12 de agosto de 2009

DA MELHOR QUALIDADE

Leonardo agita segunda noite da 18ª Festa de São Cristóvão

Noite de sábado (08.08) da 18ª Festa de São Cristóvão teve como principal atração show com o cantor sertanejo Leonardo, que agitou a galera e embalou os corações apaixonados. Reportagem do Blog Fala Sério Mix conversou com o cantor

Por Viviane Petroli – Fala Sério Mix. Fotos: Viviane Petroli (show) e Produção Leonardo (camarim)

“Entre tapas e beijos”, “Não olhe assim”, “Temporal de Amor”, “Cumade e Cumpade”, “Cerveja”, “Eu Juro”, “Talismã”, “Não aprendi dizer Adeus”, “Pense em Mim”, “Desculpe, mas eu vou chorar” e o mais novo lançamento “Esse alguém sou eu” foram algumas das músicas cantadas pelo cantor sertanejo Leonardo no sábado (08.08) em seu show realizado na 18ª Festa de São Cristóvão.

Leonardo que estava há alguns anos sem pisar nas terras cuiabanas agitou a galera que ali estavam para vê-lo, além de arrancar muitos suspiros dos corações apaixonados. Em entrevista ao Blog Fala Sério Mix o cantor revelou que este mês lançará seu novo CD e DVD ao Vivo com a música “Esse alguém sou eu”, música de autoria de Victor Chaves, da dupla Victor e Leo. O novo DVD contará com 24 músicas, entre elas as duas inéditas "Flor do Meu Sertão" e "O Cara Errado". Já o CD terá 18 faixas. “É um DVD internacional. Gravamos realmente um belo de um DVD”, conta Leonardo.

Com 25 anos de carreira, sendo 11 destes sem a presença de seu irmão Leandro, que prematuramente teve de juntar-se a Deus, Leonardo hoje realiza por ano uma média de 120 shows, o que dá de 10 a 12 shows por mês. Para o cantor está média hoje está boa. “A agenda de shows está boa graças a Deus. Depois de 25 anos de carreira a gente tem que dá uma maneirada”, brinca Leonardo.

O cantor sertanejo conta que a 18ª Festa de São Cristóvão não foi à primeira festa voltada para os motoristas que participou, segundo ele, que já realizou vários shows em festas de peão, há alguns anos atrás em São Paulo era realizado o Festival Shell voltado para os caminhoneiros do país. “Antigamente se fazia o Festival Shell em São Paulo. É legal demais, porque os caminhoneiros são como os artistas. Nós temos aí a equipe que viaja dia e noite direto. Sem eles não somos nada. Se o caminhoneiro parar o país para também. O país depende 100% dos caminhoneiros”, comenta o cantor.

Novas duplas
De uns dois, três anos para cá uma nova leva de duplas sertanejas está surgindo no Brasil e com elas um sertanejo repaginado, mas sem deixar de perder a sua raiz. Para Leonardo essa nova leva que está surgindo é muito boa e que a música sertaneja está muito bem representada por elas. “Tem várias duplas aí, como João Bosco e Vinicius, Victor e Leo, Jorge e Mateus, João Neto e Frederico, Fernando e Sorocaba. Tem muita gente boa por aí. Eu acho que a música sertaneja está muito bem representada por eles hoje. Hoje o buchicho, o que rola nas feiras agropecuárias pelo Brasil afora é que eles são o que um dia foi Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano e Chitãozinho e Xororó. E eles estão aí e só tenho é que parabenizá-los”, diz Leonardo.

Sonhos
Leonardo conta que desde que começou já realizou todos os seus sonhos e que não para de sonhar, pois acredita que no momento em que se para de sonhar significa que a pessoa morreu. “Tudo o que aconteceu na minha vida, só tenho é que agradecer e sonhos a gente tem que ter, porque se não tiver sonhos quer dizer que já está na hora da gente morrer e a gente sonha a todo o tempo de ver um país aí melhor pra todo mundo, se bem que estamos caminhando muito bem. Hoje já estamos com uma igualdade maior e continuar sonhando sempre”, revela.

Pedro
Há mais de 70 dias o filho do cantor Leonardo, o também cantor sertanejo Pedro Leonardo, 22 anos, participa do reality show, da Rede Record, “A Fazenda” e desde que entrou no programa veem surpreendendo a todos que participam ou participaram do programa, principalmente o público que diariamente acompanha o reality com a sua maturidade, que muitas vezes chega a ser maior do que a dos outros 13 participantes. Leonardo conta que Pedro é muito parecido com ele nos gestos, no jeito de ser, no modo de agir, de fazer as coisas e que o filho realmente está surpreendendo e que fica muito feliz que de as pessoas estejam gostando dele e de sua participação no programa. “Todos que saem do programa elogiam muito ele e isso para um pai é um orgulho muito grande de vê as pessoas falaram bem de um filho”, comenta Leonardo.

Desde que entrou no reality Pedro criou uma amizade com o humorista Carlinhos Silva, o Mendigo, que a cada dia cresce dentro da fazenda. A amizade entre os dois participantes é tanta que o filho de Leonardo adotou o humorista como irmão. “Eles dois se parecem. O Pedro, não é porque é meu filho que vive na vida boa, mas ele é um moleque que trabalha bastante também e se identificou com o Carlinhos, também, por ele ser um cara bastante simples. É bonito de ver a amizade deles”.











































11 de agosto de 2009

SÃO CRISTOVÃO

Festa em homenagem aos motoristas agita fim de semana em Cuiabá

Realizada em homenagem aos motoristas 18ª Festa de São Cristóvão agita fim de semana em Cuiabá com vários eventos simultâneos e shows nacionais com Grupo Tradição e com o cantor sertanejo Leonardo

Por Viviane Petroli – Blog Fala Sério Mix. Fotos: Viviane Petroli

Foram três dias de muita festa, onde quem pelo Posto das Mangueiras passou deixou o local com a ansiedade de que a próxima edição da Festa de São Cristóvão chegasse logo. Nos dias 07, 08 e 09 de agosto a população cuiabana e caminhoneiros que pela cidade estavam de passagem puderam conferir shows nacionais e regionais, rodeio, apresentação cultural de Siriri, exposição, procissão, benção dos veículos, missa campal e o famoso costelão.

Há 18 anos a Festa de São Cristóvão é realizada em Cuiabá para todos os motoristas, em especial aos caminhoneiros, pois sem o trabalho deles ninguém sobrevive, e a cada ano que passa seus organizadores se superam cada vez mais. Ao longo dos anos novas atrações vão sendo acrescentadas, tanto é que este ano o comentário que se ouvia era que a 18ª Festa de São Cristóvão estava melhor que a 45ª Expoagro, tanto é que classificavam a festa como uma mini-Expoagro.

Nesta edição o público que passou pelo Posto das Mangueiras pode assistir os shows nacionais na sexta (07.08) com o Grupo Tradição e no sábado (08.08) com o cantor sertanejo Leonardo. Segundo o produtor do evento, Johnny Everson, passaram pelo Posto das Mangueiras durante os três dias de festa aproximadamente 30 mil pessoas. Johnny conta que no domingo (09.08) o fluxo de visitantes foi maior devido os portões terem sido aberto ao público.

Durante os três dias de festa artistas regionais também puderam mostrar o que de melhor Mato Grosso tem a oferecer na música. Entres os artistas mato-grossenses que se apresentaram nesta edição da Festa de São Cristóvão estavam Montenegro e Boiadeiro, Ricco e Léo, Arena Country, Walter Rabello e Odair Junior, Cristina e Regina, Carol Conde, Helder e Breno, Pedro Henrique e Matheus e o trio do rasqueado cuiabano Pescuma, Henrique e Claudinho.

Adeus
Uma das surpresas da 18ª Festa de São Cristóvão foi o show do Grupo Tradição. Natural de Campo Grande (MS) o Grupo Tradição surgiu há 11 anos e junto com ele a Micareta Sertaneja, que a cada edição vem arrastando multidão atrás de um trio elétrico. Entre as músicas do grupo as mais conhecidas e que não saem da boca das pessoas são “Barquinho”, “A Brasileira”, “Festa na República” e “O Caldeirão”.

Hoje o Grupo Tradição tem em sua formação Michel Telo (vocal e gaita), Anderson (bateria), Arapiraka (percussão), Carlos Dias (baixo), Gerson Douglas (acordeon) e Pekois (guitarra). O grupo é conhecido nacionalmente e internacionalmente pela mistura de ritmos em suas músicas, como o vanerão, o forró, o axé, chamamé, sertanejo, rasqueado, música romântica, polka e guarânias latinas.

Durante o show realizado na sexta (07.08) o Grupo Tradição anunciou ao público que aquele era mais um da série de shows que estão realizando como despedida de Michel e de Gerson Douglas que este ano deixam o grupo. Na ocasião o vocalista Michel aproveitou para agradecer o carinho do público, em especial ao fã-clube que lá se encontrava presente.

Confira alguns cliques da 18ª Festa de São Cristóvão:

Exposição e alimentação


Rodeio


Missa Campal


Apresentação cultural com o grupo de Siriri 'Flor do Campo'
Vice-Governador Silval Barbosa marca presença na festa em almoço promovido por um dos patrocinadores do evento no domingo (09.08)

1 de agosto de 2009

BRENNO REIS E MARCO VIOLA

Acaso do destino une vozes de sucesso

União entre um gaúcho de Nonoai e um baiano de Pojuca só poderia resultar numa coisa: SUCESSO ‘pra mais de metro’ nesse Brasil afora

Por Viviane Petroli para o Jornal Circuito Mato Grosso. Fotos: Divulgação Brenno Reis e Marco Viola

Tudo começou em 1997 quando Adílio Malacarne e Marcos Luis Rivarola da Silva se conheceram, por um acaso do destino, em um posto de gasolina onde Marcos Luis trabalhava em Cuiabá. Em outubro de 1998 a dupla, que nos anos seguintes estouraria neste Brasil afora, foi formada. São vários os sucessos gravados pela dupla que embalam os corações apaixonados, os corações sofridos e aqueles que gostam de um bom arrasta-pé. Opa!!! Mas esperai. Quem são estes Adílio Malacarne e Marcos Luis Rivarola da Silva que hoje estão estourados no Brasil? Eis uma coisa que todos devem estar se perguntando neste momento. Realmente, esta dupla Adílio Malacarne e Marcos Luis Rivarola da Silva existe, mas com outro nome. Se disser que Adílio Malacarne e Marcos Luis Rivarola da Silva são Brenno Reis e Marco Viola fica mais fácil de saber quem são?

Em entrevista ao jornal CIRCUITO MATO GROSSO, Marco Viola conta que seu nome na dupla se formou através do instrumento que toca, que é a viola e que só retirou o “s” de Marcos para soar melhor. Já o nome de Brenno só foi acrescentado o “Reis” para que pudesse ficar mais comercial, uma vez que já usava o nome artisticamente.

Brenno Reis, que é de Nonoai (RS) e Marco Viola, que é de Pojuca (BA), ao longo de quase 11 anos de carreira, já viajaram por vários Estados brasileiros, levando o melhor da nova geração da viola caipira, que nasceu junto com a dupla em 1998. Entre o repertório dos sete CDs já lançados “Pode voltar paixão”, “Piracicabano”, “O amor tem dessas coisas, “Faca que não corta”, “Cobra Venenosa”, “Nóis e jeca mais nóis é jóia” entre tantas outras, são algumas das modas de viola da dupla que não podem faltar nos shows.

Segundo Marco Viola, cada um dos sete CDs gravados, sendo o sétimo lançado recentemente com distribuição da Unimar Music (a Universal) para todo o país, tem um significado importante para a dupla. “Todos nossos CDs possuem um significado importante para nós. Trabalhamos meses em cada um, até que ficassem pronto e chegassem nas lojas. Então cada um é como se fosse um filho”, explica Marco Viola.

CD e DVD ao vivo e ShowsEstá agendado para o dia 26 de setembro na casa de show ‘Santa Fé Show Bar’, em Campo Grande (MS), a gravação do primeiro CD e DVD ao vivo de Brenno Reis e Marco Viola, com os maiores sucessos da dupla, além de músicas inéditas.

Entre as músicas já gravadas pela dupla estão composições próprias, além de composições de outros cantores sertanejos e de música raiz como Rick, da dupla Rick e Renner, Ataíde da dupla Ataíde e Alexandre e Zezé di Camargo, da dupla Zezé di Camargo e Luciano,entre outros. “A escolha de nosso repertório é baseado em nossos fãs. O que eles estão querendo ouvir”, revela Marco Viola.

E por falar em repertório e shows, Marco revela ainda que, sem dúvida, a música “Pode voltar paixão” não pode ficar de fora dos shows, até porque foi uma das que, até o momento, mais marcou a carreira da dupla. “Nós temos algumas músicas que não podem ficar de fora dos nossos shows, como ‘piracicabano’, ‘eu te amo’, ‘o amor tem dessas coisas’, ‘prisioneiro’, ‘pode voltar paixão’ e agora do nosso novo CD ‘eu nasci há dez mil anos atrás’ e PQP”, conta Marco Viola.

Com uma agenda lotada Brenno Reis e Marco Viola não param um minuto e agradecem este fato a Deus e a Nossa Senhora Aparecida. Para os próximos dias Brenno Reis e Marco Viola já estão com shows marcados no Paraná, em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso. “Estamos trabalhando bastante, graças a Deus e à Nossa Senhora Aparecida. E graças a eles também, somos muito bem recebidos por onde vamos”, diz Marco Viola.

Entre os shows que marcaram a dupla, está o show que fizeram com a dupla Zezé di Camargo e Luciano para um público de aproximadamente 80 mil pessoas. Quando perguntado sobre a Festa de Peão de Barretos, Marco Viola conta que, por dois anos participaram da festa e que acharam maravilhoso participar e estar lá, pois é a maior festa de peão do Brasil.

Divulgação moda de viola
O movimento da nova geração da viola caipira aos poucos está caindo no gosto das pessoas, principalmente dos jovens. Tanto é que essa nova geração está ganhando espaço na televisão, que até pouco tempo era um lugar que pouco espaço dava aos artistas da nova geração da viola caipira. Apesar de não terem participado de nenhum capítulo da novela Paraíso, da Rede Globo, Marco Viola diz que esta oportunidade que a emissora está dando na novela, para estes artistas, é muito boa. “Estamos muito felizes pelos nossos amigos João Carreiro e Capataz, principalmente porque o João Carreiro sempre se espelhou em nós. Não fizemos nenhuma participação na novela, mas se Deus quiser daqui uns dias quem sabe...”, comenta Marco Viola.

Internet
Brenno Reis e Marco Viola não poderiam ficar de fora do universo da Internet. Tanto que para manter contato com os fãs, além do site oficial www.brennoreisemarcoviola.com.br , a dupla está presente também no site de relacionamento Orkut com o perfil Brenno Reis e Marco Viola Oficial.

HOMENAGEM

O retrato da vida: Caminhoneiros

Saudade da família, estradas em péssimas condições, problemas com a saúde, noites sem dormir direito. Esta é a triste rotina do caminhoneiro brasileiro que, pelas estradas do país, roda em busca do seu ganha pão
Por Viviane Petroli para o Jornal Circuito Mato Grosso. Foto: Viviane Petroli

Eles são como os médicos, são como os cientistas, os engenheiros, os professores e até mesmo os agricultores e pecuaristas. Sem eles não sobrevivemos, não temos o que comer e não temos o que vestir e o que calçar, não temos o combustível em nossos carros e nem onde sentar para uma refeição. No último dia 25 de julho eles tiveram um dia inteirinho dedicado somente a eles. Em alguns lugares foi somente um dia, em outros as comemorações durarão até a primeira quinzena de agosto. Se pensastes no amigo Caminhoneiro acertou, pois ele é tudo isso e um pouco mais.

Ser caminhoneiro é viver longe da família, é viver constantemente sem saber o que lhe reserva pela frente, é não saber quando fará uma refeição decente que não seja a feita na cozinha da carreta. Ser caminhoneiro é entrar para a profissão e não saber quando conseguirá se aposentar, ser caminhoneiro é enfrentar os perigos da estrada e rezar a Deus e pedir que lhe guie e lhe proteja.

Com mais de 20 anos de profissão, Artemio Freitas sempre trabalhou com caminhão graneleiro e está há um mês sem ver sua família. Ele conta que a ligação que faz para ter notícias de sua família não mata a saudade que sente. Natural de Marechal Cândido Rondon (PR) Artemio é mais um dos milhares de caminhoneiros que pelas estradas brasileiras chegam a passar meses longe da família, principalmente quando é tempo de safra. “Já cheguei há ficar 90 dias sem ver minha família. Isso ocorre, principalmente, em época de safra. A saudade não era tanta quando meus filhos, que hoje possuem 25 anos, eram pequenos, mas depois que fizeram seis anos e começaram a estudar, tiveram de parar de viajar comigo”, conta Artemio, que ainda tem um irmão na mesma profissão.

Até hoje é comum vermos pais caminhoneiros carregando a família ou um dos filhos consigo na boleia do caminhão em período de férias ou quando os mesmos ainda não estão estudando. “Só eu sou caminhoneiro na minha família, mas a ideia do meu filho de 12 anos é seguir meus passos e se tornar um caminhoneiro. Desde pequeno ele é apaixonado por caminhão”, comenta Valdecir Salvador, acompanhado do filho. Há 15 anos Valdecir é caminhoneiro. Natural de Catanduva (SC), ao contrário de Artemio, o máximo que chegou a ficar longe da família foi 40 dias.

Além da saudade da família, os caminhoneiros têm de enfrentar outras saudades: a de uma cama decente, a de um banho decente e o de uma comida decente, pois a cama do caminhão não é a mesma de suas casas, os chuveiros dos postos de combustível não são os mesmos de sua casa e a comida feita no caminhão ou de restaurantes e lanchonetes de beira de estrada não é a mesma feita por sua esposa ou mãe. Só para se ter uma idéia, a cozinha de um caminhão, uma caixa quadrada, em alguns casos, cabe apenas um pequeno fogão camping (duas bocas), alguns utensílios domésticos e um que outro alimento não perecível.

Estradas brasileiras
Não é de hoje que o brasileiro sofre com os problemas nas estradas do Brasil e quem mais sofre com isso são os caminhoneiros e os motoristas de ônibus. “São estradas ruins, cheias de curvas irregulares, sem sinalização em boa parte delas, asfalto de péssima qualidade e ainda temos de aguentar os guardas querendo nos multar, mesmo que o caminhão esteja com tudo em ordem e, se não damos dinheiro, aí sim eles vem e nos multam e ainda inventam qualquer irregularidade. Eles deveriam é nos ajudar isso sim, pois além de tudo o que já enfrentamos com as estradas ruins, ainda temos de enfrentar os assaltos e os roubos de carga e caminhão”, diz Artemio Freitas. Há 15 anos trabalhando como caminhoneiro, Cláudio Antonio da Silva, de Ourinhos (SP) diz que onde existe pedágio as estradas são boas, contudo nos trechos em que não há é um perigo total. “O pior trecho que já enfrentei foi o do corredor da morte”, diz Cláudio, se referindo ao trecho Rondonópolis-Cuiabá.

Cláudio não é o único que reclama do trecho entre as duas cidades mato-grossenses. Conforme Altemir Dalaca, 24 anos como caminhoneiro, o trecho entre Rondonópolis e Cuiabá é muito violento. Para Altemir o pior trecho é este até o município de Sorriso. “É necessário que esta duplicação da BR 364 saia logo”, completa Altemir que é de Caxias do Sul (RS).

“Graças a Deus nunca sofri acidente, mas já vi amigos sofrerem acidentes. As estradas do Brasil estão muito ruins, é preciso todo um reparo nelas. O trecho entre Cuiabá e Rondonópolis tenho de fazer com muita calma e paciência. É um buraco em cima do outro, às vezes nem tem como escapar pelo acostamento, porque não tem”, revela Vânio Carlos Neves, que há 33 anos é caminhoneiro, durante churrasco em homenagem ao dia do motorista, promovido pelo Posto Aldo Locatelli.

Empresários também reclamam
A reportagem do CIRCUITO MATO GROSSO aproveitou para conversar com proprietários de frota de caminhão e saber deles quais os principais problemas de ser um empresário deste ramo. De acordo com Vitório Manica, há 33 anos no ramo e há 13 como proprietário de frota, as despesas com a frota são muito grande, principalmente quando o assunto é combustível. “Depois do combustível nosso maior problema é com as despesas em oficina e pneu, devido ao estado em que as rodovias e BRs do Brasil se encontram. Por esse motivo, meus caminhões estão direto na oficina”, revela Vitório.


Assim como Vitório, para Cláudio Rigatti,proprietário da Rigatrans Transportadora Ltda., o custo de se manter a frota é muito grande. “Nossos prejuízos são vários. O diesel é caro, os gastos com oficina e pneus são altos e ainda temos de enfrentar a falta de segurança nas rodovias. Só está e entra para a profissão quem gosta mesmo”, comenta Rigatti.

18ª Festa de São Cristóvão
Em comemoração ao Dia do Motorista (25 de julho), nos dias 07, 08 e 09 de agosto será realizado, na Comunidade de São Cristóvão -Posto das Mangueiras, a 18ª Festa de São Cristóvão. Durante as festividades motoristas e comunidade poderão conferir shows nacionais com o grupo sul-mato-grossense Tradição (07.08) e com o cantor sertanejo Leonardo (08.08). No domingo (09.08) será realizado o famoso Costelão de São Cristóvão e as festividades religiosas.