15 de novembro de 2007

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaaa mais um feriadão prolongado chegou para alegria dos que necessitam de um merecido descanço. Bom pelo menos onde moro o feriado irá durar quase uma semana, porque temos o feriado de Zumbi dia 20 e como o governo e o município decidiram voltar a funcionar somente na quarta-feira (21) folga prolongada no jornal também. Hehehe Mas nós merecemos, pois ralamos até para conseguir fechar o jornal toda semana, principalemnte está semana que tivemos somente dois dias para escrever as matérias e entregar na quarta-feira para o diagramador. Ufaaa a correria foi grande mas conseguimos, né meninas???

Bom já escrevi demais por aqui. Espero que curtam algumas das matérias que sairam na edição desta semana no jornal e que curtam muito o feriado e o fim de semana. Sendo assim fico por aqui.

Bjim Bjim Xau Xau










PIRACEMA

Época de desova já atinge mercado pesqueiro

Com a chegada da Piracema vendas de peixes de rio caem, barcos de pesca ficam atracados e pescadores passam a receber seguro desemprego

VIVIANE PETROLI
Especial para Circuito Mato Grosso

Do dia 1 de novembro de 2007 até 29 de fevereiro de 2008 a pesca está proibida no Estado de Mato Grosso e infrator que for pego infringindo a lei, pode ser multado em até R$ 100 mil e ser preso por até três anos.

Conforme o presidente da Colônia de Pescadores Z-1 de Cuiabá, Sixto Rodrigues, o estoque de pescado varia de acordo com o pescador, comerciantes e restaurantes. O Mercado do Porto, por exemplo, já funciona de forma precária com o início da temporada, sendo vendidos somente peixes estocados e de tanque.

Segundo o pescador e comerciante, Antônio Alves, o estoque de peixe está muito baixo devido ao período de chuvas começarem junto com a Piracema.

Seguro desemprego
Aproximadamente 900 pescadores serão cadastrados este ano para receber o seguro desemprego durante os quatro meses de piracema. Este seguro é de um salário mínimo, ou seja, é de R$ 380,00. “Alguns pescadores, durante esta época, fazem alguns bicos. Trabalham como auxiliar de pedreiro, pintor, carpem quintal para ter uma renda a mais que o seguro desemprego”, diz Sixto Rogrigues.

Exemplo disso é Antônio Alves que, nesta época, passa a trabalhar com seu irmão numa mecânica. “Tenho uma vaga noção de mecânica, então eu ajudo meu irmão”.

Pesca liberada
Somente a pesca de subsistência (barranco) é liberada durante a piracema. Neste tipo de pesca pode-se pescar até 3quilos/dia ou um exemplar de qualquer peso, estando na medida permitida. “Vale lembrar que este peixe é para consumo próprio e não para comercialização”, lembra Sixto.

Fiscalização

De acordo com o coordenador de fiscalização da pesca da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Marcelo Cardoso, já está sendo executado o planejamento de fiscalização em todo o Estado de Mato Grosso. Ao todo, em Cuiabá, quatro equipes estão atendendo a região fluvial e duas equipes estão fazendo a vistoria de estoque de pescado.
Já no interior são dois postos em Barão de Melgaço e um posto em Nobres. O restante do Estado são as diretorias regionais, em conjunto com a Polícia Militar, que fazem a fiscalização.
Segundo ele, ainda em Cuiabá, o setor de pesca conta com oito policiais militares e oito funcionários da Coordenadoria de Unidade e Conservação para a fiscalização e vistorias.

Alguns pescadores são contra a Piracema
A Piracema é uma época onde a pesca profissional, amadora e turística é proibida nas regiões da Bacia do Amazonas, Araguaia e Paraguai, sendo somente liberada a pesca de subsistência. Neste período os peixes sobem os rios para desova.

Mas há quem é contra este período. É o caso de Antônio Alves pescador registrado há 20 anos. Ele é a favor da Piracema, desde que ela seja liberada para o profissional devidamente cadastrado e continuando proibida para o amador e turista. “Acabando a Piracema para o profissional ele seria obrigado a se tornar um fiscalizador sob pena de reclusão sem financiamento com prazo determinado. Com o fim da Piracema para o profissional o seguro desemprego seria suspenso, acabando assim com a mordomia de alguns que nem pescadores são”, diz Antônio Alves.

Ele ainda conta que pescador, comerciante e comprador, da mesma maneira, deveriam ser punidos por irregularidades.

Mas o que seria o pescador profissional fiscalizador?

Antônio Alves explica que o pescador profissional fiscalizador seria aquele que registraria, no órgão competente, alguma irregularidade que visse durante a pesca, como por exemplo, algum outro pescador pescando de forma errada, usando rede. “Para esse pescador profissional se tornar um fiscal, ele deveria registrar, quando necessário, uma queixa no órgão fiscalizador competente, o que está acontecendo no rio ou onde ele esteja pescando, ficando assim munido do número do protocolo registrado como meio de defesa dele para não ser detido também como predador.”

CULTURA

Cururu e Siriri sob nova direção

Os grupos de Siriri e Cururu do nosso Estado podem contar com a Federação mato-grossense de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso, para a realização de eventos e buscar ajuda para levar a cultura a outros lugares.

VIVIANE PETROLI

Domingas Leonor da Silva, “Dona Domingas”, é a primeira presidente eleita da Federação mato-grossense de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso. De acordo com a presidente da Federação a Instituição existe há muito tempo, mas somente neste ano foi realizada a primeira eleição.


Com o nome de “Preservação da Cultura”, chapa única, a Federação hoje possui registro em cartório e CNPJ. “Depois que a Federação foi concretizada, a procura de grupos para filiação aumentou. São grupos do Estado todo. Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Água Fria (próximo a Chapada dos Guimarães), Cáceres, Santo Antônio do Leverger, entre outros municípios de Mato Grosso”. Hoje estão filiados ao todo 32 grupos. Destes 28 são de Siriri e 4 de Cururu.

Dona Domingas, além de ser presidente da Federação, trabalha na Secretária Municipal de Cultura como uma das gerentes e ainda é presidente do grupo de Cururu e Siriri “Flor Ribeirinha”. Ela conta que até o momento já foram realizados seis festivais de Cururu e Siriri na região do Porto e dois seminários que antecedem os festivais. Nestes seminários são realizadas oficinas de confecção de figurino, confecção de instrumentos musicais (viola-de-cocho, ganzá e mocho), oficinas de danças e também de canto e voz.

Projetos da Federação
Conforme Dona Domingas, até o momento, a Federação possui somente um projeto. “Agora é que será montado o primeiro projeto que será para ajudar a Federação e aos grupos. A nossa maior parceria é a Secretaria Municipal de Cultura”.
Este projeto tem como finalidade angariar fundos para o próximo Festival de Cururu e Siriri que será realizado em 2008.


Convites para apresentações fora do Estado
Alguns Estados como São Paulo, Minas Gerais e Ceará já puderam conferir o folclore mato-grossense de perto, além de países como Portugal. Segundo dona Domingas há possibilidade de uma apresentação, sem data, no Japão.


Lei Estadual de Incentivo à Cultura
Para o ano de 2007, a Secretaria Estadual de Cultura designou R$ 50mil para o Festival de Cururu e Siriri realizado no mês de agosto. Com este valor foram comprados figurinos para os grupos, confeccionados novos instrumentos e a realização de todo o Festival.
“Quem quiser ajudar a Federação é sempre bem-vindo. Nós precisamos de ajuda para levantar ainda mais a nossa cultura que é tão linda. Hoje está muito difícil sem esta ajuda da população, da secretária de cultura do município e do Estado”, diz dona Domingas.


O que é Cururu?
O Cururu é formado de danças rodeadas e toadas. Somente os homens podem participar e suas músicas são tocadas na viola-de-cocho, no adufe e no ganzá. A viola-de-cocho, no Cururu, possui cinco cordas duplas.


O que é o Siriri?
Siriri já é diferente do Cururu. Nele homens e mulheres dançam em fileiras e roda, respondendo ao que a música pede. Suas músicas são cantadas ao som da viola-de-cocho, do ganzá e do tamburi. O Siriri de roda possui coreografias simples, danças em movimentos de rodas ao pares e os dançarinos tocando com as mãos palmadas, dos outros dançarinos da roda, da esquerda para a direita. O Siriri de fileira é organizado em duas fileiras, uma de frente para outra (homens de um lado e mulheres de outro).


Conheça alguns dos principais grupos de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso:
Grupo Renascer do Valo Verde (Santo Antônio do Leverger), Grupo Pattucha (Chapada dos Guimarães), Grupo Flores do Cambambi (Chapada dos Guimarães), Grupo Siriricando (Coxipó do Ouro), Grupo Renovação (Varginha), Grupo Flor do Campo (Coxipó e Parque Ohara), Grupo Pico da Prata (Santo Antônio do Leverger) e Grupo Flor Ribeirinha (comunidade de São Gonçalo).

NATAL

Adornos e enfeites chegam nas vitrines

VIVIANE PETROLI

Árvore, pisca-pisca, bolinha, anjinho, festão, guirlandas e presépios são alguns dos adereços utilizados na decoração do período natalino, além do Papai Noel e suas renas.


Com a chegada das festividades de fim de ano chegam também o aumentos nas vendas e empregos temporários.

De acordo com a vendedora, Joelma Kriger, a loja costuma, nessa época, fazer contratações temporárias para melhor atender aos clientes.

Decoração varia de acordo com o gosto do cliente
A decoração de uma árvore natalina, por exemplo, varia de R$ 50,00 até R$ R$ 1.200,00. Nestes valores englobam o tamanho da árvore e os tipos de enfeites. Segundo o gerente de uma loja de decoração, Albano Bezerra, no ano passado uma cliente comprou uma árvore e pediu que a decorassem com bichinhos de pelúcia natalinos e esta árvore chegou a custar R$ 1.200,00. “A decoração e o tamanho da árvore varia de acordo com o cliente, do seu gosto e de seu bolso”.

Uma árvore decorada com requinte, de tamanho médio, pode chegar até R$ 1.500,00.

Showroom
Em uma loja na Avenida do CPA funciona, durante todo o ano, um departamento específico de Natal, ou seja, os produtos natalinos são vendidos o ano todo, apesar das vendas serem maiores nas proximidades da festividade. “A procura por produtos começa mesmo em outubro”, diz a vendedora Joelma Kriger.

Para isso a loja montou um showroom especifico com produtos de decoração para o Natal. São peças que servem tanto para o consumidor final, quanto para os comerciantes fazerem a decoração das lojas, como para locação.

Natal 2007
Tanto o vendedor de uma loja de variedades, Jonailton Alves Corrijo, quanto Joelma Kriger dizem que o Natal de 2007 será como o de 2006, ou seja, cheio de brilho. “Como no ano passado, o Natal está cheio de lantejoulas, glitter e pedrarias, sem contar nos pisca-piscas, bolas e festões”, conta Joelma.

3 de novembro de 2007

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaaa voltei mais uma vez. Hehehehe. Feriadão prolongado bom demais esse, né?


Bom gente passei rápidinho para atualizar aqui e desejar um marvilhoso fim de semana. Sendo assim vou ficando por aqui.



Bjim Bjim Xau Xau e obrigada pelos mais de 5.450 acessos.

2 de novembro de 2007

ENTREVISTA

“Não cabe a mim me avaliar como líder de Governo”.

VIVIANE PETROLI

Em entrevista ao Circuito Mato Grosso, o deputado estadual Mauro Savi (PR), afirma que sua permanência como líder de governo na Assembléia Legislativa, cabe ao governador Blairo Maggi. Essa possibilidade surgiu com a dificuldade de relacionamento verificada entre a AL e o Governo.

CMT – Recentemente o senhor, juntamente com o deputado federal Wellington Fagundes, esteve com o Ministro das Cidades, Márcio Fortes, para reivindicar recursos do PAC para outros onze municípios. O senhor acredita que estes municípios conseguirão esses recursos?

MV – Com certeza, teve esses quatros municípios maiores e agora, automaticamente, o Programa vai atingir outros municípios com menor população. Nós conversamos também sobre o FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social), aonde foi inserido uma série de municípios como Campo Verde, Sorriso. Pedimos ao Ministro na abertura do outro projeto, que abre dia 5 de novembro, a inclusão desses municípios que têm os investimentos aportados. É o caso de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Mirassol D’Oeste, Campo Verde, Sorriso que estão recebendo investimentos de grande ordem de empresas como Sadia, Perdigão, Bondio, Friboi, Bertin, em Diamantino. Apesar disso têm carência de infra-estrutura de habitação, escola, casas, educação e saúde. A demanda tem aumentado muito e o município e o governo do Estado conseguem acompanhar. Haja vista que Lucas do Rio Verde está gerando cinco mil empregos automaticamente. Isso significa, basicamente, três a quatro mil famílias que não têm onde morar. Nada mais justo do que o Governo entrar nessa posição, juntamente com o governo federal, para fazer com que estas coisas aconteçam.

CMT – O que o Estado pretende fazer para que estes municípios recebam recursos do PAC?
MV- Parcerias. A palavra de ordem hoje do governo federal é “parcerias”. Temos uma série de municípios inadimplentes, como temos também uma série de municípios que estão aptos a receber este recurso e cabe ao governo do Estado fazer o que fez com Cuiabá e Várzea Grande. Ajudando para que estes recursos venham. Tivemos também do Ministro uma condição até alarmante, que 95% dos municípios não têm projeto hoje no Ministério das Cidades. Avisamos aos Prefeitos para que eles se insiram nesse projeto dia 5 de novembro, que é quando vai ocorrer o fechamento deste programa, para que eles sejam analisados pelo Ministro.


CMT – Como o senhor avalia o relacionamento do poder legislativo com o poder executivo?
MV – Nosso trabalho é fazer com que esses relacionamentos sejam cada vez mais próximos. Temos problemas, lógico que temos. Problemas pontuais, problemas às vezes de partidos, mas cabe a nós trabalharmos, diuturnamente, para que essas pendências sejam sanadas e que a harmonia impere entre os poderes. Seja o legislativo, seja o executivo bem como o judiciário.


CMT – Como o senhor avalia o desempenho do legislativo à frente das CPI’s? Isso seria uma forma de retaliação junto ao executivo?
MV- CPI’s se entende de uma série de formas. Uma delas é a questão técnica, que nós tentamos, como membros da CPI da Sema, pautar encaminhamento técnico. Infelizmente, às vezes, ela descamba para o lado político, o que não é ruim só para os parlamentares como para a sociedade. Não é o intuito dos parlamentares, dentro de uma CPI, que significa Comissão Parlamentar de Inquéritos descambar para a política, mas tem que ser respeitado. Todos aqui têm o mesmo direito de voto, somos 24 no colegiado, uma série de partidos, uma série de localidades, de regiões aonde tem que se ter respeito a todos. Temos aí uma suposta criação de uma nova CPI. Entendemos a questão de todos os parlamentares no que diz respeito à fiscalização. Agora também temos que entender que, com os investimentos aportados hoje no Estado de Mato Grosso, há uma preocupação muito grande, porque como nós não temos a logística nesse Estado, que seja ela próxima aos grandes centros, temos que ter mais incentivos e nesse ponto o Governo tem trabalhado. Agora nos preocupa qual é a reação desses investidores, desses empresários em cima de uma posição dentro do governo do Estado de Mato Grosso.


CMT – Atualmente o senhor é líder de Governo. Como o senhor avalia a sua atuação?
MV – Sou líder de Governo há três anos. Eu passei o mandato na reeleição do Blairo Maggi como líder do Governo. A minha avaliação tem que ser feita por quem me confiou o cargo, que é o Governador. Líder de governo na Assembléia é um cargo de confiança do Governador. É uma pessoa que tem um trânsito um pouco mais aprimorado entre os pares, que tem um jogo de cintura, de maleabilidade com uma série de encaminhamentos aqui na Assembléia, seja em projetos, seja em vetos, em posições dentro do orçamento, dentro da LOA, do PPA aonde você tem que fazer não só o jogo do governo, mas fazer com que o deputado parlamentar tenha essa resposta dentro da parte técnica das secretarias. E cabe ao deputado Mauro fazer com que os secretários ou a parte técnica das secretarias, pautada a matéria, venham aqui explicar ao deputado. E a questão de avaliação não cabe a mim me avaliar. Eu tenho a convicção de que pela minha permanência, não só no primeiro mandato, como no segundo, sou bem avaliado pelo governador e pela equipe de governo.


CMT – Há boatos de que o deputado deixará o cargo de líder de governo, é verdade?
MV – Não. Não são boatos. Isso circulou pela imprensa devido a uma discussão minha com o secretário (de Fazenda, Waldir Teis) e isso faculta a mim como faculta a ele a discordar de alguns pontos. Eu discordei de alguns pontos dele e ele discordou de alguns pontos meus. O que eu sempre faço e fiz desde o meu primeiro mandato, que é só de um ano como líder, é colocar o meu cargo à disposição do Governador na livre escolha dele. Temos aí se aproximando um pleito eleitoral e uma série de partidos que estão na base hoje, temos partidos que vieram para a base há pouco tempo, no caso do PT, cabendo a ele a minha permanência ou não. A minha obrigação como parlamentar, como parceiro deste governo, como base aliada é colocar o meu cargo à disposição dele para não dar constrangimento nenhum na sua decisão.

ABANDONO



Abrigo procura dar o melhor a idosos

Atualmente o Brasil é um país onde a taxa de pessoas jovens é menor que a taxa de pessoas com mais de 60 anos de idade. Apesar de o envelhecimento mudar o perfil do brasileiro, muito pouco é feito pelos idosos.

VIVIANE PETROLI

São eles que passam o conhecimento do que aconteceu quando seus filhos nem nascidos eram, são eles que passam a sua experiência de vida, dão amor, carinho, dedicação e muito pouco é feito em retribuição. Muitas vezes essa pouca retribuição que ganham vem em forma de abandono por parte de seus filhos e familiares.

Para estes casos existem abrigos como o Abrigo Bom Jesus – Casa dos Idosos, que desde 1940 atende aos idosos que já não possuem mais família e aqueles cuja família não tem condições de cuidar ou não os quer por perto por alguma razão.

De acordo com a diretora do Abrigo, Adeline Bazzano de Magalhães, muitas vezes as famílias deixam os idosos no abrigo por estes os terem magoado e por sua vez, quando isso acontece, os idosos também acabam magoados com a família.

Hoje o Abrigo Bom Jesus conta com 123 idosos e 33 funcionários entre enfermagem e lavanderia. Com o dia-a-dia diferenciado de acordo com os gostos de cada idoso o Abrigo disponibiliza música, TV e leitura para eles.

“Eles já possuem uma rotina aqui. Os únicos horários que não são quebrados, são os das refeições. Eles podem sair para participar de bailes. Antes dos alunos de fisioterapia da Unic virem para cá, eles saíam para fazer caminhada nas proximidades. Alguns idosos independentes, os mais lúcidos, são os que mais saem por terem mais liberdade, mas mesmo assim eles têm que estar de volta às 18h.”, conta Adeline.

Quando a família quer o idoso de volta ao lar
Algumas vezes as famílias, depois que o idoso está no Abrigo há muito tempo, vão até ele pedir que volte para casa. Isso pode tanto ser para tê-lo mais perto ou por interesse financeiro (aposentadoria). “Às vezes a família vem aqui pedir ao idoso, que está aqui há 6, 8 anos, para que volte. A fundação não tem como negar isso, pois tem que cumprir o Estatuto do Idoso. Se não cumprirmos a família vai para a Justiça, para os jornais e televisão.”, conta a diretora do Abrigo Bom Jesus.

Mas há casos, como os que possuem problemas de saúde mental, em que a fundação só libera após a família comprovar, judicialmente, que possuem condições de cuidar.

Panorama da casa
Com uma carga horária de 12x36 o Abrigo Bom Jesus possui um panorama de enfermeiros, odontologia, fisioterapia, serviço social, psicologia, massoterapia, equipe multidisciplinar/médica, religião, atividades recreativas, reabilitação, sala de convivências, sala de tv, sala de massagem e barbearia.

Segundo Adeline, somente o setor de enfermagem fica aberto 24 horas por dia em dois turnos (7h às 19h e das 19h às 7h do dia seguinte).

Necessidades da fundação para melhor atender aos idosos
Atualmente o Abrigo Bom Jesus – Casa dos Idosos necessita de reformas nos banheiros para melhor atender às necessidades de seus moradores; o pavilhão dos dependentes (físicos e mentais) precisa de mais ventilação e alguns quartos de reforma, pois alguns idosos acabam fazendo suas necessidades no chão. Além da cozinha e do quadro de funcionários que precisam de mais pessoas para ajudar, mas por não possuírem condições financeiras, acabam não contratando mais pessoal.

“Precisamos que estudantes de agronomia também venham nos ajudar com a nossa horta, os que possuem disponibilidade em nos ajudar é claro. Tendo ajuda para cuidar de nossa horta, poderemos cortar gastos com combustível para ir até a Feira do Verdão, buscar verduras, legumes e frutas”, diz Adeline.

Apoiadores do Abrigo Bom Jesus
Feira do Verdão, Mesa Brasil, acadêmicos de fisioterapia e enfermagem da Unic, Univag e Unirondon. Restaurante Verde Vale e Padaria Três Américas nas realizações das festas de aniversários e festas em geral, além da Drogaria Express e da Araruna Turismo que também ajudam em datas comemorativas.

Uma gaúcha que não quer ficar parada
Nair Cavagna, este é o nome de uma senhora de 70 anos que nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, criou-se em Erechim e depois foi para Santa Catarina trabalhar em casa de família.

Há três anos no Abrigo Bom Jesus – Casa dos Idosos, dona Nair diz ser muito feliz com a vida que teve. “Vim para o abrigo porque eu quis. Não queria dar trabalho para a família ao qual trabalhei durante 26 anos. Sou aposentada, pago o abrigo, o que sobra é para comprar meus remédios”.

Dona Nair conta que os filhos de seus antigos patrões, que ajudou a criar, sempre vão lhe visitar. “O caçula, Luis Alfeu Ramos, é o que mais vem me ver. Me leva para passear, ao médico particular e até passar o Natal com ele”.

Ela conta que gosta do abrigo, que é bem tratada por todos, cuida de suas coisinhas, lava sua roupa e quando não consegue, por causa das dores nas mãos, dá um presente à lavadeira para que esta lave suas roupas. “Não gosto de ficar parada, ajudo na louça, na farmácia. Eles dizem que não preciso ajudar, mas fazer o quê se eu gosto”.

Localização do Abrigo Bom Jesus – Casa dos Idosos
O Abrigo Bom Jesus está localizado na Av. Historiador Rubens de Mendonça, s/n – ao lado da 13ª Brigada. Telefone (065) 3644-1706.

Para o Abrigo, voluntários e doações são sempre bem-vindos, já que é uma entidade que sobrevive de doações de gêneros alimentícios e espécie.

FINADOS

Túmulos de ilustres são os mais visitados

Falecidos ilustres da capital mato-grossense são os mais visitados nesta época do ano nos principais cemitérios de Cuiabá

VIVIANE PETROLI

Filinto Müller, Isaac Póvoas, Rubens de Mendonça, Dante de Oliveira e o menino milagreiro Falcãozinho são alguns dos túmulos mais visitados na época de finados.

De acordo com o administrador do Cemitério da Piedade, Lino Epifanio da Silva, 76 anos, nesta época do ano muitas pessoas, além de visitar familiares, aproveitam para ver os túmulos de políticos, freis, monsenhores, falecidos que fazem parte da história de Mato Grosso.

‘Seo’ Epifanio, como é conhecido por todos, trabalha no Cemitério da Piedade, em Cuiabá, desde 1972 e, apesar de estar aposentado há dois anos, não consegue largar seu trabalho. “É bom trabalhar aqui, de início tinha medo de alguma assombração, de alma penada, mas depois que a gente vê que não tem nada disso fica tranqüilo.”

Filinto Müller
Filinto Strubing Müller nasceu em Cuiabá no dia 11 de julho de 1900. Foi militar, chefe de polícia do Distrito Federal na Era Vargas. Formou-se em Direito na cidade de Niterói (RJ), em 1938. Em 11 de julho de 1973 veio a falecer em um acidente aéreo da Varig, vôo 820, em Orly – Paris. Está sepultado no Rio de Janeiro.

Isaac Póvoas
Isaac Póvoas nasceu em Cuiabá, em 18 de maio de 1907. Instalou o atual Horto Florestal da Capital no dia 21 de setembro de 1939, durante sua gestão na Prefeitura (1937 a 1941). Foi um dos primeiros compositores de rasqueado cuiabano, compunha suas músicas ao som do violino. Veio a falecer em 14 de março de 1987.

Rubens de Mendonça
Historiador e jornalista, o cuiabano Rubens de Mendonça nasceu em 27 de julho de 1915 em Cuiabá e veio a falecer em 03 de abril de 1983. Mendonça, ao longo de sua vida, escreveu vários artigos, livros e atuou na política mato-grossense.

Falcãozinho
Conhecido por seus milagres, após sua morte, Francisco Augusto Falcão Júnior (Falcãozinho) nasceu no dia 09 de setembro de 1964. Faleceu, vítima de câncer, em 27 de maio de 1971. Pertencia a uma família de barões de Diamantino. Seus milagres vão de acordo com a fé da pessoa que vai ao seu encontro, pedir que algo de bom aconteça em sua vida.

Sávio Brandão
Domingos Sávio Brandão Lima Júnior nasceu em 4 de outubro de 1961. Era dono do jornal Folha do Estado, onde fazia denúncias sobre organizações criminosas no estado. Morreu aos 40 anos, em 30 de setembro de 2002. Está sepultado no Cemitério do Porto.

Dante de Oliveira
Responsável pela emenda das “Diretas Já”, Dante Martins de Oliveira, nasceu na capital mato-grossense em 06 de fevereiro de 1952. Foi prefeito de Cuiabá e governador por dois mandatos seguidos. Aos 54 anos internou-se no Hospital Jardim Cuiabá, na manhã do dia 6 de julho de 2006, para tratar de uma pneumonia, mas acabou sofrendo um choque séptico. Após ser removido para a Unidade de Tratamento Intensivo, não resistiu ao quadro de infecção generalizada, vindo a falecer na noite do mesmo dia.