28 de fevereiro de 2008

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaaa. Tô sumida, mas tô viva. Hehehehe Sabem como é, último ano de faculdade (aeeeee), monografia tendo que ser entregue até junho, pesquisas, fichamentos, entrevistas e apresentações para serem feitas, sem contar ainda os trabalhos das outras matérias. Hehehehe
Pois, sumi por causa disso e porque também estou novamente sem computador em casa. Os malditos vírus continuam a me assombrar, me perseguir e acabar com o meu salário. Ninguém merece. :(

Espero que curtam estas matérias que escrevi para o Jornal Circuito Mato Grosso nestes 20 dias em que fiquei afastada do Fala Sério Mix.

Bom vou indo nessa. Desejo uma ótima quinta-feira, uma maravilhosa sexta-feira e um belo fim de semana. Semana que vem se Deus quiser estou na área de novo.

Bjim Bjim Xau Xau

ARTE

Teatro local: uma opção de lazer

Escolas e companhias de teatro buscam mostrar à população que Cuiabá também produz peças de teatro como opção de lazer

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Cuiabá oferece diversas opções de lazer como bares, boates, exposições de arte, shows e peças de teatro realizadas pelas Companhias locais e escolas. Porém, nem sempre esses eventos têm a devida divulgação e quando isso ocorre, tanto quem promove quanto o público ficam prejudicados.


Conforme o coordenador e professor de teatro da Escola Livre Porto, Roberto Sol, o teatro faz parte da grade curricular dos alunos assim como atividades manuais, mas somente os alunos que estão na oitava série e no 3º ano realizam grandes apresentações na cidade. “O teatro é muito importante, ele ajuda a formar a pessoa. No terceiro ano é importante para o desenvolvimento pessoal, eles têm essa atividade para vivenciar algo, para ter um olhar diferente da realidade. Na oitava série tem uma roupagem mais lúdica, eles utilizam a voz deles na sociedade. O terceiro ano é mais realista”. Ainda, de acordo com o professor, os alunos realizam apresentações desde o Jardim.

Roberto Sol afirma que a divulgação das apresentações teatrais dos alunos são encaminhadas para a mídia por meio de ‘releases’ e, além disso, os pais de alunos da oitava série patrocinam os filhos e ajudam na produção. Quanto ao 3º ano são os próprios alunos que buscam o patrocínio, montam figurino, cenário tudo com supervisão da escola. “Há 15 anos é assim que realizamos nossas peças teatrais e é assim que procuramos envolver alunos com todas as disciplinas da grade curricular, pois elas fazem parte do teatro”.

Até o momento a Escola Livre Porto Cuiabá já realizou 21 peças teatrais de grande porte com apresentações no teatro da Escola Técnica. As peças são realizadas duas vezes por ano. No mês de junho o 3º ano realiza sua apresentação, enquanto que em outubro a apresentação fica por conta da 8ª série.

“Eles interpretando vários papeis aprendem a realidade e acabam se colocando na pele das outras pessoas, isso ajuda tanto o pessoal da oitava série que está entrando na adolescência como os do terceiro ano que estão entrando na fase adulta”, fala Roberto Sol que divide as produções das peças com a diretora e professora de português Ana Maria Pagliarini.

Companhias de Teatro
As Companhias de Teatro, aos poucos, vão ganhando seu espaço no mundo da divulgação, o que ainda não é suficiente. De acordo com o ator Celso Gayoso, da Companhia de Teatro Mosaico, uma assessoria desenvolve o trabalho de divulgação junto aos veículos de comunicação da localidade aonde irão se apresentar. “Sendo assim, além da divulgação junto aos jornais televisivos e impressos, um meio eficaz e de custo baixo tem sido as mídias digitais, como ‘e-flyer’, newsletter da companhia, site da companhia e o Orkut têm se mostrado uma ferramenta de grande valia na difusão de informação”, diz Celso.


A Companhia de Teatro Mosaico foi criada em 1995, no Rio de Janeiro pelo mato-grossense Sandro Lucose, quando este ainda cursava a faculdade de Artes Cênicas na UniRio. Após o término do curso, Sandro retornou para Cuiabá onde fixou a Companhia.

“Desde a fundação, o Teatro Mosaico nunca teve um espaço fixo de apresentações. As propostas de encenação possuem um caráter flexível para viabilizar a produção, sendo assim, costumamos dizer que já fizemos desde festival cultural em Curvelândia (MT), até uma temporada em um dos mais importantes espaços da América Latina: o Centro Cultural Banco do Brasil (RJ)”. Ainda de acordo com o ator,.o Mosaico já fez apresentações em festivais no Ceará, Pernambuco, Rondônia, Paraíba, Tocantins entre outros 10 Estados e em mais de 30 cidades do Estado de Mato Grosso.
Com relação à questão de patrocínio Celso diz que “no início, a grana para montar o primeiro espetáculo (Muito Barulho Por Nada , de William Shakespeare em 1995) foi obtida com uma festa realizada pelos integrantes do grupo. A proposta da encenação ia de acordo com a disponibilidade do material: tecidos reutilizados, sacolas plásticas, tampas de garrafas, roupas de brechó... tudo isso se tornou material de trabalho do Mosaico”.


O figurino do Mosaico sempre teve senso de profissionalismo, tanto que hoje conta com a ajuda do figurinista Pedro Lacerda que assina produções da Rede Globo (Sítio do Pica-Pau Amarelo e Casa das Sete Mulheres).

Celso conta que depois do trabalho de montagem iniciou a busca por patrocínios. Hoje a Companhia de Teatro Mosaico, tem em seu currículo patrocínio e apoios da Coca-Cola, Eletronorte, Brasil Telecom, Rede Cemat, Agenda Assessoria e do Sesc São Paulo. “Além disso, tem os prêmios Caravana Funarte de Circulação Brasil Central e Prêmio Myrian Muniz por dois anos consecutivos”, lembra Celso.

Assim como as apresentações da Escola Livre Porto Cuiabá, a Companhia de Teatro Mosaico possui poucos espaços para a realização de temporadas longas. “Em Cuiabá, a realidade é um pouco diferente,também dispõe de poucos espaços para realização de temporadas e os espaços que já habitam o imaginário das pessoas (Teatro da UFMT e Sesc Arsenal) trabalham pautas para períodos de curta temporada em função da demanda de vários grupos locais”, explica Celso.

O Mosaico já chegou a realizar apresentações no teatro do Colégio Coração de Jesus, na Praça de Chapada dos Guimarães e no Horto Florestal também da Chapada dos Guimarães.
As apresentações costumam ser realizadas nas quintas, sextas, sábados e domingos e não possuem classificação etária.

Peças já realizadas pela Escola Livre Porto Cuiabá:
1995 – Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna (7ª Série)
1996 – A tempestade, de Willian Shakespeare (7ª Série)
1997 – A sombra do Rei, de Helmut Von Kungelegen (7ª Série)
1998 – Sonho de uma noite de verão, de Willian Shakespeare (7ª Série)
1999 – O burguês fidalgo, de Molière (7ª Série)
O homem de La Mancha, de Dale Wassernam (3º Ano)
2000 - Cyriano de Bergerac, de Edmond Rostand (7ª Série)
Liberdade! Liberdade!, de Flávio Rangel e Millôr Fernandes (3º Ano)
2001 – Muito barulho por nada, de Willian Shakespeare (7ª Série)
Estado de Sítio, de Albert Camus (3º Ano)
2002 – Peer Gynt, de Henrik Ibsen (7ª Série)
A Pena e a Lei – de Ariano Suassuna (3º Ano)
2003 – Noite de Reis ou o que Quiserdes, de Willian Shakespeare (7ª Série)
Um inimigo do povo, de Henrik Ibsen (3º Ano)
2004 – Turandot, de Giuseppe Adami e Renato Simoni (7ª Série)
Este ovo é um galo, de Lauro César Muniz (3º Ano)
2005 – O truão panfalão, de Nikolai Leeskov ( 7ª Série)
As casadas solteiras, de Martins Pena (3º Ano)
2006 – Peronic, Conto Húngaro – adaptação de Ruth Salles (7ª Série)
A Múmia de Tibiriçá, de Pe. Raimundo Pombo (3º Ano)
2007 – O catador de estrelas – adaptação do Conto de Henning Kohlr, de Solange Rivas (8º Ano)
O casamento suspeitoso, de Ariano Suassuna (3º Ano)

Peças já realizadas pela Companhia de Teatro Mosaico:
- Muito Barulho Por Nada , de William Shakespeare
- A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado
- Romeu e Julieta, de William Shakespeare
- A Caravana da Ilusão, de Alcione Araújo
- Uma Mulher Vestida de Sol, de Ariano Suassuna

Tatuagem

Pessoas desconhecem riscos

Nem todos que optam por fazer uma tatuagem se certificam se o tatuador e o local estão devidamente legalizados e nem perguntam os riscos que correm ao fazer uma tatoo

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Por acaso você já chegou a perguntar para um tatuador se ele é licenciado, se fez cursos de formação, se o local possui Alvará da Vigilância Sanitária e os métodos de higienização do local que ele utiliza? Não, então você faz parte dos 99% da população que não se preocupam com os riscos de fazer sua tatuagem.


De acordo com o tatuador Juarez Santos da Silva, mais conhecido como Guinho Tattoo, a pessoa que tiver vontade de fazer uma tatuagem, antes de tudo ao entrar na loja, deve verificar se há Alvará Sanitário, que comprova que o local foi vistoriado, depois verificar se o material utilizado está devidamente lacrado e esterilizado (no caso de materiais que não são recicláveis), validade/lote/composição da tinta, além de verificar se o tatuador possui registro para atuar em tal área. O local também deve possuir água encanada e sistema de esgoto regular.

“A maioria das pessoas chegam aqui e não perguntam nada. Já cheguei a tatuar juiz, médico, advogado e ninguém perguntou se eu tinha Alvará, como era feita a esterilização dos aparelhos, simplesmente nenhuma pergunta”.

Tatuadores devem ter formação
Muitas pessoas acham que ao adquirir um kit para fazer tatuagem já podem sair tatuando outras pessoas, mas a arte requer todo um procedimento e formação.
“Um tatuador tem que ter formação em bio-segurança, fisiologia da pele, primeiros socorros e controle de infecção”, explica o tatuador Guinho.

Material
Conforme o Sindicato dos Tatuadores do Brasil todo material que não for descartável deve ser lavado e esterilizado. Guinho explica que os materiais que não são descartáveis como tesoura (para aplicação de piercing), ou seja, que não são cirúrgicos são lavados com detergente e álcool, depois são selados e vão para o autoclave que irá esterilizar definitivamente o objeto. Produtos descartáveis como as agulhas, luvas, máscaras entre outros, são devidamente colocados em sacos de lixo hospitalar.

“Quando vamos lavar um objeto de trabalho que não é descartável usamos avental, luvas, máscara e óculos para não ter contato direto. Quando selamos e colocamos no autoclave para esterilização, anotamos a data na parte de papel do objeto selado e também um selo que controla a qualidade da esterilização”, o tatuador ainda explica que, além de todos estes cuidados, há a manutenção do autoclave para que tudo esteja em ordem.

Doenças que podem ser contraídas caso não haja cuidado devido na hora de fazer a tatuagem
Quando não tomados os devidos cuidados na hora de se fazer uma tatuagem várias doenças podem ser contraídas. Uma delas é a Hepatite C que não tem cura e quando ocorre o falecimento da pessoa, em alguns casos na certidão de óbito é atestada a morte por cirrose ou câncer de fígado por ser uma doença que é muito difícil de ser detectada.

“A AIDS é muito difícil de contrair, há controvérsias de que o vírus dura um minuto e meio fora do corpo humano. Para uma pessoa contrair a AIDS teria de tatuar duas pessoas ao mesmo tempo”, diz Guinho.

Outras doenças que podem ser contraídas são: caxumba, difteria, sífilis, hepatites que vão da A até a F, entre outras.

Cuidados com a tatuagem pronta
Existem certos cuidados após a tatuagem ser feita, que algumas pessoas também não se preocupam, como tomar sol sem usar um protetor ou bloqueador solar ou até mesmo uma pasta d’água.

Outro cuidado, além do sol, é usar papel filme durante umas cinco horas mais ou menos para ajudar na cicatrização e não entrar em contato com nenhum tipo de tecido. Passar camadas finas durante o dia de pomadas à base de vitaminas A e B e neomicina.

Para aqueles que curtem um banho de piscina, rio, mar ou cachoeira é indicado esperar 15 dias para poder aproveitar este tipo de lazer e também não remover a casca que se forma no local da tatuagem.

Após estes 15 dias de cicatrização é indicado a utilização de filtro solar e creme hidratante.

Menor de idade pode fazer tatuagem?
Segundo o Estatuto do Sindicato dos Tatuadores do Brasil menor de 18 anos somente com autorização dos pais e, mesmo assim, só se tiver acima de 16 anos.

Formulário
Quem procura o tatuador Guinho para fazer uma tatuagem ou até mesmo aplicação de piercing precisa preencher um formulário. Nele a pessoa responde os tipos de doenças que possui, se tem problemas de reação alérgica (corantes, etc), hipersensibilidade a composto químico, propensão à formação de quelóides, entre outras perguntas.

Após o preenchimento do formulário o tatuador analisa as respostas e conversa com a pessoa se fará ou não a tatuagem dependendo das respostas.
Caso a pessoa tenha problemas como reações alérgicas e hipersensibilidade a compostos químicos é feito um teste com um pingo de tinta branca ou da cor da pele atrás da orelha da pessoa. Se der alguma reação com inchaço não é indicado fazer a tatuagem.

Tatuagem no gosto da turma da melhor idade
Atualmente, pode-se ver nas ruas que não são somente os jovens que aderiram à moda da tatuagem. Algumas pessoas acima dos 40 anos hoje já estão se tatuando.

Alguns alegam que antes tinham vontade, mas tinham receio ao mesmo tempo ou porque quando novos a família não permitia.

O tatuador Guinho diz que muitas pessoas de mais idade o procuram. “Já cheguei a tatuar Juiz de 67 anos”.

Tatuagem de Henna
Muitas pessoas possuem medo de enfrentar uma agulha ou têm medo de fazer uma tatuagem e depois se arrepender e acabam optando pela tatuagem feita de Henna. “A Henna é um composto mais agressivo para a pele do que a tinta usada para uma tatuagem normal, que é à base de componentes minerais”, explica Guinho.

Crianças com menos de 12 anos não podem fazer tatuagem de Henna, pois a pele não está madura, sem contar que a Henna e o sol são inimigos um dos outro.

Se arrependimento matasse...
Após certo tempo alguns tatuados acabam se arrependendo do desenho que fizeram em certo momento da vida, tatuam o nome da pessoa amada ou um retrato dela, como se pode ver no mundo dos famosos.

Muitos dos famosos como a cantora Kelly Key que tinha tatuado em sua perna o retrato de seu ex-marido, o também cantor Latino, passou por várias sessões de remoção a laser para retirar totalmente a tatuagem, assim como o cantor também passou para tirar o retrato da cantora de seu corpo.

História da tatuagem
A tatuagem, ou tatoo como também é chamada, surgiu entre 4.000 e 2.000 a .C., conforme pesquisas arqueológicas no Egito, Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia. As tatuagens nestas regiões eram rituais ligados à religião.

Na Idade Média a Igreja Católica proibiu a tatuagem na Europa, alegando ser coisa do demônio. No século XVIII tornou-se popular entre os marinheiros.
A palavra tatuagem tem origem em línguas polinésias na forma escrita “tatau”. Em francês escreve-se tatouge e em inglês tatoo.

James Cook, conhecido também como o descobridor do surf, foi quem inventou a palavra tatoo quando escreveu em seu diário “tattow”. O aparelho elétrico utilizado para fazer as tatuagens foi desenvolvido no ano de 1891 por Samuel O’Reilly. Este aparelho era parecido com o criado por Thomas Edison para marcar couro.

Durante a Segunda Guerra Mundial caiu no gosto de soldados e marinheiros que homenageavam as pessoas amadas.

A tatuagem no Brasil
Em 20 de julho de 1959 chega ao Brasil, através do porto de Santos, o dinamarquês Knud Harld Likke Gregersen, conhecido como Lucky Tatoo, que montou sua loja na região do cais e trouxe a tatuagem para o país.

Mais informações
Para quem quiser conhecer mais profundamente as Leis e Estatutos dos tatuadores pode acessar o site do Sindicato dos Tatuadores do Brasil:
www.sindicatodostatuadores.com.br

SOBREVIVÊNCIA

Empresas de Cuiabá sobrevivem ao tempo

Muitas empresas comerciais de Cuiabá, mesmo com o crescimento ao longo do tempo, ainda conseguem permanecer na ativa e continuam conquistando a população da cidade

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Com o passar dos anos e com a evolução da tecnologia muitas empresas ainda conseguem sobreviver, mesmo com as mudanças de comportamento e gostos, que se alteram cada vez mais rápido. Ao andar pelas ruas de Cuiabá, por exemplo, pode-se ver que algumas lojas das décadas de 40, 50, 60, 70, 80 e 90 ainda permanecem ativas, conseguindo sobreviver ao tempo e à concorrência.


São lojas, bares, restaurantes, supermercados, alfaiates, sapatarias, compradores de ouro, enfim, uma infinita lista de empresas e comércios. A maioria das empresas são antigos negócios de família. Raramente pode-se ver que algum terceiro comprou e permaneceu com o mesmo nome no local.

Uma das empresas mais antigas de Cuiabá é a Casa Alberto, que foi criada em dezembro de 1946 por Alberto Borges de Aguiar. Inicialmente, por Getúlio Vargas ter decretado que estrangeiros não poderiam ter empresas em seu nome, a Casa Alberto foi chamada de Feira dos Tecidos. Com isso ‘seo’ Alberto, que é português, acabou abrindo a loja de vestuário masculino e tecidos finos no nome de sua esposa Maria Gloria Vieira de Aguiar, conhecida como Maria Vieira, que era brasileira.

“Quando papai recebeu a herança de seus pais em Portugal, comprou um estabelecimento e transformou a loja em Casa Alberto, pois neste tempo já poderia ser proprietário definitivo. Isso ocorreu por volta de 1950”, conta José Alberto Vieira Aguiar, filho de ‘seo’ Alberto e um dos donos da Casa Alberto.
Até 1976, a Casa Alberto funcionava como firma individual e após a formatura de seus filhos, José Alberto e Álvaro Augusto, ‘seo’ Alberto transformou a empresa em Aguiar &Filhos permanecendo com o nome fantasia Casa Alberto.

A primeira locação da Casa Alberto foi na Rua 13 de Junho, em seguida passou para a Prainha, próxima ao Correio Central, depois para onde atualmente é a Riachuelo e hoje se encontra novamente na Prainha, esquina com a Travessa João Dias sendo administrada pelas filhas de José Alberto.

“A Casa Alberto é constituída como empresa familiar e o segredo dela estar a tanto tempo aberta foi a nossa perseverança. A minha mãe ajudou muito com o ateliê dela, sempre prezamos a qualidade dos produtos. Nunca surgiu, também, a vontade de expandir para o interior, preferimos ficar aqui e diversificar aqui mesmo”, diz José Alberto.

De Poconé para Cuiabá
A exemplo da Casa Alberto pode-se encontrar a Casa Prado, fundada no dia 11 de fevereiro de 1955 por José Rodrigues do Prado e que sempre foi uma empresa familiar.

Assim como a Casa Alberto a Casa Prado também atende ao público masculino, mas em 2000 abriram a loja Ciberiam para atender ao público feminino. “Tentamos abrir a loja com roupas femininas, ficou aberta um ano, mas não deu certo”, diz Priscila Prado que junto com seu irmão Geraldo José Prado tomam conta do negócio da família.

Priscila conta que a idéia de seu avô de abrir a Casa Prado surgiu quando ele veio para Cuiabá. “Meu avô trabalhava como balconista na loja do sogro dele em Poconé. Veio para cá e comprou a loja ´A Carioca’ que vendia de tudo. Depois de um ano transformou a loja para vender somente roupas masculinas, criando assim a Casa Prado”, explica Priscila.

Inicialmente a Casa Prado localizava-se na rua nº 78 da Praça da República e hoje funciona somente nos shoppings da capital e no Rondon Plaza em Rondonópolis. Segundo Priscila e Geraldo José há possibilidade de expandirem para mais cidades do interior, mas é algo que não está concreto.

Para os netos de ‘seo’ José o segredo de tanto sucesso e da permanência no mercado se deve ao atendimento e à qualidade dos produtos oferecidos. “Tentamos oferecer ao cliente o que ele procura”, diz Priscila. Já Geraldo José diz que “A maneira que meu avô conduziu a loja é um dos segredos da loja também. Mesmo depois de sua morte, há quase vinte anos, os clientes ainda comentam o modo como os atendia. Meu avô chegou a doar terno para alguém que chegava com pouco dinheiro e iria casar”, completa Geraldo José.

8 de fevereiro de 2008

Palavrinha minha

Salve, salve galeraaa eu tardo mas não falho. Seguinte desculpem o abandono do blog, mas sabem como feriado e eu precisava fazer meu pré-projeto de monografia, então uni o util ao agradável que foi descansar e estudar ao mesmo tempo. Antes que me esqueça não pulei carnaval, digamos que não sou chegada nesse tipo de festa.

Bom minha gente vou me indo nessa, ainda tenho que terminar o pré-projeto de monografia, fazer trabalho de audiovisual e ainda terminar de ler um livro pra monografia pra começar outro.

Para quem está no último ano de faculdade também só tenho à dizer: Boa Sorte!!!

Sendo assim vou ficando por aqui. Bom fim de semana e uma ótima semana.

Bjim bjim Xau xau

ARIGATÔ BRASIL

Imigração japonesa comemora 100 anos

Em 2008 a Imigração Japonesa comemora 100 anos no Brasil com diversas festividades pelo país

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

No dia 18 de junho deste ano a Imigração Japonesa comemora 100 anos de vinda para o Brasil. De acordo com o diretor de turismo da Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMTDET), Jaime Okamura, as comemorações do centenário terão término somente no final do ano.


“A festividade é mais que uma simples comemoração, é o lançamento do intercâmbio entre o Brasil e o Japão. Todos os eventos serão articulados de maneira que, a partir de 2008, haja um relacionamento entre os dois países”, diz Okamura, lembrando que foram criadas comissões em nível estadual e federal, além das comissões das colônias.

Comemorações
Mato Grosso é o único Estado a criar uma comissão mista para as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa. Segundo Okamura, a comissão mato-grossense é formada pela comunidade japonesa, Governo do Estado e pessoas que não são de origem nipônica, mas que gostam da cultura.

Essa comissão estadual tem como presidente o vice-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa e como coordenador o secretário adjunto da Casa Civil, Antônio Kato.

Os recursos para as comemorações veem do Governo federal, Governo estadual e de entidades privadas.

Jaime Okamura diz que a Família Imperial do Japão virá para o Brasil para as comemorações. “Membros da Família Imperial japonesa visitarão Brasília, São Paulo e o Paraná. Estamos lutando para que venham também visitar o Estado de Mato Grosso”, revela.

No dia 12 de fevereiro será apresentado à imprensa nacional o calendário comemorativo e no dia 28 de fevereiro será o dia da abertura das comemorações.

Projetos
Em Mato Grosso são em torno de 50 projetos que estão para ser desenvolvidos com relação à cultura japonesa, à educação, ciência, além de missões técnicas que serão realizadas juntamente com o Governo federal.

De acordo com Jaime Okamura, há muitos projetos entre o Brasil e o Japão que muitas pessoas ainda desconhecem. Um deles é com relação à segurança e também com a soja. “É preciso investir também no turismo”, completa Okamura.
Okamura conta que a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) vem fechando convênios e parcerias com faculdades do Japão para o intercâmbio.

Associações em Mato Grosso
Ao todo Mato Grosso possui dez associações que foram criadas para manter a tradição cultural, gastronômica, o esporte entre outras tradições japonesas.

Mato-grossenses no Japão
Até o momento não há uma estimativa de quantos japoneses moram no Estado, mas estima-se que em torno de dois mil mato-grossenses deixaram sua terra natal em busca de estudo e trabalho no Japão.

Vinda para o Brasil
Os primeiros imigrantes japoneses vieram para o Brasil a bordo do vapor Kasato-Maru, que aportou no Porto de Santos (SP), em 18 de junho de 1908. Ao todo eram 165 famílias que vinham para trabalhar nos cafezais da região oeste do Estado de São Paulo.

Em sete anos de imigração chegaram ao Brasil mais de 3.434 famílias, ou seja, cerca de 14.980 pessoas.

A imigração japonesa foi explodir mesmo entre 1917 e 1940, aonde 164 mil japoneses vieram para cá. A causa desta explosão foi a I Guerra Mundial.
Entre as décadas de 50 e 60 os imigrantes japoneses começaram a vir para Mato Grosso à procura de trabalho.

Carnaval 2008
O centenário da imigração japonesa não ficou de fora neste carnaval de 2008. As escolas de samba Porto da Pedra (Rio de Janeiro) e Vila Maria (São Paulo) aproveitaram a deixa para homenagear a imigração oriental no Brasil. O município de Tangará da Serra também não deixou passar em branco e teve como tema do carnaval 2008 a Imigração Japonesa.


A culinária no Mato Grosso
Por Mato Grosso ser um Estado quente à procura por alimentos leves, prevalece o gosto da população, principalmente dos que moram em Cuiabá, de comidas japonesas. E neste caso, muito procuradas pela população, principalmente no período noturno.


É possível ver o crescente número de restaurantes que oferecem a comida japonesa hoje na cidade. Alguns chegam a oferecer vários tipos de comida de diversos países ao mesmo tempo.

De acordo com o proprietário do restaurante Japô, Márcio Pereira, a procura pela culinária japonesa é boa. “O movimento é bom, não há o que reclamar”, diz.O restaurante que é aberto de terça-feira a domingo, das 19h às 0h, recebem muitos pedidos com peixe cru, principalmente o ‘sashimi’ de salmão. Márcio Pereira conta também que quando o assunto é prato quente o mais pedido é o yakisoba (macarrão do tipo sopa, frito ou refogado com repolho ou acelga, cebola e carnes de acordo com o gosto da pessoa. O mais indicado é a carne bovina ou legumes).

Conheça algumas palavras em japonês e seus significados
Arigatô – obrigado
Arigato gozaimasu – muito obrigado
Douitashimashite – de nada
Douzo – por favor
Sumimasen, shitsurei shimasu – desculpa
Kon-nichiwa - oi
Sayonara – adeus
Jaamataashita – até logo
O hayou gozaimasu – bom dia
Kon-nichiwa – boa tarde depois das 18h
Konbanwa – boa tarde
Oyasuminasai – boa noite
Boyuin – hospital
Gakkou – escola
Kyoukai – igreja
Chohshoku – café da manhã
Chuushoku – almoço
Yuushoku – janta
Pan – pão
Koohii – café
Ocha, koucha – chá
Juusu – suco
Mizu – água
Biiru – cerveja
Wain – vinho
Shio – sal
Musume – filha
Musuko – filho
Haha, okaasan – mãe
Chichi, otousan – pai
Tomodachi - amigo

FRATERNIDADE

Aborto é tema principal da campanha

Igreja Católica tem como tema da Campanha da Fraternidade de 2008 a Fraternidade e Defesa da Vida com lema “Escolhe, pois, a vida” (Dt. 30,19)

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Para Vigário Geral, Deusdedit Monge de Almeida, o que levou a Igreja Católica a escolher o tema “Fraternidade e Defesa da Vida” para a Campanha da Fraternidade de 2008, foi a ameaça de vida desde a sua concepção até a fase final que o ser humano vem sofrendo nos dias de hoje.


“A Igreja quer respeito pelo valor sagrado da vida, desde a sua concepção até o seu declínio. Isso serve tanto para a questão do aborto como para as experiências cientificas com embriões”, diz o Vigário. Conta ainda que a Igreja Católica condena as experiências de célula-tronco com embriões humanos, por ser um atentado com a vida.


Mas a discussão não é apenas a vida humana e sim a vida em geral, é “o nascer e o viver com dignidade humana”, explica o Vigário Deusdedit. Segundo ele há uma discussão em torno da campanha e a principal é a dignidade, tanto humana como animal ou a natureza, mesmo que a prioridade seja a vida humana.
Com relação à vida ambiental a Igreja quer questionar o desmatamento que vem ocorrendo nos últimos anos, principalmente no Estado de Mato Grosso.


Lançamento Campanha 2008
A Campanha da Fraternidade 2008 teve seu lançamento no último dia 06 de fevereiro, na Quarta-feira de Cinzas e será finalizada no dia 16 de março com a Coleta Nacional da Solidariedade, no Domingo de Ramos.


Escolha dos temas e lemas
Os temas sempre são escolhidos pela própria Igreja Católica, assim como os lemas que são retirados da Bíblia de acordo com o que o tema quer passar.
Para 2009 a Igreja escolheu o tema Fraternidade e Segurança com o lema “A paz é fruto da justiça”.


Origem da Campanha da Fraternidade
Em 2008 a Campanha da Fraternidade, no Brasil, comemora 44 anos de existência. Desde então seu lançamento tem ocorrido no período da Quaresma, que é o tempo de mudança da vida e de conversão, por causa da Semana Santa e da festa da Ressurreição.


A Campanha da Fraternidade foi tomada como uma iniciativa em 1961 por três freis, mas somente em 1964 veio a tornar-se pública.


Desde 1964 a Campanha da Fraternidade vem abordando diversos assuntos que chamam a atenção dos fiéis e algumas vezes acabam levando-os para fazer parte da comunidade cristã da Igreja Católica. “Antes era mais dirigida para dentro da Igreja, agora ela tornou-se mais sociável”, explica Desdedit.


Temas e Lemas da Campanha da Fraternidade
1964 – Igreja em Renovação – “Lembre-se, você também é a Igreja”
1965 –Paróquia em Renovação – “Faça de sua paróquia uma Comunidade de fé, culto e amor”
1966 – Fraternidade – “Somos responsáveis uns pelos outros”
1967 – Co-responsabilidade – “Somos todos iguais, somos todos irmãos”
1968 –Doação – “Crer com as mãos”
1969 – Descoberta – “Para o outro, o próximo é você”
1970 – Participação – “Participar”
1971 – Reconciliação – “Reconciliar”
1972 – Serviço e Vocação – “Descubra a felicidade de servir”
1973 – Fraternidade e Libertação – “O egoísmo escraviza, o amor liberta”
1974 – Reconstruir a Vida – “Onde está o teu irmão”
1975 – Fraternidade é Repartir – “Repartir o pão”
1976 – Fraternidade e Comunidade – “Caminhar juntos”
1977 – Fraternidade na Família – “Comece em sua casa”
1978 – Fraternidade no Mundo do Trabalho – “Trabalho e Justiça para todos”
1979 – Por um mundo mais humano – “Preserve o que é de todos”
1980 – Fraternidade no mundo das Migrações- Exigência da Eucaristia – “Para onde vais?”
1981 – Saúde e Fraternidade – “Saúde para todos”
1982 – Educação e Fraternidade – “A verdade vos libertará”
1983 – Fraternidade e violência – “Fraternidade sim, violência não”
1984 – Fraternidade e vida – “Para que todos tenham vida”
1985 – Fraternidade e fome – “Pão para quem tem fome”
1986 – Fraternidade e terra – “Terra de Deus, terra de irmãos”
1987 – A Fraternidade e o menor – “Quem acolhe o menor, a Mim acolhe”
1988 – A Fraternidade e o negro – “Ouvi o clamor deste povo!”
1989 – A Fraternidade e a comunicação – “Comunicação para a verdade e a paz”
1990 – A Fraternidade e a mulher – “Mulher e Homem: imagem de Deus”
1991 – A Fraternidade e o mundo do trabalho – “Solidários na dignidade do trabalho”
1992 – Fraternidade e juventude – “Juventude – caminho aberto”
1993 – Fraternidade e moradia – “Onde moras?”
1994 – A Fraternidade e a família – “A família, como vai?”
1995 – Fraternidade e os excluídos – “Eras tu, senhor?”
1996 – A Fraternidade e a política – “Justiça e paz se abraçarão!”
1997 – A Fraternidade e os encarcerados – “Cristo liberta de todas as prisões”
1998 – Fraternidade e educação – “A serviço da vida e da esperança”
1999 – Fraternidade e os desempregados – “Sem trabalho... Por quê?”
2000 – Dignidade humana e paz – “Novo milênio sem exclusões”
2001 – Campanha da Fraternidade – “Vida sim, drogas não”
2002 – Fraternidade e os povos indígenas – “Por uma terra sem males”
2003 – Fraternidade e as pessoas idosas – “Dignidade, vida e esperança”
2004 – Fraternidade e a água – “Água, fonte de vida”
2005 – Ecumênica – “Felizes os que promovem a paz”
2006 – Fraternidade e as pessoas com deficiência – “Levanta-te, vem para o meio”
2007 – Amazônia e Fraternidade – “Vida e missão neste chão”
2008 - Fraternidade e Defesa da Vida - “Escolhe, pois, a vida”

Tripegada

Música ajuda a tirar adolescentes da rua

Tripegada - este é o nome da banda de adolescentes do projeto Afro-Tripegada, criado pelos músicos Márcio Costa e Sérgio Revoluções, que promete agitar o carnaval na Capital

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Há oito anos os músicos Márcio Costa e Sérgio Revoluções criaram o projeto Afro-Tripegada. Mas as apresentações no carnaval começaram há apenas dois anos. Hoje o projeto reúne mais de 50 crianças e adolescentes entre 10 e 18 anos. Os componentes do projeto aprendem música e cidadania.

Dos 50 alunos o professor de percussão, Sérgio Revoluções, conta que 30 sairão este ano às ruas de Cuiabá para tocar no carnaval da cidade.

Instrumentos
São os próprios idealizadores do projeto que, nos fundos da casa de Márcio Costa, fabricam os instrumentos de percussão utilizados pelas crianças e adolescentes.

Márcio conta que os instrumentos começam a ser fabricados a partir de madeira compensada de quatro milímetros. Ele dá o formato à madeira jogando água ou a deixando exposta à chuva. Quando está no formato ideal ele lixa, passa selador e para finalizar, coloca pele leitosa plástica que dá uma acústica melhor para o instrumento.

Já as baquetas de surdo fazem com cabo de vassoura, espumas usadas que encontram na rua. Segundo Sérgio uma baqueta de surdo comprada em loja custa em média hoje R$ 25,00.

Incentivo
Com incentivos próprios para manter o projeto Márcio e Sérgio montam os instrumentos com o que ganham, prestando serviços musicais para outros artistas e, às vezes, ensinam as crianças a montar seus instrumentos.

Instrumentos esses que também se encontram à venda para ajudar no projeto.
“Ao invés das crianças estarem soltando pipa, roubando e se drogando estão aqui aprendendo. Isso no futuro pode acabar se tornando uma geração de emprego. Tive que fazer cursos de marceneiro, serralheiro e pintor para fazer os instrumentos e pretendo repassar tudo para essas crianças e adolescentes”, conta Márcio que logo após o carnaval afirma que continuará ensaiando os mais de 50 alunos junto com Sérgio, além de começar a ensiná-los a fazer instrumentos.

Apoiadores
O projeto Afro-Tripegada, localizado no bairro Dom Aquino, possui apoiadores que ajudam com o transporte dos músicos e dos instrumentos, para que possam participar de eventos na cidade, já que os próprios criadores do projeto é que o custeiam.

“Quem nos ajuda com a locomoção são os jornalistas João Negrão, a Neusa Batista e o produtor musical Rafael que colocam as crianças e adolescentes nos próprios carros, para que possam ir tocar nos lugares”, diz Sérgio.

Agora Márcio e Sérgio procuram mais apoiadores e parceiros para que o projeto Afro-Tripegada vá para frente.

Quem quiser ajudar o projeto pode estar entrando em contato com Márcio Costa. O telefone é (065) 9984-5258 ou com Sérgio Revoluções no telefone (065) 9211-8280.

Carnaval 2008
Com o tema Fauna e Flora o projeto Tripegada sai às ruas de Cuiabá neste carnaval, tocando ao estilo da banda Olodum da Bahia, ao qual se inspiram. As roupas para músicos foram confeccionadas por uma costureira da comunidade do bairro Dom Aquino nas cores branco, azul e amarelo. Também estão à venda abadás para ajudar a custear o projeto.

É PROIBIDO, MAS...

Menores ainda conseguem burlar a Lei

Juizado da Infância e Juventude afirma que menores de idade ainda conseguem comprar bebidas alcoólicas e entrar em casas noturnas

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Apesar da proibição, adolescentes continuam frequentando bares e supermercados para comprar bebida alcoólica e, em alguns casos, nem é para seu próprio consumo. Este é o caso do adolescente M. S. de 16 anos, que tem o costume de comprar bebidas para seu pai.


De acordo com a Lei nº 8.069/90 do Estatuto da Criança e Adolescente, no artigo 81, inciso II, é determinantemente proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, assim como a entrada em casas noturnas.

Segundo o coordenador da inspetoria do Juizado da Infância e Juventude de Cuiabá, Marcos Rogério Pereira, a fiscalização na cidade é feita há seis anos e desde então houve diminuição de infrações em casas noturnas, bares e supermercados. “Não podemos dizer que diminuiu totalmente, ainda fazemos advertências em estabelecimentos, mas isso acaba ocorrendo por um descuido dos donos”, diz o coordenador.

Em Cuiabá as fiscalizações em casas noturnas ocorrem de quinta-feira a domingo, enquanto que em supermercados (principalmente os 24 horas) e bares ocorrem diariamente.

Entrada em casas noturnas
Conforme o coordenador Marcos Rogério menores de 18 anos podem entrar em casas noturnas somente com a presença dos pais ou com uma autorização com firma reconhecida. “O pai escreve uma autorização para que o filho possa frequentar o local, dizendo que este estará acompanhado por um maior de 18 anos que será seu responsável”, explica.

Bares e supermercados
Em bares e supermercados o Juizado da Infância e Juventude procura realizar as fiscalizações, além de dar orientações para os donos e funcionários. Quando o estabelecimento é autuado, cartazes de advertência são colados nos locais.

Autuações e multas
O local que for pego desrespeitando a Lei nº 8.069/90 do Estatuto da Criança e Adolescente, poderá ser autuado com pena de pagamento de três a 20 salários mínimos. Está multa serve para supermercados, bares e casas noturnas.

Façanhas dos menores para entrar
Apesar da rigorosa vigilância do Juizado da Infância e Juventude os menores de 18 anos, muitas vezes, conseguem burlar a Lei, mentindo para os pais que não dão autorização para frequentar as casas noturnas, mesmo acompanhados de um maior de idade.


Uma das façanhas dos adolescentes é a falsificação do RG, que também é muito utilizado para entrar em festas Raves, no qual somente maiores de 18 anos podem entrar, por haver muita bebida alcoólica e drogas.

Casas noturnas seguem Lei à risca
Em uma das maiores casas noturnas de Cuiabá, menores de 18 anos, mesmo acompanhados dos pais, não podem entrar na pista de dança, principalmente após a meia noite. Segundo o promotor do local, Messias Bruxo, somente a parte do restaurante é liberada e mesmo assim é proibida a venda de bebidas alcoólicas para os menores. Ele ainda diz que todo final de semana há fiscalização do Juizado da Infância e Juventude.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Perspectiva é de crescimento em 2008

Mesmo com a desvalorização cambial de 2007 e os contratempos com a agricultura houve crescimento significativo na Construção Civil no Estado de Mato Grosso. Para 2008 há perspectiva de que o aumento seja maior

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Apesar de em 2007 a economia no país ter sofrido com a desvalorização cambial houve, com a chegada de novas indústrias de pequeno e grande porte, crescimento significativo na construção civil em Mato Grosso.


De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, em 2007, foram expedidos 2.866 alvarás de construção de janeiro a fevereiro, enquanto que em 2005 foram expedidos apenas 2.239 e em 2006 foram 2.091 alvarás.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção no Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Richter Fernandes, em 2007 o problema da desvalorização cambial que gerou a queda do preço dos produtos, pegou todos de surpresa, pois quem comprou com o dólar em alta teve que vender por um preço mais baixo. “Como Mato Grosso é um Estado de pouca industrialização isso afetou bastante. São Paulo e Paraná que também possuem economia ligada à agricultura não sofreram tanto por ter uma economia industrial mais avançada”.

Para 2008, a perspectiva é que seja maior com relação à economia, à instabilidade com os juros e a inflação. “A economia do Estado está boa, pois a agricultura hoje é a principal fonte de economia”, fala o presidente do Sinduscon.

Industrialização e a construção civil
A construção civil está ligada à industrialização. Com a chegada de novas indústrias de grande e pequeno porte, que estão se instalando em Mato Grosso, há geração de novos empregos exigindo certa demanda de habitação, ocasionando o crescimento na construção civil.

Conforme Luiz Carlos, em Mato Grosso há aproximadamente 1.200 empresas ativas ligadas à construção civil. Essas empresas vão desde o planejamento até o acabamento dos prédios e casas.

Recursos Estaduais e Federais
Além do crescimento industrial os recursos do Governo Estadual e Federal também veem deixando a construção civil otimista. “Temos os recursos do Plano de Aceleração e Crescimento e o Programa de Arrendamento Residencial do Governo Federal e isso não é só bom para a questão de moradia, pois tem o saneamento, as escolas, as estradas entre outras coisas que englobam a construção civil.”, diz Luiz Carlos se referindo ao PAC e ao PAR.

Prédios comerciais e residenciais
Com a economia crescendo, os comerciantes acabam sendo obrigados a ampliar seu comércio ou até mesmo a construir novas lojas para atender à demanda deste crescimento.


Recentemente, uma concessionária de veículos foi inaugurada na avenida Fernando Correa da Costa. Segundo o gerente comercial Sidney de Oliveira, a razão da construção da concessionária da Ford, basicamente, foi a exploração do mercado em Cuiabá. “A questão foi o mercado, pois a marca não estava bem representada na capital e por isso viemos para cá”.

Outro que vem crescendo são os prédios residenciais, principalmente as chamadas kitinetes, para atender pessoas que veem a trabalho ou para estudar. “O imóvel residencial está sendo bem visto como investimento em função da procura. As pessoas estão procurando investir mais na produção e em imóveis.”, conta o presidente do Sinduscon, Luiz Carlos.

Outro motivo que levou o crescimento da construção de prédios residenciais foi o financiamento liberado pelo Governo. Conforme o engenheiro José Listo, a construtora em que atua vem fazendo financiamentos de apartamentos por meio de bancos privados e estatais como a Caixa Econômica e o Banco Itaú. “A maioria das construtoras está fazendo isso. O financiamento que o Governo liberou vem ajudando e muito. Casas estão sendo construídas por meio de financiamentos de materiais de construção que antes podiam ser comprados em até três vezes”, diz o engenheiro José Listo. Somente nas proximidades do Shopping Pantanal a construtora estará construindo 10 prédios. “Apesar do cimento ter aumentado de preço as construções continuam. Se fosse algum tempo atrás as obras ficariam paralisadas”, diz José Listo que conta ainda, que hoje um saco de cimento está custando em torno de R$ 21,00 contra os R$ 11,00 que eram pagos em janeiro de 2007.