As brincadeiras de ontem e de hoje
Detetive, sete pecados, adoleta, pular elástico, cubo mágico, banco imobiliário, genus, bolinha de gude e galinha choca te fazem lembrar de alguma coisa, ou melhor, dizendo, época? E Nitendo Wii, PS2, Bley Blade, dollmakers?
VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso
Detetive, sete pecados, adoleta, pular elástico, cubo mágico, banco imobiliário, genus, bolinha de gude e galinha choca te fazem lembrar de alguma coisa, ou melhor, dizendo, época? E Nitendo Wii, PS2, Bley Blade, dollmakers?
VIVIANE PETROLI
Especial para o Jornal Circuito Mato Grosso
“... Brincadeira de criança, Como é bom, como é bom, Guardo ainda na lembrança, Como é bom, como é bom, Paz, amor e esperança, Como é bom, como é bom...”, como já diz a música Brincadeira de Criança do grupo Molejo - brincadeira de criança é muito bom, principalmente se forem aquelas que nossos pais, avós e tios brincavam quando eram pequenos.
Até hoje se pode encontrar numa roda de crianças, brincadeiras que eles brincavam quando tinham a idade de seus filhos, sobrinhos e netos como: casinha, boneca, carrinho, pipa, pega-pega, andar de bicicleta, pique – esconde. Também se pode ver que muitas dessas brincadeiras de antigamente se perderam no tempo e, se alguém perguntar para uma criança sobre essas brincadeiras, não entenderão nada.
A exemplo disso pode-se citar Ana Caroline Toso, 11 anos, que adora jogar videogame com seu tio e seus primos ou até mesmo sozinha. Ela conta que também gosta de brincar de bonecas do tipo bebê, mas prefere o videogame, pois dá para brincar sozinha. Já boneca ela não tem com quem brincar.
Quando perguntada se gosta de brincar de Barbie, Ana Caroline responde que prefere brincar com a boneca Polly. “Quanto ao videogame prefiro jogar o The Sims, onde o jogador pode criar sua casa e vestir seus personagens. Gosto também de jogar o The Sims Pet, no qual se pode criar casas, personagens, animais e ir a diversos lugares”, diz Ana Caroline. Quando pode ela também entra em sites de Dollmakers para montar bonecas e cenários para elas.
Crianças de hoje também brincam como os pais
Ana Caroline conta que das brincadeiras que sua mãe e tios brincavam quando pequenos já chegou a brincar de pular corda, passar o anel, passa meu bom barqueiro, pique - esconde, pega-pega, mas de todas prefere brincar de Verdade ou Consequência com os colegas de escola, onde pode saber um pouco mais sobre eles.
Com os brinquedos da época de sua mãe e tios já chegou a brincar de Barbie, Susi, peão, boneca Fofolete, bambolê, molinha colorida, entre outros. “Às vezes brinco de bolinha de gude. Faço coleção”, diz Ana Caroline.
Assim como Ana Caroline outras crianças gostam de brincar com jogos da época de seus pais e tios que até hoje são fabricados. Este é o caso de Bianca Isabelle, de 11 anos, que gosta de brincar de banco imobiliário e detetive, além de esconde-esconde, elástico, subir em árvore e boneca.
Adultos sentem falta das brincadeiras antigas
Atualmente, quando as pessoas entram em uma loja de brinquedos, principalmente os adultos, se deparam com uma infinidade de variações para a diversão de seus filhos, mas ao andar por entre as prateleiras durante a escolha do brinquedo deparam-se com algo que nunca viram.
São brinquedos movidos a controle remoto, jogos com personagens de desenho animado, aparelhos de celular de brinquedo que emitem som, laptops infantis com jogos e que estimulam a criança a aprender a falar e a ler.
Segundo Roberto Daubian, 30 anos, quando era pequeno gostava de brincar de bola de gude, carrinho de rolimã, jogar Atari, genus e super-trunfo. “Gostava mais dos brinquedos de antigamente. Os videogames de hoje possuem muitos botões. Recentemente comprei um Atari usado, tem apenas um botão”.
Roberto conta que não ensina à sua filha as brincadeiras de sua época, pois eram brincadeiras de menino, mas quando tiver um menino irá ensiná-lo, com prazer, a brincar de carrinho, bola de gude e a jogar videogame. “Uns dias atrás comprei para minha filha um super-trunfo. Isso é da minha época”, completa Roberto.
Já para Fernanda Fernandes, 32 anos, quando pequena gostava de brincar com carrinhos. “Na minha época a gente tinha infância mesmo. Subia em árvore, andava a cavalo, de bicicleta e patins. Bons tempos”, diz Fernanda.
Para Fernanda a infância que ela conheceu acabou. “Hoje as crianças vivem em função do computador e do videogame. A infância que conheci acabou”.
Jogos em equipe era o sucesso na década de 80 e inicio de 90
Os jogos em equipe eram muito procurados nas lojas de brinquedos, além dos jogos que se podia brincar, sem ter de gastar dinheiro, como o pega-pega, rouba bandeira, entre outros.
De acordo com Christiane Fernandes, 26 anos, gostava de brincar brincadeiras de equipe com seu irmão mais novo. “Fazíamos tudo junto. Brincávamos de esconde-esconde, rouba bandeira, dono da rua, andávamos de bicicleta e patins, vôlei, futebol, mais jogos que tinha certa movimentação do corpo. Estávamos sempre correndo e subindo em árvores”, conta Christiane.
Christiane acha as brincadeiras de hoje monótonas com relações as da sua infância que sempre exigiam esforço físico. “As crianças hoje estão mais solitárias, sem criatividade e com dificuldades em coordenação, pois não participam mais de brincadeiras ditas socializantes e corporais. Estão ficando mais espertas, pois tem acesso à informação que não tínhamos na época, mas não sabem muitas vezes utilizar essa informação”, diz. Christiane hoje é formada em psicologia. Segundo ela, os desenhos animados de hoje estimulam mais o individualismo, a agressividade do que anos atrás.
Brinquedos dos anos 80 ainda são procurados
Você se lembra dos bonequinhos Playmobil? Pois é, mesmo sem serem fabricados há mais de 15 anos, ainda há pessoas que procuram o brinquedo em lojas e na Internet para comprar.De acordo com Magida Fares, proprietária de uma rede de lojas de brinquedos no Estado de Mato Grosso, brinquedos e jogos antigos ainda são procurados tanto por adultos quanto por crianças. “Hoje temos um jogo chamado Cubo que possui a mesma função do Genus que também é bastante procurado”.
A proprietária conta que hoje crianças de seis e sete anos entram em suas lojas e, ao invés de pedirem algum brinquedo, pedem para seus pais comprarem videogames ou laptops. “O laptop mais procurado hoje é o da Barbie”.
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