29 de junho de 2007

Musicalidade

Indústria cultural e a cultura

VIVIANE PETROLI

Na Indústria Cultural a cultura é pura? Simplesmente não. É claro que a pergunta agora é: “Por que ela não é pura?” Pode-se ver muito bem que ela não é, por exemplo, na música.

Em cada região do Brasil um tipo de música existe, mas são poucas as regiões que tem seu ritmo musical expandido pelo país. É muito fácil se ver nas emissoras de rádios ou aparelhos de som das casas e carros ritmos como o samba, o axé, o sertanejo, o forró, o rock e o funk. Por outro lado músicas tradicionais do Mato Grosso, da região sul e da norte é muito difícil de se escutar, até mesmo nas suas próprias cidades.

E isso não é certo, pois todos os tipos de músicas possuem o direito de se expandir, se bem que isso depende da população de cada região. Aqui no Mato Grosso, mais precisamente em Cuiabá poder-se-ia muito bem levar o rasqueado para fora, mas só querem ficar por aqui. Já o axé, por exemplo, se expandiu numa velocidade incrível que está tocando até no exterior, assim como o forró.

Mas há um pequeno detalhe que vale ser mostrado para ver como na Industrial Cultura a cultura não é pura, ou seja, há ritmos musicais cujas origens não são mais as mesmas, como é o caso do axé que hoje é tocado até por guitarra. Coisa que com o rasqueado ou o siriri ou o cururu não acontece, pois continuam seguindo a sua origem e a sua tradição.

Em fim, praticamente nada na Indústria Cultural com relação à cultura é puro, pois tudo se modifica com o decorrer do tempo.

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