4 de maio de 2007

Entrevista/Perfil

Brincadeira em sala de aula muitas vezes dá mais certo do que na teoria

Foi assim que fez a professora Najla Passos com seus alunos do 4º Termo de Jornalismo da UNIC, ao invés de lhes explicar na teoria a entrevista coletiva resolveu optar por uma aula mais descontraída e prática.

VIVIANE PETROLI
Blog Fala Sério Mix

Todos sabemos que uma entrevista coletiva é desgastante e complexo, tanto para o entrevistado quanto para o entrevistador. Foi o que a professora de Jornalismo da UNIC, Najla Passos, quis mostrar aos seus alunos do 4º Termo de Jornalismo.

Najla que é jornalista formada há 11 anos decidiu, juntamente com seus alunos, que ela seria a entrevistada e que os alunos não deveriam medir esforços e apelar nas perguntas como se fosse uma entrevista coletiva verdadeira.

Os temas abordados pelos alunos foram política, profissão e o tema do mestrado da professora que é “Como que a Revista Veja trata a imagem do MST (Movimento dos Sem-Terras)”.

Veja a seguir o que rolou nessa “coletiva”:

“Não tenham dó de me fazer perguntas, imaginem que vocês estam numa coletiva de verdade”, disse Najla Passos antes de começar.

Najla que está fazendo mestrado na UFMT optou como tema à relação da Revista Veja com o MST, dando assim o título de “Como que a Revista Veja trata a imagem do MST” à sua dissertação.

Para ela a imagem que a revista passa não contradiz com o movimento realizado pelo MST. “A revista é extremamente de direita, de americanização no Brasil e é neoliberalista. Pelas pesquisas a revista é mais de elite americana do que de elite brasileira por conseguir um fundo de sustentação americano (EUA), ou seja, possui dependência financeira maior dos EUA do que do Brasil”, conclui ao perguntarem que imagem a revista passa na sua opinião.

Ela ainda diz que a Revista Veja é uma revista com propostas ótimas, as capas são boas e bem elaboradas, ou seja, que a revista é uma revista bem feita para o padrão de conhecimento de seus leitores.

A favor das invasões do MST, por ser o primeiro movimento a reivindicar de forma pacifica sem a utilização de armas, acha que a Revista Veja não seja uma revista ‘puxa-saco’ e que ela tem uma única linha, ou seja, é ou não é. “A Veja segue um padrão, ela é bastante coerente, então não tem nada haver uma hora ela falar bem do MST e outra não, o mesmo acontece com o Lula, com o Alckmin ou com qualquer outro”, responde ao ser perguntada se acha que a revista é em determinado momento ‘puxa-saco’ por uma hora falar bem do Movimento dos Sem-Terras e outras detonar.

Hoje Najla é professora de Jornalismo e Assessora da UNIC, se sente realizada com a profissão que escolheu. Futuramente pretende voltar a uma redação, de preferência à de cidades. “É onde me sinto mais realizada, principalmente na questão agrária”, brinca.

E mesmo voltando no futuro para os jornais pretende continuar na parte da manhã dando aula. “Adoro ser jornalista, adoro jornal, adoro dar aula”, finaliza.


Obs: este perfil foi escrito quando eu está no 4º Semestre na faculdade, hoje estou no 5º Semestre.

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