8 de fevereiro de 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL

Perspectiva é de crescimento em 2008

Mesmo com a desvalorização cambial de 2007 e os contratempos com a agricultura houve crescimento significativo na Construção Civil no Estado de Mato Grosso. Para 2008 há perspectiva de que o aumento seja maior

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Apesar de em 2007 a economia no país ter sofrido com a desvalorização cambial houve, com a chegada de novas indústrias de pequeno e grande porte, crescimento significativo na construção civil em Mato Grosso.


De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, em 2007, foram expedidos 2.866 alvarás de construção de janeiro a fevereiro, enquanto que em 2005 foram expedidos apenas 2.239 e em 2006 foram 2.091 alvarás.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção no Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Richter Fernandes, em 2007 o problema da desvalorização cambial que gerou a queda do preço dos produtos, pegou todos de surpresa, pois quem comprou com o dólar em alta teve que vender por um preço mais baixo. “Como Mato Grosso é um Estado de pouca industrialização isso afetou bastante. São Paulo e Paraná que também possuem economia ligada à agricultura não sofreram tanto por ter uma economia industrial mais avançada”.

Para 2008, a perspectiva é que seja maior com relação à economia, à instabilidade com os juros e a inflação. “A economia do Estado está boa, pois a agricultura hoje é a principal fonte de economia”, fala o presidente do Sinduscon.

Industrialização e a construção civil
A construção civil está ligada à industrialização. Com a chegada de novas indústrias de grande e pequeno porte, que estão se instalando em Mato Grosso, há geração de novos empregos exigindo certa demanda de habitação, ocasionando o crescimento na construção civil.

Conforme Luiz Carlos, em Mato Grosso há aproximadamente 1.200 empresas ativas ligadas à construção civil. Essas empresas vão desde o planejamento até o acabamento dos prédios e casas.

Recursos Estaduais e Federais
Além do crescimento industrial os recursos do Governo Estadual e Federal também veem deixando a construção civil otimista. “Temos os recursos do Plano de Aceleração e Crescimento e o Programa de Arrendamento Residencial do Governo Federal e isso não é só bom para a questão de moradia, pois tem o saneamento, as escolas, as estradas entre outras coisas que englobam a construção civil.”, diz Luiz Carlos se referindo ao PAC e ao PAR.

Prédios comerciais e residenciais
Com a economia crescendo, os comerciantes acabam sendo obrigados a ampliar seu comércio ou até mesmo a construir novas lojas para atender à demanda deste crescimento.


Recentemente, uma concessionária de veículos foi inaugurada na avenida Fernando Correa da Costa. Segundo o gerente comercial Sidney de Oliveira, a razão da construção da concessionária da Ford, basicamente, foi a exploração do mercado em Cuiabá. “A questão foi o mercado, pois a marca não estava bem representada na capital e por isso viemos para cá”.

Outro que vem crescendo são os prédios residenciais, principalmente as chamadas kitinetes, para atender pessoas que veem a trabalho ou para estudar. “O imóvel residencial está sendo bem visto como investimento em função da procura. As pessoas estão procurando investir mais na produção e em imóveis.”, conta o presidente do Sinduscon, Luiz Carlos.

Outro motivo que levou o crescimento da construção de prédios residenciais foi o financiamento liberado pelo Governo. Conforme o engenheiro José Listo, a construtora em que atua vem fazendo financiamentos de apartamentos por meio de bancos privados e estatais como a Caixa Econômica e o Banco Itaú. “A maioria das construtoras está fazendo isso. O financiamento que o Governo liberou vem ajudando e muito. Casas estão sendo construídas por meio de financiamentos de materiais de construção que antes podiam ser comprados em até três vezes”, diz o engenheiro José Listo. Somente nas proximidades do Shopping Pantanal a construtora estará construindo 10 prédios. “Apesar do cimento ter aumentado de preço as construções continuam. Se fosse algum tempo atrás as obras ficariam paralisadas”, diz José Listo que conta ainda, que hoje um saco de cimento está custando em torno de R$ 21,00 contra os R$ 11,00 que eram pagos em janeiro de 2007.

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