27 de março de 2008

Palavrinha Minha

Salve, salve galeraaaaaaa cá estou eu depois de... xiiiii deu branco. Faz um tempão que não apareço por aqui, né? Bom, mas eu tenho bons motivos para ter sumido do Fala Sério Mix. Hehehe O meu sumiço se adere a falta de computador em casa por causa de vírus de novo (oh malditos que amam me perseguir) e por causa da monografia que está quase pronta. Ufa!!! Pelo menos da metade já passei.

Bom galera se eu sumir de novo já sabem que é por conta da monografia, quero ver se antes do dia 20 de abril termino ela e entrego à orientadora para correções. :D

Espero que gostem dos post, são algumas das matérias que escrevi para o Jornal Circuito Mato Grosso desde a minha última postagem e como ando sem tempo para escrever coisas diferentes tive que apelar para as que escrevi para o jornal. hihihihi

Um ótimo restinho de semana e um maravilhoso fim de semana para todos vocês amigos visitantes do Fala Sério Mix. Obrigada por sua visita.

Bjim Bjim Xau Xau


Liceu

Escola comemora 128 anos

Em 07 de março de 2008 o Colégio Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller comemorou 128 anos de ensino e dedicação à população cuiabana. O colégio foi fundado pelo Barão de Maracajú

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso


Frente Colégio Liceu Cuiabano.
Foto: Viviane Petroli
Criado pela Lei nº 536 de 03 de dezembro de 1879, o Colégio Liceu Cuiabano completou neste mês 128 anos com muita história, ensino e dedicação aos que aqui em Cuiabá moram, estudam e estudaram no local.

Sua fundação é datada em 07 de março de 1880 pelo presidente da Província de Mato Grosso, Rufino Enéas Gustavo Galvão, mais conhecido como Barão de Maracajú. Em 27 de maio de 1942, por meio do Decreto nº 100, sob intervenção de Júlio Muller, o Liceu Cuiabano passou a se chamar Colégio Cuiabano e quase um ano depois, em 10 de março de 1943, pelo Decreto-Lei nº 143, teve seu nome alterado para Colégio Estadual de Mato Grosso.

Em 29 de março de 1976, com o Decreto nº 480, passou a ser Escola Estadual de Iº e IIº Graus e em 13 de março de 1979, pelo Decreto nº 1752, no governo de Cássio Leite de Barros, voltou a se chamar Liceu Cuiabano.

De acordo com a professora de história do colégio, Kátia Maria da Costa Freire, o primeiro prédio do Liceu Cuiabano foi onde hoje é o Ganha Tempo, depois passou para o Correio Central e em seguida para o atual endereço na Avenida Getúlio Vargas, onde ocupa um quarteirão. “O Liceu foi criado durante o Segundo Império Brasileiro, somente a elite podia estudar, nessa época, no local. Vivíamos o Brasil colonial e imperial onde só haviam privilegiados”, diz a professora.
Ao todo em seus quase 128 anos o Colégio Liceu Cuiabano teve 51 diretores, cargo que atualmente é ocupado por Francisco de Assis Ferreira dos Santos.

Construção da sede atual
Conforme o historiador Moisés Martins, a atual instalação do Colégio Liceu Cuiabano teve sua obra realizada pela Fundação Coimbra Bueno, de Goiás, que trouxe o engenheiro Cássio Veiga de Sá para construir o prédio. “Cássio Veiga de Sá além de construir o prédio do Liceu Cuiabano, construiu também a antiga Casa dos Governadores e o Tesouro do Estado”.

Segundo a professora Kátia, o Liceu Cuiabano foi construído com uma arquitetura moderna para a época. A inauguração foi em 04 de outubro de 1944, tendo como interventor do Estado, Júlio Muller e João Ponce de Arruda, como secretário geral durante a presidência de Getúlio Vargas.
Ainda de acordo com a professora, o Colégio Liceu Cuiabano, desde sua criação, sempre prezou pela qualidade de ensino de seus alunos, tanto que os estudantes, ao concluir os estudos, já saiam encaminhados para o mercado de trabalho. “Foi na era Vargas que se abriu para que os alunos saíssem encaminhados para o mercado de trabalho”.

Na época de sua criação eram ministrados curso de admissão (atual ensino fundamental), curso ginasial (ensino médio) e curso cientifico (pré-vestibular). Além disso, os alunos estudavam quatro línguas: o inglês, o espanhol, o francês e o alemão.

“Os alunos tinham lição de cultura cívica, cantavam o hino nacional e o hino de Mato Grosso, sem contar que disputavam modalidades esportivas como o futebol e o basquete”. O historiador conta ainda que o colégio possuía laboratório de física e química.

Com relação à área de esporte o Liceu possui uma quadra de esporte coberta e um campo de futebol com arquibancadas. Possui também um amplo salão nobre para festividades e manifestações teatrais. “Nota-se que desde aquela época havia uma preocupação com a segurança dos alunos e professores com uma construção sólida e moderna”.

Colégio Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller
Este é o atual nome do Liceu Cuiabano, pois foi a esposa de Júlio Muller, dona Maria de Arruda Muller que, vendo a precariedade para o ensino, pediu para que o marido construís-se a atual sede do colégio.

Conforme o diretor Francisco de Assis Ferreira dos Santos, o colégio ganhou o nome de dona Maria de Arruda Muller, não só pelo fato dela ter sido professora ali, mas pela sua luta de melhorar o ensino com uma sede nova.

O Liceu Cuiabano hoje
Atualmente, o Liceu Cuiabano possui aproximadamente 1.580 alunos. Cada sala possui no máximo 40 alunos, pois o aproveitamento escolar acaba sendo melhor, segundo a professora Kátia. “Antigamente eram 60 alunos por sala e isso dificultava o ensino e o aprendizado”.

Alunos notáveis e professores
Em 128 anos de ensino muitas pessoas passaram pelo Colégio Liceu Cuiabano. Desde pessoas que hoje se encontram na política até médicos, advogados, empresários e pessoas mais humildes.
Fizeram parte de seu quadro de alunos notáveis: Eurico Gaspar Dutra, único cuiabano que ocupou o cargo de presidente da República, Marechal Cândido Rondon, Dunga Rodrigues, Dante de Oliveira, Roberto França, Júlio Campos, Jaime Campos, Frederico Soares de Campos e Carlos Bezerra entre outros.

Com relação aos educadores passaram pelo local: Cesário Neto de Figueiredo, João Crisóstomo de Almeida, Demétrio de Souza, Francisval de Brito, Ayda Siqueira, Gastão Muller, Rafael Ueda, Paulo Henrique Villa, Issac Póvoas, Nilo Póvoas e Maria Dimpina.

Arquivo e Memorial
De acordo com o diretor do Liceu Cuiabano, Francisco de Assis Ferreira dos Santos, o colégio tem a necessidade de criar um arquivo e um memorial que conte a história da instituição, pois muitos documentos do século XVIII estão se perdendo.

“Estamos querendo criar o Centro de Memória do Liceu ainda este ano, através da Assembléia Legislativa”, diz o diretor.

VOOS

População opta por viajar para o interior em aviões

Cidades do interior do Estado de Mato Grosso como Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop já contam com voos entre a capital e outros Estados do país

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Segundo informações da assessoria da Infraero, no Aeroporto Marechal Cândido Rondon, atualmente existem duas companhias aéreas que realizam voos para o interior do Estado de Mato Grosso. A Ocean Air que faz Cuiabá – Alta Floresta e a Trip que realiza voos de Cuiabá para Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta.


De acordo com o gerente de marketing da Companhia Aérea Trip, Cláudio Santos, em Campinas (SP), hoje a Trip está operando com 17 aviões com 45 e 68 lugares em voos para o interior do Estado de Mato Grosso, Ji-Paraná e Vilhena em Rondônia e desde a última segunda-feira (17), de Porto Alegre para Cuiabá, passando por Curitiba/Cascavel no Estado do Paraná.

“A Trip atua no interior do Estado de Mato Grosso, desde 2001 e hoje atendemos ao todo cinquenta e nove municípios no país”. Ainda de acordo com o gerente de marketing da Trip, a companhia aérea começou em 2001, os aviões tinham capacidade para 30 passageiros. Em 2004, passou para 45 passageiros e hoje 68.

No mês de janeiro a Trip fechou mais uma parceria, desta vez, com a Companhia Aérea Total que atende as regiões do Pará e Minas Gerais.

Aumento de voos para o interior de Mato Grosso
Conforme o gerente de marketing da Trip, Cláudio Santos, a Companhia Aérea tem crescido ano a ano em Mato Grosso. “Temos crescido 30% por ano em Mato Grosso com relação à procura e passageiros atendidos, tanto que está chegando mais um avião de sessenta e oito lugares para ligar Cuiabá ao Paraná”.


Parcerias entre companhias aéreas
Companhias aéreas como TAM e Gol, hoje realizam voos para o interior do Estado de Mato Grosso, por meio de parcerias com companhias aéreas regionais. A TAM, por exemplo, opera para Cuiabá em parceria com a Trip. De acordo com a assessoria da TAM, passageiros que vêem de outros Estados para Mato Grosso e querem ir para o interior vêem até Cuiabá, com os aviões da TAM e fazem escala pegando desta forma voos com a Trip para Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta.A assessoria da TAM informou ainda que, comprando passagens para o interior do Estado via TAM, o passageiro acumula pontos para o Programa Fidelidade.

MORADIA

Condomínio horizontal é a tendência

É crescente a busca por casas em condomínios fechados. Um dos motivos é a segurança oferecida

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Nos últimos quatro anos houve um crescente aumento no número de construções de condomínios horizontais, em Cuiabá. As construtoras oferecem a estrutura principal e os terrenos são vendidos. O cliente constrói seu imóvel de forma que atenda às suas necessidades.
De acordo com a corretora de imóveis, Luzinete Isidoro da Silva, as obras dos condomínios são terceirizadas. “Uma empresa vende os lotes e outra constrói o condomínio para depois as pessoas construírem suas casas. A parte de engenharia vem de São Paulo para comandar as obras”.


Comodidade
Quem opta por morar em condomínios horizontais, de acordo com a corretora, tem algumas vantagens que não são encontradas em condomínios verticais. Segundo Luzinete, o custo-benefício prevalece na hora de optar.


Hoje a taxa de condomínio em um edifício varia entre R$ 600,00 a R$ 1.500,00 dependendo da localidade. Já a taxa de condomínio nos horizontais é de R$ 48,00 por metro quadrado. Caso a pessoa tenha mais de um terreno o valor aumenta, ou seja, a taxa de condomínio horizontal acaba saindo por R$ 216,00. “No horizontal a pessoa pode comprar um ou dois terrenos e construir uma casa de médio ou grande porte, do jeito que quer. No vertical a pessoa não tem essa opção porque já vem pronto”. Ainda de acordo com Luzinete, estes valores são no caso do Condomínio Alphaville e que, além disso, o morador ainda paga mais uma taxa de R$ 87,00 que é a taxa do clube que existe no local.

Outra comodidade encontrada em condomínios horizontais é a questão da segurança rigorosa. Para se fazer uma visita no local o cliente só pode entrar mediante autorização ou presença do corretor de imóveis, mesmo as obras já estando concluídas. “A vantagem maior é que a pessoa terá o conforto de uma casa e a segurança de um apartamento”.

Alguns condomínios chegam a oferecer para seus moradores, além de clubes, área de lazer para a prática de esportes e churrasqueira. Outros oferecem até pontos comerciais para que os moradores não tenham que se locomover até o centro da cidade, para levar seu animal de estimação ao pet shop, por exemplo.

Outra vantagem, com relação ao vertical, é que os condomínios horizontais seguem um determinado padrão. O Alphaville, por exemplo, segue um padrão nacional de exigências.

Desvantagens de se morar em um condomínio horizontal
“Desvantagens não existem nos condomínios horizontais e sim no vertical, pois eles cresceram muito nos últimos anos, principalmente em Cuiabá. Tem clientes que compram pela vista da cidade e tempos depois, ao saírem para a sacada ou abrirem a janela, se deparam com outro prédio”, explica Luzinete Isidoro.


Custo
Hoje um condomínio horizontal, localizado no bairro Jardim Itália, tem seu metro quadrado avaliado em R$ 178,00. O menor terreno seria de 450 metros quadrados, sendo assim um terreno hoje sai em média de R$ 80 mil.


Já uma segunda versão do mesmo condomínio, que será entregue no mês de abril, segundo Luzinete terá seus valores reajustados. Em alguns Estados os terrenos chegam a ser vendidos em até 48 horas, quando comparado com as vendas de edifícios.
Em caso de desistência


Caso a pessoa que adquiriu terreno em um condomínio horizontal não queira mais morar no local poderá vender a moradia. “A pessoa, caso não queira mais morar depois de certo tempo, pode vender a sua casa. O cliente tem o tempo que quiser, também, para construir a sua casa”.

08 DE MARÇO

Um dia dedicado só a elas

Após anos de lutas e repressões as mulheres já mostram seus potenciais e do que são capazes competindo, muitas vezes, com os homens o mesmo objetivo.

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

O chamado sexo frágil não tem medo de encarar os desafios que a vida proporciona. São as mulheres que geram os filhos durante nove meses no ventre, são elas que passam noites em claro cuidando de filho ou marido quando estão adoentados, são as mulheres que muitas vezes teem que fazer papel de mãe e pai ao mesmo tempo.


Enfim, podem ser frágeis, delicadas, chorar ao ver seus filhos dar os primeiros passos, mas no fundo são verdadeiras guerreiras, batalhadoras e únicas. Ao longo dos anos as mulheres foram conquistando seu espaço, conseguiram o direito de usar calças compridas, de trabalhar fora, de votar, de dirigir e até de comandar sozinhas uma empresa.

Como exemplo de mulheres guerreiras e de garra que desafiaram tudo e todos, se pode citar a francesa Joana D’arc que é considerada heroína da Guerra dos Cem anos e a brasileira de Laguna (SC) Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, companheira de Giuseppe Garibaldi que, no Brasil, lutaram na Guerra dos Farrapos.

Mesmo que tenham ocorrido algumas evoluções nos direitos das mulheres, para a professora do curso de Serviço Social e de especialização em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso, Vera Bertoline, pouca coisa avançou no imaginário da população sobre o conceito do ser mulher, homem e os direitos de cada um.

Vera diz que é “lamentável convivermos com práticas e medidas adotadas em relação às mulheres”. Para a professora, as discussões na sociedade em relação às questões de gênero ainda estão insipientes. “Quando se pega o avanço de forma legal, pode-se ver a materialização das coisas. As Leis teem andado a passos largos, enquanto a mentalização das pessoas ainda se encontra no século XVI”. Ainda de acordo com a professora, a educação formal deve tratar as relações entre os gêneros femininos e masculinos. “Essa educação tem que vir desde o maternal”.

Cotas na política
Nas eleições de 2006 foi lançado o sistema de cotas para mulheres que quisessem ingressar no campo da política. Esta cota destinava 20% das cadeiras no cenário político para as mulheres, mas o resultado não foi o esperado. Muitos ainda acreditam que a política é uma coisa só para homens.


Núcleos Sociais da UFMT
Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) existem entre tantos núcleos sociais dois destinados às mulheres, os quais Vera Bertoline faz parte como pesquisadora e supervisora de estágios.


O Núcleo de Estudo sobre a Mulher e as Relações de Gênero (NUEPOM) existe desde 1994 e o Núcleo Inter-Institucional da Violência e da Cidadania (NIEVCi) que existe há cinco anos.
São desenvolvidas pesquisas, atividades de ensino e extensão, além de promoverem capacitações, palestras e oficinas. “Os núcleos também são responsáveis por algumas disciplinas nos cursos de Sociologia e Serviço Social”, conta Vera.


Contando com professores da Universidade e alunos, em média cada núcleo possui 20 participantes.


Lei Maria da Penha
Em vigor desde o dia 22 de setembro de 2006, a Lei Maria da Penha veio para possibilitar que agressores venham a ser autuados e até mesmo presos. A Lei recebeu este nome em homenagem a Maria da Penha que, durante seis anos, foi agredida por seu cônjuge. A primeira agressão foi com arma de fogo que acabou deixando Maria da Penha paraplégica, em seguida eletrocussão e afogamento. O marido de Maria da Penha foi punido somente 19 anos depois de julgamento e permaneceu em regime fechado por apenas dois anos.


De acordo com a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, Silvia Virgínia Biagi Ferrari, a Lei Maria da Penha vem contribuindo para o aumento do número de denúncias. “Quando entrei na delegacia percebi que as mulheres veem denunciando mais. A mídia, com a divulgação, vem ajudando isso, muitas vezes as mulheres não sabem que estão sofrendo algum tipo de violência”.
A delegada ainda diz que muitas mulheres pensam que violência física sem deixar marca não é crime, mas é. O mesmo ocorre com a violência verbal e a psicológica. “Xingar de prostituta já é um crime” e completa “as pessoas que passam por uma agressão pensam que só é para fazer uma denúncia se o agressor deixar marcas”.


A Lei Maria da Penha ampara a mulher. Ela permite que o agressor seja obrigado a se afastar e ainda pode-se fazer flagrante. A partir do momento que se faz um inquérito policial só se pode renunciá-lo perante o Juiz, ou seja, a denunciante não pode voltar atrás.
“A Lei Maria da Penha foi um avanço pois, estatisticamente, a mulher é quem sofre mais agressão. É um beneficio da mulher”.


Com o passar dos anos as pessoas vão tomando conhecimento, mas quem sofre algum tipo de agressão, seja verbal, física ou psicológicamente, ainda se sente acuado e acaba não fazendo a denúncia.

De acordo com o artigo quinto, parágrafo único, da Lei Maria da Penha, a violência familiar ou doméstica contra a mulher é independente do sexo.
Influência


A delegada Silvia Virgínia explica que se a pessoa, no caso uma criança ou adolescente, morar num ambiente onde há violência constantemente, a tendência ao criar sua família, é continuar a viver num ambiente igual, pois já está acostumada. “Isso é o abalo emocional”. O alcoolismo e a droga contribuem para o aumento da violência.

Onde registrar queixas
As queixas podem ser realizadas na Delegacia de Defesa da Mulher, em frente ao Laboratório Carlos Chagas no antigo Tribunal Regional Eleitoral e no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC) nos bairros Verdão, Planalto e Coxipó.
Tanto a delegacia quanto os CICs funcionam 24 horas para registros de ocorrências, incluindo sábados, domingos e feriados.

ROTA 163

Circuito MT chega à região norte do Estado

Jornal Circuito Mato Grosso já está sendo distribuído em municípios da região norte do Estado. Representantes de Lucas do Rio Verde e Sorriso apontam principais problemas enfrentados pelos municípios

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Na última edição, de número 182, o Jornal Circuito Mato Grosso caiu na estrada e passou a ingressar no interior do Estado, mais precisamente a BR 163. Passaram a receber o jornal os municípios de Lucas do Rio Verde, Sinop, Nova Mutum e Sorriso.


Ao entrar em contato com as Prefeituras, a reportagem buscou saber delas quais são suas principais dificuldades e deficiências que impedem cada uma de estar em um padrão ideal como as cidades pólos do Estado.

Lucas do Rio Verde
Localizada a 350 quilômetros de Cuiabá, Lucas do Rio Verde foi fundada na década de 70 quando os primeiros colonizadores migraram para a região. Somente a partir de 1981 formou-se a comunidade que deu origem ao município.


Esta comunidade foi formada após o Incra implantar o projeto de assentamento de 203 famílias de agricultores sem-terras de Encruzilhada Natalino, localizada no interior do município de Ronda Alta, no Estado do Rio Grande do Sul. Em 1988, Lucas do Rio Verde já contava com 5.500 habitantes e hoje possui cerca de 35 mil moradores.

De acordo com o secretário de desenvolvimento econômico de Lucas do Rio Verde, Edu Laudir Pascoski, o município não possui tantas dificuldades. Ele diz que estão em fase de implantação da agroindústria e em processo de mudanças e evoluções.

“Não se pode dizer que Lucas do Rio Verde não possui problemas, ainda existem dificuldades, por exemplo, em viabilizar recursos do Governo estadual e federal. Se tivéssemos mais retorno dos impostos federais, os gestores poderiam investir mais”.

O Secretário diz que o prefeito Marino José Franz (PPS), apesar da pouca disponibilidade de recursos por parte do Governo estadual e federal, está conseguindo fazer uma “boa gestão dentro das competências do poder público e atende as necessidades do município”.
Com relação à Saúde, o município de Lucas do Rio Verde possui oito Postos de Saúde da Família com médicos, enfermeiros, técnicos, atendentes entre outros.


Já na Educação os profissionais estão cada vez mais qualificados para atender uma demanda de seis mil alunos na rede municipal. As escolas oferecem refeições aos alunos, além de salas de informática, ginásio de esporte e piscina poliesportiva.

“Quanto à infra-estrutura vamos executando de acordo com o Plano Diretor do município. Conforme a cidade cresce temos um rumo a seguir. Hoje 100% da cidade é asfaltada”.
A economia de Lucas do Rio Verde é baseada na agricultura, mais precisamente na soja e no milho. Com a chegada da agroindustrialização novos empregos serão gerados.

Em Sorriso falta logística
Localizada a 42 quilômetros de Cuiabá, assim como Lucas do Rio Verde, o município de Sorriso foi fundado no final da década de 70. Inicialmente, foi colonizado por paranaenses e catarinenses que foram trazidos pela Colonizadora Feliz, além de ter boa parte de sua formação de gaúchos vindos da região de Passo Fundo.


Em 13 de maio de 1986, a Assembléia Legislativa de Mato Grosso e o governador da época, Júlio Campos, por meio da Lei 5.002/82, elevaram o Distrito de Sorriso ao título de município. Hoje Sorriso possui cerca de 55.134 habitantes.

Para o prefeito, Dilceu Rossato, a cidade pode ser considerada padrão, apesar de faltarem alguns aspectos como um aeroporto e uma logística maior, pois o município fica longe dos portos. Rossato afirma que em 2009, faltará muita pouca coisa a ser resolvida em relação ao asfalto e saneamento básico.

Atualmente, a rede municipal de ensino conta com 12.310 alunos que recebem material apostilado de um grupo educacional reconhecido nacionalmente. Todas as escolas são informatizadas, distribuem merenda escolar e transporte gratuito. “Trinta por cento do orçamento municipal vai para o ensino fundamental”. No município também estão sendo instaladas três faculdades.

Sorriso conta hoje com 16 Postos de Saúde da Família, um centro de especialidade e um Hospital Regional, tocado pelo Estado por meio de um Consórcio de Saúde que atende 13 outros municípios na região. “Estamos montando também um centro médico e um centro odontológico especializado”.

A economia do município gira em torno da agricultura. Segundo o Prefeito, quatro novas indústrias no setor de carnes estão se instalando no município. “Uma de bovinos, uma de aves, uma de peixes e uma de suínos. Estas indústrias ajudaram a mudar as características de agricultura, que existe em Sorriso, para industria de transformação. Criamos também um Distrito Industrial para os pequenos empreendimentos numa área de setenta hectares”.

De “Irmandade” a Nova Mutum
Antes de sua colonização, Nova Mutum era conhecida como “Irmandade” e pertencia a Jorge Rachid Jaudy. No ano de 1966, um grupo de empresários paulistas adquiriram uma área de 169 mil hectares em Diamantino, formando a Mutum Agropecuária S/A . Em 1974, começaram os experimentos do cultivo da soja, do milho e do arroz.


A colonização definitiva começou por volta de 1971. Nesta mesma época municípios como Lucas do Rio Verde, Tapurah, Trivelato entre outros começaram também a ser colonizados.

O responsável pelo projeto de criação da colonização de Nova Mutum, em 1977, foi o agrônomo gaúcho Luiz Carlos Ferreira Bernardes. No ano de 1981, por meio da Lei nº 4.408 foi criado o Distrito de Nova Mutum pertencente ao município de Diamantino. Somente em 4 de julho de 1988, o município de Nova Mutum foi criado, por meio da Lei nº 5321 que é de autoria do ex-deputado estadual Hermes de Abreu e sancionada pelo governador da época Carlos Bezerra.

O município está localizado a 242 quilômetros de Cuiabá. Segundo dados do IBGE, Nova Mutum possui 24.368 habitantes.

Sinop
O município possui cerca de 105.762 habitantes e está localizada a 505 quilômetros de Cuiabá. Sua colonização teve início por agricultores vindos do norte do Paraná.
Sua principal atividade econômica é a agricultura, mas o setor madeireiro também ganha destaque.


Sinop também é conhecida como uma cidade universitária, por abrigar mais de cinco universidades.

MEIO AMBIENTE

Deputados discutem efeitos de Decreto

MT consegue novamente ser o campeão em desmatamento no país deixando Pará e Rondônia para trás, segundo Ministério do Meio Ambiente. Representantes dos produtores afirmam que Estado terá prejuízos

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso

Reunião Governador MT e G8+5.
Foto: Viviane Petroli
A Assembléia Legislativa de Mato Grosso tem discutido os reflexos causados à economia do Estado após o lançamento do decreto Nº 6.321/07, baixado pela ministra do meio ambiente Marina Silva. Mesmo o Governo alega que os números mostrados pelo Ministério do Meio Ambiente não são reais e as controvérsias existem. No período de novembro a dezembro de 2007 o Ministério do Meio Ambiente expediu um relatório que apontava Mato Grosso como sendo o campeão em desmatamento com 53,5% ou 1.786 quilômetros quadrados. Neste mesmo relatório o Estado do Pará foi apontado como vice-campeão com 17,8% ou 591 quilômetros quadrados e Rondônia em terceiro lugar com 16% ou 533 quilômetros quadrados de áreas desmatadas.


Decreto
O Decreto nº 6.321, 21 de dezembro de 2007 tem como objetivo principal a prevenção, o monitoramento e o controle de desmatamento no Bioma Amazônia. Este mesmo Decreto altera e acresce o “Decreto 3.179, de 21 de setembro de 1999, que dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências”.
O artigo primeiro do Decreto estabelece ações de proteção às “áreas ameaçadas de degradação e à racionalização do uso do solo, de forma a prevenir, monitorar e controlar o desmatamento ilegal” na região do Bioma Amazônia.


Anualmente, o Ministério do Meio Ambiente estará emitindo relatórios sobre a situação do desmatamento na região do Bioma Amazônia. Este relatório será feito com base em área total de floresta desmatada nos últimos três anos e aumento da taxa de desmatamento em pelo menos três, dos últimos cinco anos.

Cadastramento
Conforme o secretário executivo do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), André Alves, a ministra Marina Silva deu um prazo de 30 dias para o cadastramento das famílias que dependem destas áreas, onde ocorrem os desmatamentos, para sobrevivência.


Este cadastramento terá início no dia 03 de março e término em 03 de abril. “Nesse período ficará claro quem está em situação regular ou não. É muito barulho por pouca coisa”, diz André Alves que completa “No fim é uma coisa boa que devia ter acontecido há muito tempo. O Ministério viu o número de desmatamentos e resolveu agir. Tem que pegar mais no pé com relação à fiscalização, notificar e multar. Com este cadastramento o Governo Estadual terá condições de correr atrás de quem está ilegal”.

Famílias afetadas
Com este decreto baixado pelo Ministério do Meio Ambiente, em dezembro do ano passado, 19 municípios de Mato Grosso acabaram sendo prejudicados. Segundo o deputado estadual Dilceu Dal Bosco (DEM), o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE) deveria ter chamado o Governo de Mato Grosso e a Secretária de Meio Ambiente para verificar se realmente os dados mostrados pela pesquisa estavam corretos com relação ao desmatamento nesses municípios. “80,53% destes dados mostrados pelo INPE não são verdadeiros. O Governo está em campo agora, pesquisando para ver de fato essa história. Estive acompanhando o Governador em Marcelândia e em outros municípios e constatamos que esses dados estão incorretos. Esse Decreto está prejudicando o Estado tanto aqui dentro como perante o país”, disse Dal Bosco que é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa e participante do movimento “Nortão Reage”.


O deputado ainda diz que o prazo para cadastramento das famílias imposto pelo Ministério do Meio Ambiente é curto. “São mais de sete mil famílias para serem cadastradas. Essas pessoas correm o risco de não vender o que produzem, nem as áreas onde cultivam. Até financiamento correm o risco de não conseguir fazer. Isso entristece a gente. É uma situação calamitosa, mesmo o INPE admite que não é assim que deveria acontecer, mas a Ministra e o Ministério quiseram assim”.

Municípios afetados pelo Decreto nº 6.321
Os municípios localizados na região do Bioma Amazônia, em número de 36, estão sendo afetados pelo Decreto nº 6.321. Destes, 19 municípios estão localizados no Estado de Mato Grosso.
Confira abaixo, em ordem alfabética, a lista dos 36 municípios e quais destes são de Mato Grosso:
Alta Floresta (MT)
Altamira (PA)
Aripuanã (MT)
Brasil Novo (PA)
Brasnorte (MT)
Colniza (MT)
Confresa (MT)
Cotriguaçu (MT)

Cumaru do Norte (PA)
Dom Eliseu (PA)
Gaúcha do Norte (MT)
Juara (MT)
Juína (MT)
Lábrea (AM)
Machadinho D’Oeste (RO)
Marcelândia (MT)
Nova Bandeirantes (MT)
Nova Mamoré (RO)
Nova Maringá (MT)
Nova Ubiratã (MT)
Novo Progresso (PA)
Novo Repartimento (PA)
Paragominas (PA)
Paranaíta (MT)
Peixoto de Azevedo (MT)
Pimenta Bueno (RO)
Porto dos Gaúchos (MT)
Porto Velho (RO)
Querência (MT)
Rondon do Pará (PA)
Santa Maria das Barreiras (PA)
Santana do Araguaia (PA)
São Félix do Araguaia (MT)
São Félix do Xingu (PA)
Ulianópolis (PA)
Vila Rica (MT)

Para G8+5 Brasil é o maior produtor de Biocombustivel
Estiveram em Mato Grosso no último dia 22 de fevereiro, sexta-feira, no Gabinete do Governador, uma comitiva do G8+5 (grupo de países em desenvolvimento mais as cinco economias emergentes) para discutir a questão do biocombustivel e do desmatamento que vem ocorrendo no país.


Na oportunidade o governador Blairo Maggi mostrou aos visitantes a atual situação do Estado, além de explicar para os mesmos que cerca 61% do território brasileiro é representado pela Amazônia e que 17% deste montante estão sendo utilizados para atividades econômicas.
De acordo com o deputado estadual Ademir Brunetto (PT) 65% da mata primitiva é preservada. “O G8+5 pensava que a produção do biocombustivel vinha das áreas desmatadas da Amazônia, coisa que não é verdade, o biocombustivel é produzido através do soja e da gordura animal”.
Blairo Maggi aproveitou também para cobrar do Banco Mundial uma discussão com relação a alguns projetos de política de sustentabilidade para que se torne possível à realização destes projetos.


Uma das cobranças da comitiva G8+5 é que a produção do biocombustivel passe a ter certificado. “O Brasil é o país com maior propriedade de produção do biocombustivel”, diz a deputada italiana Grazia Francescato.

GENTE NOSSA

As poesias de Públio

“Minha primeira poesia foi aos treze anos, fiz quando meu professor de desenho pediu que escrevêssemos um texto sobre Cuiabá”, revela o poeta Públio Paes de Barros aos 77 anos de vida

VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso


Públio e Ensaios Poéticos.
Foto: Viviane Petroli
Quinto filho, de 12, do microempresário tipográfico, chefe do Arquivo Público e jornalista João Paes de Barros e da professora Ruth Dias de Barros, Públio Paes de Barros foi jornalista, fundador da Federação das Indústrias de Mato Grosso e diretor, por 13 anos, da Instituição. Trabalhou nos Correios de 1951 a 1977, fundou a Gráfica Paes de Barros enquanto trabalhava nos Correios e acabou pedindo aposentaria para tocar sua gráfica. Foi também fundador da Cooperativa dos Correios e Telégrafos e da Associação/Sindicato das Gráficas.
Hoje Públio, casado há 55 anos com sua esposa Noyva, pai de cinco filhos, avô de 13 netos e bisavô de três bisnetos, continua com a mesma animação de quando era jovem. Aos 77 anos ele vem transformando palavras em poesias que encantam sua família, amigos e admiradores.
As poesias
Sua primeira poesia foi escrita em 1943 quando tinha 13 anos e estudava no Colégio Salesiano. A poesia era uma mistura da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, com coisas de Cuiabá. “Foi na aula de desenho, o professor não gostava muito de mim”, diz Públio que completa animado. “Estava faltando alguns dias para o aniversário de Cuiabá e esse professor resolveu pegar pesado com a turma, então pediu que escrevêssemos um texto sobre a cidade”.
Hoje Públio possui, aproximadamente, 1.400 poesias escritas, algumas foram escritas para algumas pessoas em ocasiões especiais como aniversário, bodas, casamento, para filhos e netos.
Sua esposa Noyva conta que guarda todas em um saquinho plástico, pois Públio escreve todas à mão e depois passa para o computador. Ela conta também que tem pessoas que encomendam poesias para ele. “Uma de nossas netas chegou a pedir para Públio fazer uma poesia para duas amigas que estavam fazendo aniversário, isso já tem muito tempo. Ela escreveu um bilhetinho pedindo, temos o bilhete guardado até hoje”, conta dona Noyva.
As poesias retratam o amor, a religião, a natureza, a família e a realidade em que vivemos. Assim como escreveu poesias para seus familiares e amigos ‘seo’ Públio escreveu poesias para dona Maria de Arruda Muller, sua prima e esposa de Júlio Muller, que faleceu aos 104 anos. Ela foi quem o incentivou a publicar as poesias em livro.
Livros e CD
Com o incentivo de dona Maria de Arruda Muller, o poeta resolveu, então, publicar suas poesias. Seu primeiro livro foi ‘Ensaios Poéticos’ lançado em 12 de dezembro de 2002, com o prefácio escrito pelo jornalista e advogado Pedro Rocha Jucá. Ao todo ‘Ensaios Poéticos’ possui 63 poesias que falam de nacionalidade, comemorações, natureza, cotidiano, religião e família.
Em 31 de maio de 2005 foi lançado o CD ‘Letras Sons & Poesias’ com uma seleção de 30 composições do livro ‘Ensaios Poéticos’. Seu segundo livro ‘Poesias da Vida Real’ foi lançado no dia 08 de abril de 2006, com 76 poesias que falam de amor, da sociedade, de Deus, da natureza, da vida e poesias de homenagens àqueles que ama.
Novo livro e CD
Em 2008, ‘seo’ Públio lançará o terceiro livro e segundo CD. As poesias já estão sendo encaminhadas para o Ministério da Educação e Cultura para que sejam registrados os Direitos Autorais.
Para este novo livro existem cinco possíveis títulos. “Cada membro da família dá um palpite. Provavelmente será Poesias!... Sonhos que edificam almas”.
Exterior
Entre os meses de abril e maio deste ano o livro ‘Ensaios Poéticos’ será lançado na Espanha. “Esta novidade é em primeira mão. O livro será lançado em espanhol. As pessoas lá gostam mais de ler poesias que aqui”, conta entusiasmado.
Homenagens
O poeta já recebeu moção de aplausos e homenagens da Assembléia Legislativa de Mato Grosso e da Federação das Indústrias de Mato Grosso que, segundo ele, é a homenagem mais importante de sua carreira.