dos alunos, Ana diz que não há restrições, mas por enquanto a Casa de Dança Ana Sabóia não oferece cursos para crianças. Já para as pessoas da melhor idade existe um professor que vai até o projeto Humanizar para trabalhar com eles.

Para Ana Sabóia os benefícios das aulas de dança são “em primeiro lugar a dança é uma terapia, aqui os alunos esquecem o dia-a-dia, segundo o aprendizado dos ritmos, terceiro a união entre os casais aumenta pelo fato de os homens começarem a dançar. É um exercício físico sem contra indicação que atende todas as idades e sem discriminação. Trabalha-se a coordenação motora, o equilíbrio, a musicalidade, a postura e no geral o bem-estar físico e mental, sem contar na socialização”.

Ana Sabóia conta que na falta de homens para dançar as mulheres estão procurando aulas próprias para elas dançarem sozinhas. Conforme Ana são danças em forma de aula aeróbica para perder caloria e também para aprender a dançar.

Mais informações sobre a Dança do Ventre podem ser obtidas pelo telefone
3627-5442 e sobre a Dança de Salão pelos fones 9982-5942 ou 3616-6900.

* Segunda foto faz parte do arquivo pessoal de Rodinei Barbosa

Rádio Pinel no Mais Você

Fala sério gente, adorei esta novidade do Programa Mais Você, com Ana Maria Braga, na Rede Globo. Espero que o programa consiga melhorar agora, porque nos últimos tempos socorrooooo tava uma coisa. Tudo bem que não tenho muita oportunidade de assistir este programa ou por estar estudando ou no trabalho, mas que está ou estava uma porcaria isso ninguém pode negar.

Hoje o Mais Você deu um novo passo colocando no ar a Rádio Pinel! inventada pelos BBBs 8 Alexandre Scaquette, Marcos Parmagnani e Rafinha. Se a rádio já fazia sucesso na casa do Big Brother deve fazer sucesso aqui fora também.

A primeira exibição da Rádio Pinel! no Mais Você contou com as participações de Zezé di Camargo e Luciano e da atriz Fernanda Paes Leme.

Não deixem de conferir o beijo técnico entre Louro José e Fernanda Paes Leme.


10 de abril de 2008

Palavrinha minha

Salve, salve galeraaaa. Tô na área de novoooooo. Hehehehe Tá aí mais uma matéria que escrevi pro Circuito Mato Grosso, saiu semana passada, só que esqueci de postar. hehehehehe

Espero que tenham gostado do Especial de Aniversário de Cuiabá, pois eu amei fazer.

Bom vou indo nessa. Tenho que corrigir pela terceira vez o artigo científico de apresentarei em seminário dia 24 ou 25 e terminar a monografia. Tá acabando aeeeeeeeee. Xiii empolguei, mas tudo bem. :D

Bjim Bjim Xau Xau

AUDIOVISUAL

Cresce o número de produções em MT

Apesar de Mato Grosso não ser visto com bons olhos em outros Estados com relação à produção audiovisual a atividade vem crescendo dentro do Estado a cada dia

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso


Paulo Traven - foto arquivo pessoal do Paulo
A arte do cinema teve seu início em 28 de dezembro de 1895, em Paris, com os irmãos Louis e Auguste Lumiére com a exibição do filme “A Chegada de um Trem”, que é o primeiro filme da história do cinema.

Hoje o cinema é considerado a sétima arte e teve seu nascimento vindo da fotografia. No Brasil o cinema foi chegar somente em 8 de julho de 1896, por meio de Pascoal Seguetto e José Roberto Cunha Sales, que por sinal, exibiram o mesmo filme seis meses antes em Paris. Já no Estado de Mato Grosso o cinema foi chegar somente no inicio do século XX, mais precisamente em 1908.
Segundo o geógrafo e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, Aníbal Alencastro, nos últimos anos a produção cinematográfica no Brasil vem crescendo gradativamente, tanto no campo de curtas quanto de longa metragem. “O primeiro documentário gravado no país foi sobre a expedição Rondon”.

Produção Audiovisual em Mato Grosso
De acordo com o produtor audiovisual e idealizador do curso de pós-graduação em Cinema realizado pelo Museu da Imagem e Som (MISC), José Paulo Traven, as produções audiovisuais no Estado têm crescido mais do que o esperado. “Temos mantido uma regularidade com a produção de curtas captados e finalizados em película 35mm. De 2006 pra cá temos cinco curtas, dos quais dois estão para ser lançados, temos muitos realizadores produzindo seus vídeos em suporte digital, que tratam da grande diversidade cultural de Mato Grosso, retratados nos documentários diversos”.

Pós-graduação em Cinema
O curso de Pós-graduação em Cinema de Mato Grosso conseguiu obter uma boa procura por parte dos profissionais da área de Comunicação Social. Segundo Paulo Traven foram 112 inscritos e escolhidos, após processo de seleção, 50.


“Este curso se mostrou um projeto de imenso sucesso, pois conseguimos agregar as melhores cabeças do cinema nacional, temos a coordenação pedagógica de Joel Zito Araújo, tivemos aulas ministradas por Maurice Capovilla, Inimá Simões, Silvio Darin que é o atual secretário do audiovisual do Ministério da Cultura, José Carvalho, David Tyguel, Rodrigo Fonseca (O Globo), Assunção Hernandez, Sérgio Penna (Carandiru), Luiz Carlos Lacerda, entre outros”, conta Paulo Traven que diz já estar buscando parcerias para uma segunda edição do curso.

Lei de Incentivo à cultura no Estado de Mato Grosso
Conforme Traven existe incentivo por parte do Ministério da Cultura, que vem disponibilizando editais para produções de curtas, documentários, animações entre outros.

“No Estado temos o Fundo de Fomento à Cultura que é o único instrumento possível para as produções serem realizadas e que tem financiado todos os filmes de Mato Grosso. No município de Cuiabá, temos um edital que se chama Cuiabá Cidade Arte, que tem premiação para a realização audiovisual”.

De acordo com Aníbal Alencastro, os projetos inscritos na Secretaria de Estado de Cultura passam por uma avaliação do Conselho Cultural e as verbas liberadas são conforme o tamanho do projeto.

Festivais de Cinema
Em Cuiabá, anualmente é realizado o Festival de Cinema e Vídeo. O Festival é realizado há cerca de 15 anos. Em 2008, o tema será o Centenário do Cinema em Mato Grosso. Em todo o país são realizados 200 festivais.

Paulo Traven afirma que no interior do Estado a produção audiovisual também é significativa, dado o número de pessoas que se inscreveram no curso de pós-graduação em cinema. “Temos um Festival que está indo para a segunda edição que é o Festival Floresta, realizado em Alta Floresta”.

Gente que faz e acontece
Há nove anos em Cuiabá, o técnico de áudio Aroldo Maciel, mais conhecido como “Carioca” vem se destacando na produção audiovisual no Estado. Maciel conta que quando chegou em Cuiabá, para trabalhar como músico e técnico em áudio num estúdio na cidade, no qual produzia trilhas sonoras para documentários e filmes, recebeu um convite de Bárbara Fontes para produzir a trilha sonora de um documentário. “Durante essa produção eu percebi que para eu entrar para o ramo seria fácil”.

Carioca fez cinco documentários onde foi produtor e diretor, além de outros quatro onde participou com trilha sonora e edição. “Eu vejo que devido à maioria das pessoas terem câmera, todos querem produzir algo, todo mundo tem pelo menos um vídeo no YouTube e quanto mais se faz mais se aperfeiçoa, motivo pelo qual acho que a tendência, tanto em Mato Grosso quanto no país, é de aparecerem grandes produtores”.

Filmagens na África
Recentemente, Maciel passou um mês na África filmando o documentário “Missões na África – De volta ao berço da civilização” sobre o fim do Apartheid, ocorrido há 12 anos. “Quando recebi o convite da organização não-governamental Missão Internacional África para Cristo (MIAPAC) para fazer um documentário, pensei que não seria muito bom o tema, pois envolveria religião, mas quando pisei na África vi que tinha um furo nas mãos”.

Aroldo conta ainda que teve que entrar como turista no país para poder realizar as filmagens, pois as autoridades locais quando veem que alguém chega no país com filmadoras já encaminham para “um roteiro fabuloso para filmar pinguins do trópico, leões, elefantes e cidades como Johanesburgo”.

“Como eu já fui com um objetivo entrei como turista, fui direto para o Campo de Bekkerdal para coletar material sobre como vivem a maioria dos sul-africanos sem condições de vida, doze anos após o fim do Apartheid”.

Lei de Incentivo
Aroldo conta que todas as vezes que trabalhou em projetos que envolviam a Secretaria de Estado de Cultura eram projetos de outras pessoas. “Talvez porque meu nome só tenha valor entre as pessoas que fazem o audiovisual em Mato Grosso e não as que aprovem. Fui sempre contratado por pessoas que tiveram seus projetos aprovados, mas de qualquer forma acho muito válido, pois de qualquer maneira fomenta o audiovisual”.

Leis
Lei Rouanet
Criada em 23 de dezembro de 1991, a Lei Rouanet, Lei Federal 8.313, permite que empresas, patrocinadoras da cultura, abatam até 4% no imposto de renda, desde que estes já disponham de 20% do total já pleiteado.

Os projetos culturais, para serem enquadrado na Lei, devem passar primeiramente pela aprovação do Ministério da Cultura, sendo apresentados à Coordenação Geral do Mecenato e ter a aprovação da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura.

Lei do Audiovisual
Assim como a Lei Rouanet que dá incentivo às produções culturais, o Ministério da Cultura criou também a Lei do Audiovisual, Lei Federal 8.685, que permite o desconto fiscal para quem for comprar cotas de filmes que estão em fase de produção. O desconto é de 3% para pessoas jurídicas e de 5% para pessoas físicas sobre o imposto de renda.

A Lei do Audiovisual foi criada, em 20 de julho de 1993, para atividades audiovisuais e tem como mecanismo o incentivo fiscal.

De acordo com a Lei 8.685/93, “Sua ação veio a se somar aos mecanismos previstos na Lei de Incentivo à Cultura, que se aplicavam e continuam a se aplicar também à atividade audiovisual. Um projeto audiovisual pode, assim, beneficiar-se dos dois mecanismos concomitantemente, desde que para financiar despesas distintas”.

Quem quiser receber incentivos deve apresentar seu projeto, por meio de formulário próprio, à Secretaria para o Desenvolvimento Audiovisual do Ministério da Cultura. Estes projetos deverão indicar os valores a serem utilizados e a prestação de contas, após a conclusão.


* Foto de Aroldo Maciel faz parte de seu arquivo pessoal.

7 de abril de 2008

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaaa volteiiiiiiiii. Hehehe Gente que delicia feriado em plena terça-feira, nossa sem noção, bom por um lado e bom por outro nem tanto, por que atrasa todo serviço, mas tudo bem, só falta resolver uma pauta mesmo que está pela metade.

Aff quero aproveitar esse feriado de aniversário de Cuiabá (não deixem de conferir o especial que fiz para o Jornal Circuito Mato Grosso e que postei logo abaixo) para ver se termino minha monografia. Agora o trem engrena de novo. Hehehehe

Gostaria de aproveitar e parabenizar à todos os meus colegas de profissão pelo nosso dia. Jornalistas Parabééééééééééééééns.

Bom vou parar de enrolar e deixá-los ler os posts de hoje, assim que der eu volto. Blz??? Sendo assim fico por aqui.

Bjim Bjim Xau Xau



07 de abril - Dia do Jornalista

Dia do Jornalista


Hoje é 07 de abril
Um dia qualquer como
Qualquer outro dia normal
Para alguns pode ser isso
Para outros pode ser uma
Data comemorativa como por exemplo
Aniversário,
Mas para aqueles que ralam,
Sofrem de sol a sol,
Recebem vários nãos ao longo do dia,
Telefones na cara,
Chefe no pé,
Editor enchendo o saco,
Revisão reclamando da falta de matéria
Para revisar e dos erros gramáticais.
Diagramador querendo fechar a página e
Ainda falta aquele maldito detalhe
E ainda tem que chegar em casa
Fazer o serviço de casa, ajudar os filhos nas tarefas
Ou fazer as suas da faculdade,
Aturar pai, mãe, irmão ou marido e namorado
Torrando a paciência.
Para estes que ainda tem que ouvir
Diariamente que sua profissão é fácil
Pois, é preciso só falar com fulano
Ou ciclano que tudo está resolvido
Quando na verdade não é nem um pouquinho
Porque algumas vezes o que precisam fazer não dá certo,
Aquele fulano ou ciclano fura,
Enfim essas pessoas dão um duro o dia inteiro
E quase sempre, se não sempre
Não tem seu trabalho reconhecido e dado o seu devido valor.
Essas pessoas tem que aguentar além de tudo isso
O desrespeito e o atraso de seu salário
E isso os que são de fora nem percebem.
Parabéns Jornalistas pelo seu dia
Parabéns por ter que aguentar tudo isso e um pouco mais
Parabéns por ter a cara e a coragem que muitos não tem
Parabéns para nós.
E não se esqueçam: nós somos o quarto poder.


Autora: Viviane Petroli
07 de abril de 2008

Especial Aniversário de Cuiabá - POEMA

289 anos de Cuiabá

Ah bela Cuiabá
Cidade da Festa de São Benedito,
Do Cururu, do Siriri
E da Maria Isabel com farofa de banana.
Cidade Verde que tanto
Alegra seu povo.
Ah bela Cuiabá
Que com seus 40ºC de pura animação
Agita seu povo.
Cidade acolhedora de Rubens de Mendonça,
Dante de Oliveira, Generoso Ponce,
Miguel Sutil e Júlio Muller.
De João Sebastião, Zé Bolo Flô,
Maria Taquara, Dona Domingas,
Pescuma, Henrique e Claudinho,
Entre tantas outras personalidades.
Ah bela Cuiabá
Hoje completas mais um ano de vida,
Mais um ano de aprendizado e ensino
Ao seu povo.
Ah bela Cuiabá
Que continue assim,
Sempre bela e formosa por mais de 289 anos
E que a cada ano que se passe
Possamos comemorar mais e mais suas conquistas.
Ah bela Cuiabá
Que tantas alegrias trás ao seu povo,
Sejam eles nativos ou pau-rodados.

Autora: Viviane Petroli
18 de março de 2008

Especial Aniversário Cuiabá - CULTURA

Cultura que não pode morrer

Segundo Aníbal Alencastro, Cuiabá teve dois períodos culturais que são antes e depois da Guerra do Paraguai

VIVIANE PETROLI
Especial para Jornal Circuito Mato Grosso

Traje Feminino do Siriri (Foto: Viviane Petroli)
Festa de São Benedito, Cururu, Siriri, Rasqueado Cuiabano, Viola-de-Cocho, sentar a beira da calça e prosear, bolo de arroz, mojica de pintado, Maria Isabel e farofa de banana, Festa de São Gonçalo, Festa do Divino Espírito Santo, Carnaval no bairro do Porto e Museu do Rio estas são algumas características que fazem parte da cultura cuiabana que vem desde a criação do município e outras que foram surgindo no decorrer do tempo.

Para Aníbal Alencastro, Cuiabá teve dois momentos culturais: um antes da Guerra do Paraguai e outro após a mesma. “Nós somos uma cidade bem interiorana, bem isolada praticamente, tivemos um bom período em que ficamos isolados antes da Guerra do Paraguai e depois da Guerra do Paraguai. E durante a Guerra do Paraguai, isso em 1857 mais ou menos, nesse período toda a cidade de Cuiabá ficou bastante isolada e esse isolamento fez com que surgisse uma cultura sui generis”.

Um bom exemplo disso é a gastronomia. O historiador afirma que por Cuiabá ser fechada e não ter vínculo algum com as regiões do litoral brasileiro não vinha nada de fora, com isso os que aqui moravam tinham que produzir seu próprio alimento.

“Então tínhamos a carne, o arroz, o feijão, com isso o que acontece é a invenção de pratos, como o Bolo de Arroz feito do próprio arroz e banha de porco, a Maria Isabel, quer dizer a carne seca com o arroz, eram coisas que se tinha aqui no momento.

O historiador ainda conta que tem coisas que só aqui em Cuiabá apareceram como é o caso da viola-de-cocho, o rasqueado e as músicas. “Depois que acabou a Guerra do Paraguai, Cuiabá teve outro alento que ajudou muito, que foi a abertura dos portos para a imigração. Foi nesse momento que vieram os europeus. Eram italianos, espanhóis e árabes”.

A cultura hoje
Com a abertura dos portos, após a Guerra do Paraguai, vieram estrangeiros e pessoas de outras partes do Brasil para Cuiabá, com isso a cultura foi se misturando, principalmente a partir de 1970.

De acordo com Aníbal Alencastro essa migração de pessoas de outros Estados para Cuiabá mexeu muito com a cultura daqui, pois possuem uma cultura muito forte, sobretudo os “sulistas”.

A exemplo disso, pode-se citar os Centro de Tradições Gaúchas (CTG) que podem ser encontrados na maioria dos municípios e distritos de Mato Grosso. O historiador conta que apesar da imposição da cultura dos migrantes da região sul do país, acabam aceitando a cultura cuiabana. “Mas se brincar muito,-- a nossa vai até perder a força, por isso temos que batalhar para manter a nossa cultura viva. Tudo bem que venha a de fora, mas também vamos impor a nossa e vamos conservá-la”, diz Aníbal indignado.

Embora a cultura cuiabana e até a mato-grossense, sofra com essa imposição de culturas de outros Estados, a cultura daqui está sendo bem mais divulgada, internamente, para que não se perca. “Cuiabá é uma cidade antiga, de muita tradição e assim está se mantendo. Você vê a parte de religião que impõe os Santos, São Benedito, entre outros, até hoje está se cultivando isso”, diz Aníbal.

Apesar de Cuiabá estar fazendo isso para sua cultura, Aníbal Alencastro diz estar com medo de que a cultura de fora abafe a cuiabana, mas mesmo assim ainda acha que ela está caminhando bem.

“Outra coisa que tem acontecido em Cuiabá é a literatura que está muito boa, ela está se elevando muito e está se registrando muita coisa. E tem o audiovisual que também está ajudando muito a manter a cultura daqui. Você vê o Márcio Moreira ele fez um documentário chamado Saringangá, onde ele conta um pouco sobre o nosso folclore e aí a gente vê como é bonito e que devemos incentivar a permanência dele”, fala Aníbal Alencastro.

Conheça algumas culturas cuiabanas
Cururu
O Cururu é formado de danças rodeadas e toadas. Somente os homens podem participar e suas músicas são tocadas na viola-de-cocho, no adufe e no ganzá. A viola-de-cocho, no Cururu, possui cinco cordas duplas.

Siriri
Siriri já é diferente do Cururu. Nele homens e mulheres dançam em fileiras e roda, respondendo ao que a música pede. Suas músicas são cantadas ao som da viola-de-cocho, do ganzá e do tamburi. O Siriri de roda possui coreografias simples, danças em movimentos de rodas ao pares e os dançarinos tocando com as mãos palmadas, dos outros dançarinos da roda, da esquerda para a direita. O Siriri de fileira é organizado em duas fileiras, uma de frente para outra (homens de um lado e mulheres de outro).

Rasqueado Cuiabano
O Rasqueado Cuiabano é um ritmo que surgiu da junção da música e da dança da polca paraguaia, dos paraguaios que ficaram presos aqui durante a Guerra do Paraguai e do Cururu e Siriri dos ribeirinhos cuiabanos.

Danças cuiabanas
Além do Cururu, do Siriri e do Rasqueado, Cuiabá ainda oferece o Boi a Serra, a Dança de São Gonçalo, o Chorado, a Dança dos Mascarados, a Dança do Congo, a Dança dos Lenços, o Lundum, o Lambadão entre outras.

Comidas
Maria Isabel, Farofa de Banana, Mojica e Moqueca de Pintado, Pacu assado, Furrundu de Mamão, Bolo de Arroz, Pacu na folha de bananeira, Carne seca com banana, Paçoca de carne, Francisquito, Arroz com pequi, Frango com pequi, Lingüiça cuiabana entre outras.

Artesanato
O artesanato cuiabano é conhecido especificamente pela viola-de-cocho e pelas redes bordadas que hoje chegam a ser vendidas no exterior. Além disso tem as bonecas de pano, artesanato em madeira como canoas, pilão, cerâmica (potes, panelas de barro, vasos, jarros, moringas, etc), trançados feitos de fibras vegetais de taquara, buriti e urumbumba para confecção de cestarias e móveis.

Artistas que fazem parte da cultura cuiabana
Na música pode-se encontrar Roberto Lucialdo, João Eloy, Dílson Oliveira, Gilmar Fonseca, Mestre China (já falecido), Guapo, Pescuma, Henrique, Claudinho, Verá Capilé, Abel dos Santos, Banda Vanguart, Banda Art Manha, Banda Arapuca, Banda Hátores, Banda Erresom, Banda Venial, Dois a Um, Fabrício e Fernando, Sara e Lívia, Breno Reis e Marco Viola, Ouro Preto e Boiadeiro, Anselmo e Rafael, Banda Trânsito Livre, Banda Kayamaré, etc.

Já nas artes plásticas tem-se João Sebastião, Vitória Basaia, Adir Sobre, Giovanni de Paula, Jonas Barros entre outros.

A literatura e a poesia fica por conta de Carlos Gomes de Carvalho, Móises Martins, Públio Paes de Barros, Fernando Tadeu de Miranda Borges, Manoel Barros, Silva Freire, Ricardo Guilherme Dicke, etc.