26 de abril de 2007

Será????

Internet ameaça sobrevivência do jornal impresso

Em MT, editores apostam na sobrevida dos impressos, mas investem no jornalismo online

VIVIANE PETROLI
Blog Fala Sério Mix


A procura por sites de notícias jornalísticas vem crescendo a cada dia, o que, segundo alguns estudiosos, já coloca em risco a sobrevivência dos jornais impressos.

Para o redator chefe do site Olhar Direto, Marcos Coutinho, a resposta é bem simples. “As pessoas estão preferindo ler notícias na Internet porque essa mídia oferece uma oportunidade mais ágil para se obter informações. Geralmente, os sites estão sempre na frente. Quero dizer que os sites não atrelados aos jornais”, afirma.

Já para o diretor-chefe do Jornal Diário de Cuiabá, Gustavo de Oliveira, a explicação também é simples. “Ao longo destes anos, aumentou a base de pessoas que acessam a Internet em Cuiabá e no país. A mudança de hábito fez com que uma gama de novos leitores leiam os jornais pela rede”.

Tanto Marcos Coutinho quanto Gustavo de Oliveira acreditam que o Jornal Impresso não corra o risco de deixar de existir, pois ainda existe uma geração que continua “apegada ao velho sistema de notícias”.

Um outro ponto de vista é apresentado no livro A Arte de Escrever Um jornal Diário, do jornalista e escritor Ricardo Noblat. De acordo com ele, os donos de jornais e os jornalistas parecem que firmaram uma aliança para acabar com os jornais. “Os donos porque administram mal as empresas; os jornalistas porque insistem com um modelo de jornal que desagrada às pessoas”, afirma.

Noblat continua: “os jornais, contudo morrerão, sinto-lhes dizer isso. Tal como existem hoje, tudo indica que morrerão. Só não me arrisco a dizer quando”.

Já que se fala em aumento de procura por sites de notícias, vem uma pequena curiosidade em saber se o acesso realmente tem subido ou não. Marcos Coutinho conta que com um pouco mais de cinco anos no ar o Olhar Direto já passa de 1 milhão de acessos mensais hoje e que no começo variava entre 45 mil e 60 mil acessos. Por outro lado o Diário de Cuiabá, que por sinal foi o primeiro jornal impresso do Estado de Mato Grosso a entrar na Internet, em 1997, tem visto ao longo dos anos um aumento de menos de 4mil acessos/dia para 87 mil acessos/dia hoje.

Para mostrar que o Jornal Impresso continua em atividade Gustavo de Oliveira ressalta que a vendagem de jornais, tanto em bancas de revistas quantos em supermercados, vem mantendo-se estável nos últimos anos, com uma pequena oscilação positiva (aumento de 0,7%) no último ano. O número de assinaturas também se mantém estável. “Se analisarmos que a taxa de crescimento média de Cuiabá é 5%, o número de jornais vendidos não tem conseguido acompanhar este crescimento”, conclui.

Hoje se pararmos para analisar a maioria dos jornais impressos possui uma página na Web que é atualizada a cada minuto, coisa que no jornal impresso não acontece.

A Internet pode ser um veículo rápido, mas somente o jornal impresso dá uma notícia concreta e completa.

Contudo esta matéria não foi escrita para defender um ou outro e sim para mostrar o que poderá acontecer futuramente, quem sabe daqui uns 30, 40 ou 50 anos.

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