15 de novembro de 2007

CULTURA

Cururu e Siriri sob nova direção

Os grupos de Siriri e Cururu do nosso Estado podem contar com a Federação mato-grossense de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso, para a realização de eventos e buscar ajuda para levar a cultura a outros lugares.

VIVIANE PETROLI

Domingas Leonor da Silva, “Dona Domingas”, é a primeira presidente eleita da Federação mato-grossense de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso. De acordo com a presidente da Federação a Instituição existe há muito tempo, mas somente neste ano foi realizada a primeira eleição.


Com o nome de “Preservação da Cultura”, chapa única, a Federação hoje possui registro em cartório e CNPJ. “Depois que a Federação foi concretizada, a procura de grupos para filiação aumentou. São grupos do Estado todo. Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Água Fria (próximo a Chapada dos Guimarães), Cáceres, Santo Antônio do Leverger, entre outros municípios de Mato Grosso”. Hoje estão filiados ao todo 32 grupos. Destes 28 são de Siriri e 4 de Cururu.

Dona Domingas, além de ser presidente da Federação, trabalha na Secretária Municipal de Cultura como uma das gerentes e ainda é presidente do grupo de Cururu e Siriri “Flor Ribeirinha”. Ela conta que até o momento já foram realizados seis festivais de Cururu e Siriri na região do Porto e dois seminários que antecedem os festivais. Nestes seminários são realizadas oficinas de confecção de figurino, confecção de instrumentos musicais (viola-de-cocho, ganzá e mocho), oficinas de danças e também de canto e voz.

Projetos da Federação
Conforme Dona Domingas, até o momento, a Federação possui somente um projeto. “Agora é que será montado o primeiro projeto que será para ajudar a Federação e aos grupos. A nossa maior parceria é a Secretaria Municipal de Cultura”.
Este projeto tem como finalidade angariar fundos para o próximo Festival de Cururu e Siriri que será realizado em 2008.


Convites para apresentações fora do Estado
Alguns Estados como São Paulo, Minas Gerais e Ceará já puderam conferir o folclore mato-grossense de perto, além de países como Portugal. Segundo dona Domingas há possibilidade de uma apresentação, sem data, no Japão.


Lei Estadual de Incentivo à Cultura
Para o ano de 2007, a Secretaria Estadual de Cultura designou R$ 50mil para o Festival de Cururu e Siriri realizado no mês de agosto. Com este valor foram comprados figurinos para os grupos, confeccionados novos instrumentos e a realização de todo o Festival.
“Quem quiser ajudar a Federação é sempre bem-vindo. Nós precisamos de ajuda para levantar ainda mais a nossa cultura que é tão linda. Hoje está muito difícil sem esta ajuda da população, da secretária de cultura do município e do Estado”, diz dona Domingas.


O que é Cururu?
O Cururu é formado de danças rodeadas e toadas. Somente os homens podem participar e suas músicas são tocadas na viola-de-cocho, no adufe e no ganzá. A viola-de-cocho, no Cururu, possui cinco cordas duplas.


O que é o Siriri?
Siriri já é diferente do Cururu. Nele homens e mulheres dançam em fileiras e roda, respondendo ao que a música pede. Suas músicas são cantadas ao som da viola-de-cocho, do ganzá e do tamburi. O Siriri de roda possui coreografias simples, danças em movimentos de rodas ao pares e os dançarinos tocando com as mãos palmadas, dos outros dançarinos da roda, da esquerda para a direita. O Siriri de fileira é organizado em duas fileiras, uma de frente para outra (homens de um lado e mulheres de outro).


Conheça alguns dos principais grupos de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso:
Grupo Renascer do Valo Verde (Santo Antônio do Leverger), Grupo Pattucha (Chapada dos Guimarães), Grupo Flores do Cambambi (Chapada dos Guimarães), Grupo Siriricando (Coxipó do Ouro), Grupo Renovação (Varginha), Grupo Flor do Campo (Coxipó e Parque Ohara), Grupo Pico da Prata (Santo Antônio do Leverger) e Grupo Flor Ribeirinha (comunidade de São Gonçalo).

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